Ironias do destino

Babá de gente grande? Ta de sacanagem


–Então pai como foi o encontro? –Perguntei enquanto entrava na cozinha, ele apenas sorriu.

–Segredo.

–O que? –Perguntei cética – ta de sacanagem.

–Olha a boca menina –ele falou em tom de brincadeira.

–Por favor.

–Não –revirei os olhos -, só quero que saiba que não vou esta aqui pro jantar, então peça alguma coisa e se quiser peça pizza novamente –balancei negativamente a cabeça.

–Eu vou fazer o jantar –falei convicta, meu pai apenas me olhou incrédulo -, o que foi?

–Vou falar para Megan pedir algum tipo de comida –decidiu.

–O que? Por que?

–Querida convenhamos, você é péssima na cozinha –coloquei a mão no meu peito me sentindo ofendida.

–Mas você nunca reclamou antes –ele fez uma careta.

–Não queria magoar os seus sentimentos.

–E o que você acha que esta fazendo agora? –Cobri meu rosto com as mãos.

–Salvando todas essas crianças de uma intoxicação alimentar?

–Deus meu pai me enganou a vida inteira.

–Para de drama Carrie.

–Agora é serio, o senhor podia ter me avisado antes –lhe disse e logo em seguida peguei uma maçã -, porque assim eu poderia ter evitado o desastre que foi o natal –ele soltou uma gargalhada.

–Neste dia realmente tive que fingir cara de paisagem.

–Pai – o reprendi e parei um tempo para pensar -, é você tem razão, acho que vou pedir comida chinesa –falei me sentando em sua frente, ele apenas assentiu.

–Vi você e o Dean hoje...

–Nem começa, apenas caímos no sono enquanto víamos um filme.

–Sei –ergui uma sobrancelha.

–Tá duvidando pai?

–Por que não abre os olhos Carrie?

–Porque eles não estão fechados –retruquei.

–Eu perguntei retoricamente –ele suspirou -, você tem que vê a maneira como aquele garoto te olha ou a maneira que você olha pra ele...

–Não a nada aqui para ver pai, somos amigos, apenas isso.

–Se você diz.

–Então vai sair com aquela mulher, hoje a noite? –Perguntei desesperada para mudar de assunto.

–Vou.

–Que bom que as coisas estão dando certo pra você –murmurei.

–Dariam certo pra você também, se tentasse –respirei fundo.

–Será que podemos parar de falar sobre mim? – E Dean? Completei mentalmente.

–E os outros?

–Estão dormindo e provavelmente só vão acordar depois das nove.

–E Lena como ela ta? –Meu estômago se retraiu, não havia falado para meu pai sobre o incidente com o Josh ou que ela havia ido para o campus.

–Bem, ela agora estuda na mesma universidade que a gente- falei dando de ombros.

–O que aconteceu? Por que ela não esta aqui também?

–É uma longa historia –suspirei -, quer dizer nem é.

–Estou ouvindo.

–Lembra do Josh? –Comecei.

–Como eu poderia esquecer, ele, Lena e Megan viviam enfurnados aqui dentro de casa.

–Pois é, então ele e Lena se desentenderam –não contaria o que realmente havia acontecido – e ela acabou trancando por um tempo a faculdade e voltou a morar com a mãe, não nos falamos desde então.

–Sinto muito querida.

–Ela só deve esta um pouco ocupada –a verdade é que eu havia tentando falar com Lena, mas ela não me atendeu e quando eu liguei para a mãe dela, para ter noticias, a mesma me disse que Lena precisava de um tempo longe de tudo e de todos, até mesmo da melhor amiga/irmã... no caso eu, abaixei a cabeça e meu pai colocou uma de suas mãos em meu ombro.

–Deve ser apenas isso.

–É...pai? Vou sair –lhe disse e ele franziu as sobrancelhas -, vou comprar alguma coisa para eles tomarem café da manha – falei, mas eu só queria mesmo era de um tempo sozinha, apenas para pensar.

–Tem dinheiro em cima do armário.

–Obrigado pai –me levantei e beijei sua bochecha antes de sair de casa.

