PDV FREDDIE.

Olhei para o relógio do meu celular, ainda marcava 15h02min Eu não acreditava que as supostas visitas da minha querida mãe já estavam lá para jantar.

─ Oh Fredinho, querido, você chegou, venha aqui meu filho. Dizia minha mãe se aproximando de mim, pegando na minha mãe, me levando para perto das visitas, elas se levantaram do sofá.

─ Essas são Dianna Bonheur minha colega de trabalho e sua filha Demetria Devonne Lovato e esse é meu filho Fredward. Elas sorriram pra mim.

─ Prazer Fredward. Disse a mãe estendendo a mão, ele era uma senhora bonita.

─ É o prazer é todo meu. Eu disse sem querer apertando de leve a mão dela.

─ Oi, prazer. Disse agora a filha fazendo o mesmo que a mãe, também era bonitinha.

─ Prazer. Sorri irônico e apertei a mão dela também de leve.

─ Vamos todos nos sentar, vamos, vamos. Minha mãe falava com tom de autoridade, todos nós sentamos minha mãe e sua amiga no mesmo sofá, Demetria sozinha em um e eu na poltrona do outro lado da sala. Ficamos em silêncio por alguns segundos, quando minha mãe começou.

─ Então Fredward, conte-nos como foi lá na faculdade? Perguntava minha mãe me fitando.

─ Eu, eu passei mãe, é eu passei. Nossa eu repeti as palavras, isso parece idiota, estava me saindo bem.

─ Ah que maravilha, sabe meu filho vai fazer curso de Engenharia Mecatrônica, ele é muito inteligente. Minha mãe dizia orgulhosa.

─ Isso é bom, Demetria é uma excelente aluna também, ela passou em administração, vai fazer faculdade aqui em Seattle mesmo.

─ Mas isso é uma coincidência, Fredinho também irá fazer faculdade em Seattle. As duas riram e minha mãe disse expressando surpresa. ─ Bom, Dianna, que tal irmos à cozinha para trocarmos receita, vou começar a fazer o jantar.

─ Claro, vamos. As duas se levantaram e foram.

Fiquei eu mudo tentando disfarçar olhando para os lados e parecia que Demetria me seguia com o olhar, essa situação estava começando a ficar estranha quando ela começou a falar.

─ Essas mães, a sua é sempre assim, Fredward? Ela perguntou e ficou esperando minha resposta.

─ É, é sim. Forcei um sorriso.

─ Entendo bem, minha mãe é bem parecida. Ela sorriu
gentilmente para mim.

─ Pois é. Eu não queria conversar com ela, na verdade, queria ligar pra Sam.

─ Então, que legal, você vai fazer faculdade, em que horário?

─ Érr... Eu vou de manhã. Só falta ela ir de manhã também.

─ Ah que pena, eu vou fazer de tarde, mas podemos nos encontrar na minha hora de entrar e sua hora de sair. Ela disse empolgada. ─ Quer dizer, é que, ah esquece, você deve estar me achando uma garota chata já, sabe é que geralmente as pessoas não gostam de mim e acabo forçando simpatia com as pessoas. Ela olhou para o chão e eu fiquei sem reação.

─ Bem, eu, er... Não é bem assim. Eu poderia me arrepender do que vou dizer agora. ─ Podemos nos ver sim na minha hora de sair e na sua de entrar, érr... Sem problemas. Que a Sam não descubra, afinal, Demetria ia apenas iria me ver e entrar na faculdade.

─ Sério? Que bom Fredward, nossa, vai ser muito bom, érr... Vai ser bom. Ela pareceu tímida e cada vez ficava mais estranha.

─ Pois é, bom, agora tenho que fazer uma coisa. Levantei-me. ─ Mãe, eu já volto. Disse indo para a porta.

─ Freddie, Freddie, filho? Falava minha mãe, mas eu já estava do lado de fora do apartamento.

Fala sério, essa menina deve estar achando que sou alguma coisa pra ela agora, peguei meu celular e disquei o número da Sam. (TUM... TUM... TUM...)

─ Alô, Sam?

Oi, oi... Respondia Sam com a voz meio atrapalhada.

─ Onde você está? Perguntei chegando perto da porta da casa da Carly.

Oi mãe, eu estou na Carly ué, eu me esqueci de te avisar? Ela dizia provavelmente tentando disfarçar.

─ Ok então, eu estou aqui na frente, vou bater na porta hehe. Disse soltando um sorriso.

Assim, ta bom, tchauzinho mãe, até amanhã. Ela se despediu da “mãe” dela e desligou.

Guardei meu celular, fiquei de frente para a porta, contei até cinco e bate na porta (TOC, TOC, TOC), escutei. “Pode entrar” toquei na maçaneta e girei, fazendo assim a porta abrir.

─ Oi meninas. Dei saudações como se nada tivesse acontecido fechando a porta.

─ Oi Freddie. Sam me respondeu me olhando, eu a olhei e rapidamente pisquei pra ela.

─ Oi, você sumiu ontem rapazinho. Dizia Carly se levantando indo até a mesa do computador pegando uma tigela media de amendoins.

─ É eu fui embora, minha mãe estava me ligando toda hora, achei que você não se importaria, depois eu explicaria. Disse olhando para a Carly, querendo olhar para a Sam.

─ Não, é que achei estranhos vocês sumirem, sem dizer nada, ainda mais no dia em que Sam voltou. Ela terminou de falar e eu engoli em seco, olhei pra Sam ela estava séria, olhei pra Carly de volta.

─ Foi pura coincidência. Dei de ombros tentando não parecer mentiroso e peguei uns amendoins da tigela que Carly segurava e comecei a comer.

─ É, acho que foi, ah meu celular ta tocando. Ela me deu a tigela e pegou seu celular. ─ Gente é meu pai. Ela disse encantada pelo o que acontecia. Sorriu e atendeu indo para a cozinha. Eu fiquei feliz por ela, mas iria comemorar me sentando bem perto da Sam.

─ E ai lindeza? Perguntei baixo oferecendo os amendoins.

─ Amendoins, hum, é bom mesmo que tenha me oferecido baby. Ela terminou de dizer deixando seu sorriso à mostra, o sorriso mais lindo que já tinha visto.

Ela pegou alguns amendoins e ficamos perto um do outro, o cheiro dela era tão bom e minha vontade era de agarrá-la ali mesmo, ela estava linda, mesmo com uma camisa de futebol americano. Carly parecia que não iria desligar o telefone agora, então nossa atenção não poderia ser atrapalhada, e cada vez eu me perdia nos seus olhos azuis, Sam provavelmente percebia e sorria, parecia estar tímida, era ótimo estar perto dela.