Capítulo 30

- Eu fiquei muito mal depois do que aconteceu com o Little Peter e de certa forma, culpado. – Abri a boca, não era culpa dele. – Eu sei o que você vai dizer, mas foi culpa minha sim. Depois disso eu não consegui colocar um cigarro na boca, ou seja, sou oficialmente um ex-fumante. – Ele disse e sorriu pra mim.

- Sério?? – Sorri de volta.

- Sério. – O abracei, ele me apertou e me levantou. Ele não estava mesmo cheirando a cigarro, muito pelo contrário, eu sentia o cheiro do perfume dele, que tantas vezes tinha se misturado com aquele cheiro horrível de cigarro e álcool. Ouvi aquilo me deixou muito feliz, além de ser Hooligan eu agora era namorada dele, e queria que ele estivesse bem. Mal podia esperar pra contar a novidade, ou melhor, as novidades pras Hooligans :]

- Cadê a minha ultima surpresa? u.u. – Perguntei cruzando os braços.

- No meu quarto. – Ele riu maliciosamente pra mim e levantou as sobrancelhas.

Entramos na casa, eu corri escada acima até o quarto dele, mas quando fui abrir a porta ele entrou na minha frente. Ouvi um baque surdo vindo do outro lado da porta e em seguida alguma coisa caiu no chão. Arqueei as sobrancelhas, o Bru deu de ombros, mas parecia preocupado.

- Eu vou abrir a porta. Ash, esteja preparada. 1...2...3... – Ele abriu. Quase morri do coração quando vi o que era. Um filhote de Rottweiler, a coisinha mais fofa *--*. Ele correu até onde eu estava e pulou em cima de mim. Me abaixei e ele lambeu a minha bochecha, morri de fofura. – Bom, feliz natal :], sabia que vocês iam se dar bem. Quando eu cheguei pra ver os filhotes, ele fez xixi no meu pé e então em soube que vocês dois iam se entender. – Nós rimos.

- Você fez xixi no pé do Papai? – Perguntei pro filhotinho que pulava no meu colo. Ele balançou o rabo nervosamente, como se estivesse concordando comigo. Me levantei. – Sabia que eu te amo? – Disse jogando os braços ao redor do pescoço do Bruno.

- Sabia. – Ele riu. Revirei os olhos. – E eu te amo muito mais. – Sorriu pra mim. – Segura o seu filho, ele tá mordendo meu sapato. – O “comedor de sapatos” latiu e correu pro meu ex quarto.

- Eu tenho uma coisa pra você também. Espero que goste porque você é muito difícil pra dar presente u.u mas se não gostar pode me dar :] kk. – Tirei a caixa da bolsa e a entreguei pra ele. Ele abriu e sorriu pra mim.

- Como você sabia que eu não tinha esse?

- Eu senti kk.

- Claro né? ¬¬ kkk. Talvez você tenha sentido que nunca tinha visto ele no meu armário.

- Deixa de ser chato e para de tirar a magia do presente u.u kkk.

- Tá bom Hermione, parei. – Ele colocou o chapéu. – Amei. – Sorriu pra mim. O filhotinho passou correndo por nós descendo as escadas. – Precisamos de um nome pra ele.

- O que você sugere?

- Bom, pelo jeito que ele pula. Geronimo :]

- Geronimo? ¬¬ Não acompanhei seu raciocínio.

- Meu raciocínio avançado é difícil de acompanhar u.u.

- Muito avançado – Tava sendo irônica, tá? u.u kk.

- Geronimo. Quando você pula de um lugar alto o que você grita? Geronimo, então. Ótimo nome, além de ser bonitinho.

- É um nome bonitinho. – Me sentei no banco da cozinha. O Geronimo ficou pulando na minha perna, o peguei e coloquei no meu colo. – É o seguinte baixinho, teu nome é Geronimo, e isso é culpa do teu pai, porque ele é idiota u.u kkk. – Eu falava com ele e ele balançava o rabo.

- Idiota? Idiota nada, fala aê Geronimo, teu pai é um gato, não é? – Bruno disse com uma cara de “Bitch, please”.

- Bruno, você tá perguntando pra um cachorro se você é um gato, tem noção de como isso é estranho? – Ele me olhou de lado e deu de ombros.

- Quer chocolate quente?

- Eu quero :]

Enquanto ele dava uma de mestre cuca fiquei brincando com o Geronimo. Me apaixonei com aquela bolinha de pelos preta. Ele era tão fofo que me dava vontade de morder *-*.

- Pronto, se delicie com meus incríveis dotes culinários. – Bruno colocou uma caneca na minha frente e foi pegar uma pra ele. – Ash, posso te perguntar uma coisa?

- Pode. – Tinha até medo do que ele iria perguntar, talvez fosse só uma pergunta idiota, afinal, o Bruno era idiota. Mas eu pude ver na cara dele que dessa vez era uma pergunta séria quando ele se sentou num banco de frente pra mim.