***

–Finalmente –Megan disse e praticamente pulou do sofá -, trouxe a comida? –Olhei para a garota na minha frente que me olhava de um jeito interrogativo, bati com a mão na testa, como você pode ser tão burra Carrie?–, tio Ben disse que você havia saído pra comprar, então o que trouxe?

–Meg, um é que... –comecei – ahn eu esqueci de comprar – falei passando a mão na minha nuca -, mas relaxa senta e assista Tv, vou lá comprar e já volto –minha amiga revirou os olhos.

–Seu pai já comprou idiota.

–O que?

–Ele sabia que você só precisava ficar um tempo sozinha –assenti – e que provavelmente não se lembraria de me alimentar.

–Onde ele ta?

–Saiu, foi no mercado –assenti.

–E Marie?

–Ainda esta dormindo, aquela baixinha tem um sono extremamente pesado.

Segui em direção a sala e me joguei em uma poltrona, não falei com Dean , apenas fixei meu olhar na televisão mesmo assim não tinha a mínima ideia do que estava passando. Suspirei e retirei meu celular do bolso, nada, nem uma ligação ou mensagem... quase sem querer ergui meu olhar, Dean olhava diretamente pra mim.

–O que foi? –Perguntei calma, franzindo as sobrancelhas.

–Nada só tive um sonho engraçado –respondeu com um sorriso de canto.

–E o que eu tenho haver com ele Dean? –Fiz outra pergunta.

–Você estava lá e isso basta.

–Qual é Dean, sonhar comigo deve ser mais um pesadelo –falei brincando.

–E foi... –peguei uma das almofadas que estavam perto de mim e atirei nele – ei to brincando, mas o pior foi acordar e ver que você não estava mais lá – falou sério.

–Eu... eu... –não consegui olhar em seus olhos, isso não podia continuar – quer saber? Foda-se , não somos um casal, por que eu estaria do seu lado quando você acordasse? Ou todos os dias restantes de nossas vidas?–Perguntei retoricamente, Megan não estava na sala e agora eu me arrependia de não ter subido para meu quarto assim como ela havia feito.

–Tem razão –ele disse, nossa essa foi fácil, me levantei da poltrona e segui para cozinha, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, fui prensada contra a parede, é ele havia me seguido, ele aproximou seu rosto do meu, roçando nossos lábios, para logo sussurrar em meu ouvido -, você tem razão, não somos um casal... ainda – sua boca estava perto de mais da minha orelha e isso fez com que eu me arrepiasse.

–Fui eu que te deixei arrepiada desse jeito, Carrie?–Perguntou convencido, ainda perto demais.

–Foi só o vento –falei tentando disfarçar, ele me soltou.

–Que vento Carrie? –Pude perceber que ele prendia o riso – Não sinto nem sequer uma brisa – falou soltando um sorriso sacana, irritada passei por ele, esbarrando em seu ombro propositalmente.

–Idiota –resmunguei, segui em direção a um dos armários e o abri, observando o que eu poderia pegar para comer, peguei um pacote de biscoito, doritos e mais algumas besteiras.

–Ei Carrie? –Falou levantando os braços – Já tomei café da manha.

–Isso não é pra você –rebati -, estou com fome –completei me retirando da cozinha e seguindo para a sala novamente, coloquei as minhas preciosas besteiras em cima da mesinha e me joguei no sofá pegando o controle logo em seguida.

–Você vai simplesmente comer isso tudo sozinha? –Perguntou o ser que havia me seguido, de novo... revirei os olhos.

–Vou –dei de ombros.

–Como ainda consegui ser gostosa desse jeito? –Ergui uma sobrancelha e sorri de um jeito sacana.

–Morre e pergunte a Deus por mim Dean, também estou curiosa em relação a isso... –murmurei enquanto abria uma latinha de coca-cola, assim que pressionei a mesma em meus lábios Megan e Marie desceram as escadas conversando, o papo parecia bom já que as duas continham um sorriso em seus rostos, Marie se jogou ao meu lado esquerdo e pegou a latinha de minhas mãos tomando um longo gole logo em seguida –Ei –protestei, mas a mesma somente me ignorou, peguei meu pacote de doritos e o abri, Megan que acabara de retornar da cozinha se jogou ao meu lado direito e roubou meu pacote de doritos, bufei -, acordaram inspiradas hoje –resmunguei.

