PDV FREDDIE.

Tinha acabado de almoçar no apartamento da frente, Carly tinha ido ao seu quarto e Spencer estava terminando sua escultura de homem lata, realmente não queria voltar para a minha casa. Estava sentado no sofá assistindo Made of Honor *O Melhor Amigo da Noiva* de uma grande amizade para um romance, revirei os olhos, pois não acreditava nesse tipo de história. Logo escutei um grito parecido com o da minha mãe, que me alertou o que ela havia gritado Samantha Puckett, tirei meus olhos da TV e fui correndo até a porta até chegar ao olho mágico, quando avisto uma mulher de costa para a porta, com seus cachos loiros, falando com minha mãe, só podia ser ela.

─ Que gritos são esses Freddie? Dizia Spencer olhando pra mim.

─ Não, não sei, vou dar uma olhada aqui fora. Menti respirando fundo para abrir a porta.

Assim que eu abrir a porta, Sam olhou pra mim, e eu não conseguia tirar meus olhos dela, ela estava tão linda, não parecia mais uma menininha, tinha um corpo atraente para meus olhos que a olhava de cima a baixo de baixo a cima.

─ Sam... Apenas disse isso, quando minha mãe fez o favor de quebrar o clima.

─ Freddie, o que você está fazendo na casa da Shay? Minha mãe vem até a mim, me tirando a visão da Sam.

─ Eu, eu, estava vendo algumas coisas que eram do, do.. iCarly, eu... Que droga, eu tinha que ficar gaguejando logo agora.

─ Freddie, vamos para casa agora. Dizia ela aborrecida.

─ Não mãe, me deixa aqui com meus amigos, ou eu não visto mais os pijamas antialérgicos. Cara pra que eu disse isso?

Minha mãe engoliu em seco, olhou pra Sam e saiu em dispara para o nosso apartamento. Pelo menos o que eu disse deu certo para eu ficar. Olhei para Sam e ela parecia rir da minha situação, pelo jeito já ia sair uma piadinha maldosa dela.

─ Pijama antialérgico? Perguntou Sam me fitando.

─ É. Foi o que conseguir falar sobre os pijamas. ─ Seja bem vinda de volta Sam. Senti minhas bochechas queimarem, sinceramente acho que não era para eu estar daquele jeito, era só a Sam de volta, uma amiga.

─ Obrigada Freddie. Disse ela sorrindo, e eu me surpreendi pela educação dela, antigamente ela teria dado de ombros e me empurrado.

Eu não parava de olhá-la, e ela me olhava também, simplesmente fiquei mergulhando naqueles olhos azuis que depois de um ano via de novo. E novamente o clima foi quebrado.

─ Sam? Não acredito. Carly passou por mim dando um abraço na Sam, eu deveria ter dado um abraço nela também, mas fiquei imóvel.

As duas entraram e eu simplesmente fechei a porta, indo até o sofá me sentando parecendo um robô. Não tinha coragem de olhar para Sam, estava nervoso, senti minhas mãos suar, então tentei me concentrar no filme que ainda estava passando, e pelo o que eu pude ver, já estava no final, Tom o protagonista interrompeu o casamento da sua amiga Hannah, e disse que a amava que queria ficar com ela, francamente, esse filme não estava me ajudando. Logo senti alguém sentando ao meu lado, era ela, percebi pelo reflexo, Carly perguntava coisas para Sam, como se nunca mais tivessem conversado, eu não sabia se queria ouvir ou não as respostas da Princesa Puckett, até quando ouvi falar de tal de vizinho. Automaticamente olhei para Sam que logo me olhou também, eu estava sério, tentava não mostrar interesse na conversa, mas acho que era impossível.

─ Ah sim, o Bruce Handerson, a família dele são amigos da família da minha tia. Dizia Sam voltando seu olhar para Carly e Spencer.

─ Mas ele te chamava para jogar basquete com ele, não é? Dizia Carly tentando tirar alguma coisa de Sam, e eu só escutava calado.

─ Sim, mas foram poucas vezes, nada de mais. Sam parecia dizer a verdade, mas algo me dizia que tinha alguma coisa a mais.

─ Bom, enquanto isso que vocês conversam, eu vou à oficina do tio do Meião, buscar algumas coisas para a minha escultura. Dizia Spencer pegando seu casaco abrindo a porta e saindo.

─ Okay. Disse Carly. Sam, vocês saíram? Carly insistia em perguntar aquelas coisas para Sam enquanto eu voltava a assistir o final do filme.

─ Ah Carly, vamos mudar de assunto. Disse Sam se levantando do sofá indo até a cozinha. ─ Tem chá gelado? Gritava Sam para Carly.

─ Tem na geladeira. Carly terminou de dizer fazendo cara de vencida, mas eu pude perceber que ela começou a me olhar.

Eu estava todo encolhido no sofá, com cara de que ia vomitar, o filme tinha acabado e mesmo assim continuava com olhos fixos na TV.

─ Hum, eu já volto gente, vou ao banheiro. Disse Carly saindo correndo.

Eu me encolhi ainda mais naquele sofá, mas o que eu estava fazendo? Por que estava agindo como criança? Eu não havia gostado de saber que Sam teria saído com um cara de Nova York, mas ela era livre, o que mais eu poderia fazer? Olhei pra Sam e ela estava bebendo seu chá, tomei coragem, levantei e fui até ela, ela me olhou confusa terminando seu ultimo gole.

─ Que foi? Perguntou Sam abaixando o copo colocando na pia.

─ Nada, eu só queria saber se, se tem mais chá. Eu sou um idiota.

─ Hum, tem na geladeira. Disse ela parecendo estar desconfiada de algo.

─ Okay. Eu passei por ela ficando um de costas pro outro, abrir a geladeira e peguei a jarra de chá, fechando a geladeira com o pé, despejei a bebida em um copo limpo que tinha no canto da pia e tomei meu primeiro gole.

─ Me diz Sam, gostou de Nova York? Perguntei segurando o copo
ficando de frente pra ela, porem ela continuava de costas pra mim.

─ Uhum, mas prefiro Seattle. Disse Sam se virando pra mim.

Ficamos nos encarando por alguns segundos, era inevitável não focar naquele rosto lindo, Sam parecia imóvel, e eu sentia como se algo me empurrasse pra mais perto dela, não havia o que falar na hora. Uma mecha de seu cabelo estava caída entre seus olhos, levantei a mão que estava desocupada e retirei a mecha, Sam continuava do mesmo jeito. Dei um passo pra frente, e era irresistível pra mim, meus sentidos não me obedeciam, minha mente dizia que era loucura, meu coração só faltava pular pela a boca, já podia sentir sua respiração ofegante e eu já não sabia se a olhava nos olhos ou para seus lábios rosados, com a mesma mão que retirei a mecha de seus olhos, pousei no seu ombro, e desci pelo seu braço, pegando na sua mão, estávamos centímetros de distancia e já podia ver Sam fechar os seus olhos.