2. Skayller e Keira.

Skayller colocou sua camiseta branca com força dentro da bola que havia recebido de sua mãe. A força que tinha em mãos era grande, e a raiva que tinha no corpo era tão grande que a menina sentiu o ar a sua volta começar a ganhar pequenos flocos de neve. Mas ela ignorou. Sua mãe não mudaria de ideia.

— Skay, pronta? — Rainha Elsa apareceu na porta. O vestido de gelo havia sido trocado por um azul claro de tecido de algodão. Por mais que Elsa não admitisse isso, Skayller sabia que era seu pai que havia feito a mulher trocar aquele vestido de gelo.

— Pronta, né — a menina falou raivosa bufando e fechando a bolsa que estava em sua cama. Pegou um gorro em cima de sua cômoda e foi em direção a mãe, que cruzou os braços.

— Skayller, você sabe que isso será para o seu próprio bem — a mulher falou calma e com delicadeza na voz. Skayller não respondeu. — Você irá conhecer pessoas legais, e além disso, irá conhecer uma pessoa histórica! Isso será legal, vai por mim — Elsa falou dando um sorriso de canto.

Skay suspirou.

— Tudo bem, mamãe — sussurrou dando um meio sorriso. Elsa se aproximou da filha e a puxou para um abraço apertado, dando um sorriso de canto. Não queria que sua menina fosse para o Brasil com um sentimento de raiva perante á mãe. — Só me prometa que meu quarto ficará intocável quando eu votar — sussurrou ainda abraçada a mãe.

Elsa soltou uma pequena gargalhada.

— Ninguém irá mexer nele, Skay — afirmou dando um meio sorriso e soltando a filha, admirando a garota. — Vamos, Anna está lá embaixo — falou pegando na mão da garota e a puxando.

— Keira já está lá? — Skayller perguntou sobre a prima. Elsa assentiu e passaram por um corredor enorme, dando á uma escada.

Keira estava sendo arrumada para sua mãe no pátio do castelo. Seus fios ruivos estavam soltos e caiam em ondas nas suas costas. Anna queria fazer uma trança, já que achava o penteado lindo, mas Keira havia recusado. Gostava do seu cabelo solto, achava que lhe dava um ar mais mulher, mais velho.

— Hei Princesinha! — Skay gritou do topo da escada. Keira nem virou seu corpo. Reconhecia aquela voz irritante de longe. Anna deu um meio sorriso e ficou olhando para a escada, falando para que Keira se virasse. A menina fez, emburrada. — Não fique assim, Keira, você sabe que eu te adoro — Skayller falou descendo totalmente a escada e aproximando-se da menina, abraçando-a. Keira não se mexeu.

— Eu espero que vocês não se matem lá — Anna comentou distraidamente e dando um meio sorriso. Elsa sorriu, e então olhou em volta, sentindo falta dos filhos mais novos da irmã mais nova e de seu marido.

— Onde está Kristoff e as crianças? — a Rainha questionou a Anna.

— Os três dormiram. Kristoff decidiu ficar lá com eles — a mulher falou dando um meio sorriso. Elsa assentiu.

— Que pena, eu queria falar um tchau para eles — Skay sussurrou colocando a alça da bolsa marrom nas costas. Keira repetiu o movimento.

— Eu falo que você disse tchau — Anna afirmou sorrindo contente. Skayller concordou.

— Podemos ir agora? — a filha de Anna perguntou parecendo impaciente. Se eles quisessem salvar quem fosse que eles iriam salvar, que fossem logo então. Skayller riu.

— Calma ai, priminha — falou rindo.

—Vamos para o recinto, onde vocês se encontrarão com os outros — Elsa começou, caminhando ao lado de Anna. — Lá, vocês serão encaminhados para uma máquina, onde serão levados para o tempo necessário — Elsa deu um suspiro.

— Hei, mãe — Skayller chamou dando um sorriso de lado. — Vai dar tudo certo! Somos heróis, esqueceu? — perguntou rindo de maneira divertida. Keira revirou os olhos.