–Bom dia pra você também –Marie falou de modo zombeteiro -, dormi muito bem, obrigada por perguntar Carrie –revirei os olhos.

–Qual é M&Ms? Só queria me entupir de comida hoje enquanto assisto uma maratona de supernatural, me sinto depressiva eu preciso disso –falei retomando meu pacote de salgadinho.

–M&Ms? –Megan uniu a sobrancelhas confusa.

–Sério que tudo isso que eu falei, você só absorveu seu novo apelido? –Olhei fixamente para parede, podia sentir os olhares de meus amigos sobre mim, quando olhei para frente pude ver que Dean me observava atentamente, logo desviei o olhar.

–O que aconteceu Carrie? –Marie me perguntou e no seu tom de voz pude sentir a preocupação, suspirei cansadamente.

–Lena ainda não quer falar comigo –soltei.

–Ela só precisa de um tempo Car, um pouco de espaço fará bem a ela.

–Mas já faz semanas Meg, semanas... –lhe disse manhosa – Eu sinto falta dela –choraminguei, ela me abraçou de lado.

–Ei... vai ficar tudo bem Carrie, Lena voltara logo, logo, quando você menos esperar, ela fará uma grande surpresa pra você, por que também sente sua falta.

–Tudo bem –funguei -, acho que eu vou ficar um tempo no meu quarto –falei me levantando.

–Ok –minha amiga disse, estava prestes a sair da sala, quando me lembrei de uma coisa.

–Eu fico com isso –peguei novamente o pacote de doritos, e a latinha de coca que ainda estava nas mãos de Marie, pude ouvir a risada de meus amigos enquanto subia as escadas.

Deixei as besteiras de lado assim que entrei em meu quarto, e logo me joguei na cama ficando de barriga para cima, fitei o teto e suspirei. É nessas horas que mais sinto falta da minha mãe, dos seus conselhos. Ela saberia o que dizer se ainda estivesse aqui. Lembranças inundaram minha mente me deixando completamente alheia ao mundo lá fora.

Saí do meu transe assim que percebi que eu não estava mais sozinha, sequei as lágrimas rapidamente, nem havia percebido quando havia começado a chorar. Virei meu corpo de lado, ficando de costas para quem quer que seja, não queria que me vissem assim.

–Posso entrar? –Perguntou e por algum motivo me encolhi ainda mais na cama.

–Vai embora –murmurei baixo, porám ainda conseguindo deixar minha voz estável, me ignorando completamente ouço seus passos em direção a minha cama, logo sinto meu colchão afundar -, falei para ir embora –repeti.

–E desde quando faço o que você pede Carrie – ai essa doeu - , você deveria ter percebido isso.

–Não me importa, só quero ficar sozinha.

–Essa não é uma opção –disse.

–O que quer afinal?

–Ver se você estava bem –me levantei da cama e segui em direção a porta, a abrindo logo em seguida.

–Já viu, agora vá embora –indiquei com a mão para que ele saísse, novamente Dean me ignorou, já disse que eu odeio quando me ignoram? Pois é, e Dean esta fazendo jus a esse pensamento, ele se aproximou de mim e fechou a porta.

–Por que faz isso? –Perguntou, franzi as sobrancelhas confusa – Por que se esconde atrás dessa máscara Carrie? Por que se esconde atrás dessa pose de garota durona? – Suas perguntas me pegaram de surpresa, isso tinha que acabar ali.

–Não é da sua conta –falei seca.

–Ah não? –Ergueu uma sobrancelha, apenas assenti - Você é só uma garota que se faz de vitima para que as outras pessoas sintam pena de você...

–Cale a boca –esbravejei.

–Por que? Por que não quer encarar a realidade, você se faz de coitadinha porque sua mãe morreu...

–Eu já mandei você calar a boca - explodi -, você não tem ideia do que esta falando, você não tem ideia do que eu passei nesses últimos 4 anos –gritei -, você Dean Miller, não sabe de nada. Você não passa de um filhinho de papai, um garoto mimado e que sempre ganhou tudo de bandeja, não tem nenhum direito de falar da minha mãe –seu olhar estava sem expressão alguma e o vi se aproximar cada vez mas.

