Inazuma Lion

Cap 29 – Jogo, Caminhos e o Resgate


– Cora. Esse tal de Marito é confiável? – Pergunta Eryk após ter chamado ela e Tenma para conversarem á sós.

– Eu... Eu achei que ele era... Mas depois de saber do seu real motivo, eu não faço ideia mais. – Respondeu a sereia com um olhar triste.

– Mas porque você quer saber disso Eryk? – Pergunta Tenma não sabendo onde Eryk queria chegar.

– É que... Na verdade... Eu não confio nele. Quer dizer, ele tem algo que me incomoda. E eu não sei o que é. Eu só quero garantir que ele vai cumprir com sua palavra.

– Como assim?

Eryk fica de frente de Tenma e o encara sério.

– Tenma, será que você poderia ir salvar Aoi?

– Hã!? – Exclamaram Tenma e Cora em uníssono.

– Mas por quê? Marito já disse que se nós vencermos-

– Eu sei cara, mas... É só para garantir. Eu não quero que nenhum amigo meu se machuque... – Prosseguiu Eryk serrando os punhos – Então seria melhor só para garantir. E tem mais! Você também não está preocupado com ela?

– Eu estou e muito! Se dependesse de mim, eu já teria ido logo, mas... E o jogo?

– Olha, eu sei que você ama muito jogar bola, mas eu não estou dizendo para você não jogar, eu estou dizendo para você garantir para nós se Aoi está bem ou não, tá?

– Mas Eryk e o time? Vai ficar faltando um jogador...

– Mas nós temos um jogador! – Afirma Eryk olhando para Cora.

– Hã? – A sereia não entendia muito bem.

– Cora! Você poderia completar o time? – Pede Eryk.

– Mas... Mas...

– Mas Eryk! Ela não sabe todas as regras do futebol. E pode ser muito perigoso para ela.

– Eu faço! – Falou Cora decidida.

– Serio? – Pergunta Eryk animado.

– Tem certeza? Eu não quero que você exija muito de si. – Falou Tenma preocupado.

– Não tem problema! Eu dou um jeito! Aoi virou uma amiga minha e eu também quero saber se ela esta bem ou não! – Falou novamente tentando mostrar confiança.

– Tá vendo? Se ela ficar na defesa não vai precisar jogar muito, só irá passar a bola para o pessoal. Que tal capitão?

Tenma fica pensativo. Ele queria muito ver Aoi, mas ele também estava preocupado com o jogo. Não conhecia muito a força das criaturas marinhas, sem falar em Cora.

Mas só de imaginar que Aoi poderia estar mal... O jogador não gostaria nem de imaginar isso.

E foi com esse pensamento que ele tomou sua decisão.

– Fala para o Endou que ele é o capitão. – Falou Tenma.

– Certo! - Assistiu Eryk – Cora?

– Eu cuido de passar a bola para vocês.

– Beleza! Então vamos nessa!

– Eu espero que o plano do Eryk dê certo... – Pensava Endou após se lembrar do esquema de Eryk.

– É isso aí pessoal! VAMOS JOGAR FUTEBOL! – Dizia Eryk, sentado na frente do gol, e de braços e pernas cruzadas, tranquilo.

– LEVANTA DAÍ ERYK! – Berra Kusaka irritado. Eryk pula de susto, ficando agora de pé.

– Opa! Hehe mals... – Eryk se desculpava sem jeito.

Esse garoto... – Pensava Algos ao ver o jeito de Eryk – Me lembra o meu irmão... Quando ele era menor...

– Que expressão é essa Algos? O Jogo já vai começar. – Dizia Marito um tanto atordoado. Algos percebeu algo estranho nisso. E o pior de tudo, era que não parecia que ele estava atordoado com seu irmão, e sim por causa do goleiro adversário. E como se não bastasse, não tinha como evitar de se lembrar de quando os dois irmãos eram pequenos ainda.

– Algo! A cerimônia já vai começar! – Chamava Marito, ainda jovem, puxando seu irmão mais novo para o meio da multidão que se formava para contemplar a cerimônia.

– Espera irmão! Tá muito lotado! Vamos procurar um local menos movimentado! – Reclamava o mais novo.

– Do que você tá falando? Ficou biruta? Os nossos pais estarão lá! Precisamos achar um bom lugar! Você não quer vê-los?

– Eu quero, mas-

– Shiu! Já vai começar!

