— Qualquer coisa? – Akaashi arregalou um pouco os olhos, mas não estava de todo surpreso, afinal era Kuroo negociando. Ele não costumava medir esforços – Sabe que está me oferecendo sua alma, não sabe?

— Minha alma, meu corpo nu, tudo que você quiser. – o sorriso sacana aumentava a cada palavra – Só precisa me deixar resolver isso aqui com o Bokuto, sozinhos.

— Sinto muito pela sua dignidade, Bokuto. – Akaashi acenou em despedida, indo se sentar ao lado de Kuroo.

Aquilo soou como um rotundo não em seus ouvidos. Seu amigo, companheiro de todos os momentos, estava se juntando ao seu brother e rival! Traição em último grau!

— Você está do meu lado, não está, Kenma? – Bokuto tentou seu último recurso, encarando o pequeno em desespero – Eu te dou qualquer coisa também!

— Foi bom te conhecer, Bokuto. – Kenma apenas acenou com a cabeça, o olhar fixo no game em suas mãos.

— Então é assim?! Ok, você venceu essa rodada, Kuroo. Minha vez de escolher de novo! E dessa vez, terei minha vingança! – Bokuto pegou o livro, folheando desesperado, procurando uma brecha, alguma palavra que lhe saltasse aos olhos, como um milagre. Ia mostrar que podia vencer o jogo.

— Vingança? Certo, coruja. Vou esperar sentado.