–E você Carrie Cooper não tem ideia do que eu passei durante esses 19 anos –falou baixo -, a sua mãe morreu Carrie e eu sinto muito por isso, mas ela não escolheu essa opção, foi um acidente, ela não te abandonou... ela não saiu de madrugada e nunca mais voltou, ela não te abandonou Carrie, a minha sim. Sabe como esta sendo difícil mentir para a Marie todos esses anos? E se você acha que minha vida foi tão perfeitinha assim, esta completamente errada. Você não é a garota que eu pensei que fosse -suas palavras me atingiram como um soco.

–Dean, eu... –não pude terminar, pois logo ouvi a porta sendo batida com força... droga.

Encostei minhas costas na parede e deslizei até que estivesse sentada no chão, fechei meu olhos com força tentando esquecer o que havia acontecido a minutos atrás. Mas eu não podia. E pra falar a verdade eu não queria, ele estava certo.

Levantei rapidamente do chão e sai do meu quarto, segui em direção ao quarto de hospedes e bati na porta algumas vezes, ele não abriu. Mas quer saber nunca liguei para formalidades mesmo, abri a porta e entrei no quarto em que ele estava dormindo, olhei ao meu redor porém não o encontrei. Desci as escadas correndo e vi que as meninas estavam na sala, mas ele não estava lá, o procurei na cozinha também, mas não o encontrei.

–Cadê o Dean? –Perguntei as garotas assim que retornei a sala.

–Saiu –Marie me respondeu.

–Sabem que horas ele vai voltar?

–Não –respondeu Meg -, mas ele não estava com uma expressão muito boa quando saiu –engoli em seco.

–Me chamem se ele aparecer.

Mas ele não apareceu.

Tentei falar com ele pelo celular mas sempre dava na caixa postal. O sábado havia se passado lento e torturante, eu estava preocupada, pois é, verdade seja dita, eu me preocupava com aquele idiota, não dava mais para negar.

No domingo quando ele novamente não apareceu, Marie ligou para saber como ele estava, o mesmo atendeu e disse que estava bem e que não precisava se preocupar... Dean é um tremendo filho da puta, não acredito que o idiota não tinha me atendido.

As garotas já haviam ido para cama, já que amanha voltaríamos de manha para o campus, eu deveria ter feito o mesmo. Deveria. Não estava conseguindo dormir, então fiquei na sala assistindo Tv. Fiquei por muito tempo olhando a televisão sem realmente enxergar nada, meus olhos pesavam, mas me recusava a fecha-los. Por que eu não dormia? A quem eu estou querendo enganar, ainda estou esperando o idiota, acho que só vou conseguir dormir se ele estiver bem. Ta eu sei que ele esta bem, já que a algumas horas atrás havia falo com Marie pelo celular, mas pra ser sincera só vou realmente ficar tranquila quando vê-lo bem.

Levantei do sofá e me arrastei até a cozinha, peguei um dos copos e abri a torneira da pia para enche-lo. Estava tarde e mais ou menos daqui a umas cinco horas teríamos que voltar ao campus. Tomei toda a água, e assim que me virei para retornar a sala o vi.

–Dean... –sussurrei surpresa, ele estava apoiado no balcão e continha um sorriso travesso nos lábios, ele parecia um pouco alterado.

Ele não falou nada, apenas caminhou lentamente em minha direção. Não desviei o olhar dos seus movimentos, a cada vez que ele chegava mais perto, eu podia perceber que estava certa, ele havia bebido. Dean me prensou contra a pia e acabei soltando um gemido por conta da dor, seus braços prendiam os meus e logo seus lábios se encontravam em meu pescoço, fazendo uma trilha de beijos da minha mandíbula até meu ombro nu, arfei.

–Dean... –o chamei, mas ele não parou – pare.

–Vamos lá Carrie, eu sei que você quer tanto quanto eu –ele disse, sua voz estava mais rouca do que o normal e isso fez meu corpo arrepiar, este fato não passou despercebido aos seus olhos -, vê? Seu corpo responde de acordo com o meu –falou e logo colou seus lábios aos meus, apesar do gosto do álcool o beijo era extremamente bom, nossas línguas travavam uma batalha, que não dava para ter a mínima ideia de quem iria ganhar.