Assim que o irmão é interrompido, um som de algo explodindo no céu é escutado. Vários confetes foram jogados, e os fogos foram lançados. A multidão vai à loucura ao ver um ser que parecia um humano, com um cabelo azul claro da cor do mar, enquanto erguia seus braços para o alto.

A cada lado do ser, aparece um casal de criaturas marinhas humanoides, bem vestidos, assim como o ser do meio. O homem na direita era alto, sua pele era azul marinho, assim como o cabelo. Já a mulher na esquerda tinha um tom de pele rosa, cabelos azuis claros e olhos que lembravam belas pérolas, muito lindos.

– OLHA LÁ MANO! SÃO OS NOSSOS PAIS! SÃO NOSSOS PAIS! – Marito gritava de tão animado que estava. Puxava seu irmão novamente agora para mostrar seus parentes.

– Calma! Eu to vendo! Ai meu ouvido... – Falou Algos limpando o ouvido enquanto sorria com a empolgação de Marito. O mais velho não tirava os olhos daquela cena. Estava muito feliz e orgulhoso de seus pais.

– ALGOS OLHA A BOLA! – Marito retira Algos de seus devaneios, quando vê Fey passando por Algos sem o outro ter feito nada para impedi-lo.

– Ah caramba! – Falou Algos ao se tocar e logo começa a correr atrás da bola.

– Você não vai passar! – Afirmou um dos jogadores dos Tufões de Água. Fey para na frente dele e começa a procurar uma forma de evita-lo.

– Eu estou livre! – Avisou Otomura correndo livre na lateral do campo.

– Toma! – Fey passa a bola para o mais velho e avança até dois jogadores ficarem em seu caminho.

– MEGA TISUNAMI!!! – Os dois criam uma onda enorme, fazendo Otomura ser levado pela água por um jogador enquanto a bola era roubada pelo outro que avançava em campo.

O jogador chuta a bola para longe, até parar na posse de mais um. Ele avança no campo por um tempo, até Minaho interceptá-lo.

– É minha! – Falou Minaho roubando a bola com um carrinho, com sucesso.

– Boa! – Falou Endou.

– Passa pra mim! – Pediu Tsunami. Minaho atende passando a bola para o adulto e avança no campo...

Até Marito o cercá-lo.

– Vem ni mim! – Falou o Tritão encarando a bola e o jogador a sua frente.

– Vem pegar, vem! – Provoca Tsunami antes de tentar dribla-lo. Aí começa uma disputa de bola. Tsunami tentava manter a esfera, com dificuldade. Marito parecia ter muita habilidade, mas isso muda quando ele usa sua calda de peixe para pegar a bola e passar para seu irmão.

– Hã? – Algos se espanta quando ver a bola parar bem na sua frente de uma hora para outra.

– CHUTA SEU LERDO!!! – Gritou Marito irritado. Quando Algos percebe o que tinha que fazer, ele logo chuta para o gol.

– Nem pensar! – Eryk pula e consegue agarrar a bola. E quando procura alguém livre para devolver, ele apenas vê Cora sozinha no lado do campo, enquanto Minaho estava sendo marcado por um dos jogadores rivais.

Eryk sem escolha lança a bola para a princesa de Atlantes. E quando ela já ia avançar com ela, ela se depara com Marito a encarando-a feio.

– Pensa... Você contra mim, quem ganha? – Isso bastou para deixar a garota sereia arrepiada de medo. Marito apenas toma a bola dela, enquanto Cora se abraça pelo frio que tinha sentido mais cedo.

Marito para enfrente ao gol. Encara Eryk com um olhar arrepiante, enquanto chutava a bola para cima.

– Tente defender isso... Humano.

Após dizer tais palavras, Marito pula até alcançar a bola no alto. E quando ele gira, uma piranha aparecia atrás e ajudava com seu chute.

– AOVORECER DA PIRANHA!!!! – Gritou Marito fazendo a bola ficar borbulhando enquanto se aproximava do gol acompanhado pela enorme piranha logo atrás.

– PUNHO EXPLOSIVO!!! – Eryk acerta a bola com um soco, e logo prossegue com vários golpes.

Mas a bola era poderosa demais para a técnica, e logo entra no gol.

– Mas já? – Fala Kusaka.

– GOOOL!!!!! – Berrou o narrador Tritão da partida, com o placar agora: 1 para os Tufões de Água e 0 para a Raimon.