Nos separamos somente quando o ar se fez necessário, ele desceu beijos molhados pelo meu pescoço. Suas mãos passavam livremente pelo meu corpo e assim que ele me ergueu, enlacei minhas pernas em volta da sua cintura, ele me colocou em cima da pia e retornou a beijar meus lábios. Retornei a consciência assim que um perfume feminino penetrou minhas narinas. O empurrei e pulei de cima da pia, tentei a todo custo normalizar minha respiração, ele me olhava confuso e novamente veio em minha direção, porém dessa vez o impedi.

–O que foi Carrie? –Ele perguntou.

–Ah meu deus como eu pude ser tão burra... –murmurei – você esta com a Joy, Dean.

–Eu e a Joy não temos nada.

–Ah não? –Perguntei cínica – Então acho que ela é só sua parceira de transa não é? –Olhei para seu rosto e logo meu olhar caiu para seu pescoço – Eu não acredito que você pretendia ficar comigo, depois de ter dormido com aquela puta –esbravejei.

–Do que você esta falando?

–Do enorme chupão que esta no seu pescoço e o do insuportável perfume que a Joy usa -todos os dias no campus-, na sua camiseta –falei com uma voz frustrada -... eu poderia dizer que você não é a pessoa que eu pensei que fosse, assim como você havia dito pra mim ontem... mas a verdade é que... você é exatamente como eu pensei que fosse –terminei.

–Carrie... –ele tentou vim em minha direção cambaleante, mas dei alguns passos para trás me virando de costas pra ele, abraçando meu próprio corpo.

–Não Dean –soltei calma -, apenas tome um banho e vá dormir. –Pude ouvir seus passos indo em direção a escada, mas logo ouço um barulho, corri para a sala e vi que Dean havia caído no segundo degrau e agora subia as escadas engatinhando, fiquei indiferente por um bom tempo, mas assim que eu soube que ele realmente não conseguiria subir as escadas se não houvesse alguém lhe ajudando, me pus ao seu lado. –Vem se apoie em mim –murmurei, e assim ele o fez, sem questionamentos.

Carreguei Dean com dificuldades, tentando ao máximo não fazer barulho. O levei até o quarto de hospedes. Fiz com que se sentasse na cama, o vi tentando tirar a blusa e sem querer acabei deixando uma risada baixa escapar, é pelo visto terei que ajuda-lo com isso também.

–Vem deixa que eu ajudo –falei e puxei a camiseta por cima de sua cabeça, depois me ajoelhei e desatei o cinto de sua calça, ele levantou um pouco me ajudando a retira-la, ficando de cueca Box preta, retirei seus conturnos e fiz com que se apoiasse novamente em mim -, vou coloca-lo de baixo da água fria, vai ajuda-lo a melhorar.

Assim que estávamos dentro do banheiro, o coloquei embaixo do chuveiro e liguei. Vi o corpo de Dean se tencionar assim que a água fria caiu em sua cabeça, mas logo a tensão foi desaparecendo, deixando seu corpo totalmente relaxado, ele apenas fechou os olhos. O ensaboei e passei shampoo em seus cabelos, mal havia reparado o quanto ele fedia a álcool. Assim que já havia saído a maior parte do sabão, seus olhos se abriram novamente, e encontraram diretamente os meus. Fiz menção de sair do Box, mas o mesmo me puxou. Acabei estremecendo com um maior contato com a água fria, se antes eu já havia me desperto agora estava bem mais acordada, duvidava que conseguiria dormir, pelo menos não por agora.

–Isso já esta virando um hábito –ele sussurrou.

–O que? –Perguntei.

–Sonhar com você –disse -, é sempre assim que começa, você esta em meus braços, eu acabo fazendo algo idiota e você acaba indo embora –completou, ele estava bêbado e uma coisa que eu aprendi com os meus amigos, era sempre bom concordar com que eles diziam, já que na manha seguinte não lembrariam de nada, não faria muita diferença.

–Eu não vou a lugar algum Dean –lhe disse.

–Prometa. –Pediu.

–Eu prometo.