– HAHÁ MULEQUE!!! MARCAMOS DE PRIMEIRA!!!! – Comemorava Marito indo até seus colegas de equipe abraçando a todos que podia, enquanto a Raimon vai até o goleiro.

– Eryk, tudo certo? – Pergunta Endou.

– Me desculpem pessoal. – Pede Eryk.

– Não. Eu que tenho que pedir desculpas. Eu tinha que ter dado um jeito nele, mas... – Cora ia prosseguir, mas Endou toma a palavra.

– Não se preocupem, vocês dois. Foi só um gol! Ainda tem muito jogo pela frente, certo? – Tentou tranquilizar.

– C-certo! – Assentiram os dois, retornando para as suas posições.

Enquanto isso...

– Que frio... – Dizia a pequena Konoha se abraçando quase congelada.

– A gente já chegou? – Pergunta Nagazy.

– Ainda não... – Respondeu Fran.

– Awn... Parece que estamos andando há dias.... – Falou Kinako não aguentando andar mais.

– Porque isso foi acontecer justo com a gente? – Se perguntava Natsumi.

– Eu sinceramente não sei. Mas seja o que for, precisamos achar uma saída daqui e logo. – Dizia Fran decidida.

– ALÔÔÔÔ!!! Tem alguém aqui!?!?!? – Nagazy chama por ajuda, mas ninguém responde. – AH QUE DROGA! NÃO TEM UMA MANEIRA DE SAIR DAQUI, NÃO!?

Assim que ela acaba de falar, os cristais ascendem novamente, mostrando uma rota para que elas sigam.

– Nossa. E não é que pegou? – Falou Nagazy surpresa.

– Ué, então vamos. – Disse Kinako e elas prosseguiram.

Toda vez que apareceria mais de uma rota, os cristais iluminavam uma delas novamente para que elas prosseguissem. Foram para a direita, para a esquerda, e por aí vai...

Até uma luz no fim do túnel aparecer diante delas.

– Vejam! – Alertou Natsumi.

– Será que é uma saída? – Pergunta Kinako animada.

– Só tem um jeito de saber! Vamos! – Falou Natsumi e todas correm até a luz.

Mas Fran sente algo estranho, e logo para de correr por conta disso.

– Esperem meninas! – Chamou, mas assim que elas se viraram um tremor começou. E à medida que o local se agitava cada vez mais, o tremor ficava mais forte.

– O que está acontecendo...? – Pergunta Konoha batendo os dentes devido ao tremor.

– Meninas, fiquem todas juntas! – Fran pediu e ergue a mão para segurar uma delas. Nagazy pega na mão da Fran e da Kinako. Konoha pega na mão de Natsumi e a mesma na mão livre de Fran.

– Não soltem, por favor!!! – Berrou Nagazy apertando a mão da menina.

E de repente... O tremor para.

– Ah graças a Deus! – Falou Nagazy aliviada.

E num piscar de olhos, o chão some.

– Ai não... ESSE LUGAR É MALUCO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Gritou Nagazy caindo no buraco que se formou, junto com as meninas do time.

No palácio de Atlantes...

Tenma corria para tudo quanto é lado. Não sabia para onde ir. Parecia que estava perdido.

– Aoi... Cadê você... – Chamava Tenma correndo por mais um dos corredores do local.

– Cara! Viu aquela gracinha de humana? – Falava um dos guardas do local sentado em uma mesa e segurando um copo com uma bebida dentro.

– Qual? Aquela de cabelo azul? – Pergunta outro guarda acompanhando o outro na bebida. Assim que Tenma escuta a conversa ele para e se esconde ao lado da porta no lado de fora.

Será que eles estão falando dela? – Pensava Tenma.

– O Marito é o cara! Subiu a baixa da égua para trazer um peixão daquele! – Comentou o guarda.

– Nossa! Ela é tão linda assim? – Perguntava outro guarda curioso. Tenma agora estava estranhando aquela conversa.

– Linda é pouco. Parece uma sereia. Ah se fosse minha...

– MAIS RESPEITO COM ELA! – Tenma grita para os dois. E quando percebeu que avia sido descoberto, fica tão nervoso que estava até paralisado.

– Mas o que...

– Ele não é um dos humanos que deveria estar lá em cima com o chefe?

– Ai não... – Quando Tenma finalmente entende a situação, ele sai correndo do local.

– PEGA ELE! – Falou um dos guardas correndo atrás dele.

Continua...