Inazuma Lion

Cap 30 – Um Raio na Água


Na Caverna Encantada...

As garotas ainda estão caindo. Kinako e Konoha se abraçam enquanto gritam de medo. Nagazy e Natsumi fazem o mesmo, enquanto Fran tentava a todo custo usar seus poderes nela e nas meninas.

– Conseguir! – Dizia Fran encobrindo todas por uma aura rosa, desacelerando a queda, e se aproximando lentamente do chão.

– Ai que medo... – Kinako suspira aliviada.

Quando Nagazy e Natsumi percebem que estavam se abraçando elas imediatamente se separam.

As meninas finalmente aterrissam no chão. Fran analisa tudo em sua volta. Natsumi fazia o mesmo enquanto andava pelo local.

– Venham por aqui. – Chamou Fran após ter encontrado um caminho e fazendo as meninas a seguirem.

Enquanto isso...

O jogo recomeça com um placar de 1 X 0 para os Tufões de Água. Com a bola na posse de Tsurugi, ele avança pelo campo. Ele passa a bola para Fey, que toca para Otomura.

– Ei Otomura! – Chamava Tsunami – Vamos usar aquela técnica!

– Está certo!

Otomura assente a ideia. Os dois jogadores pulam e do chão emergem dois tubarões idênticos.

– IMPACTO DOS TUBARÕES GÊMEOS!!! – Enquanto os dois tubarões nadam até a bola, os dois jogadores chutam ao mesmo tempo. A bola se aproxima velozmente até o gol, enquanto o goleiro tritão usa sua técnica.

– SAFIRE DE PEDRA!!! – O goleiro invoca uma pedra desenhada com hieróglifos antigos e com um formato de uma joia. E com isso, a enorme pedra é usada para parar o chute.

Mas a bola entra no gol, derrotando a técnica como se não fosse nada.

– GOOOOOOOOOOL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! E a Raimon empata o jogo!!!! – Gritou o narrador.

Tsunami vibra em comemoração. Foi até Otomura e batem a mão um no outro. Marito fica irritado. Não esperava por esse gol.

– Apesar deles possuírem magia eles não tem a qualidade física necessária para um jogo. – Analisava Fey vendo que o goleiro rival não tinha tanta capacidade na hora de parar o chute.

– Em outras palavras: Marcar mais gols vai ser fichinha. – Comentou Eryk.

– Heh! Não se preocupem. Eu só preciso marcar mais um gol e segurar a barrar até o jogo acabar. – Planejava Marito enquanto retornava para sua posição.

O apito é soprado reiniciando o jogo. Com a bola agora na posse de Marito, Shinsuke aparece e tenta roubar a bola com sua técnica.

– SALTO DA IRA DEFENSIVA!!!! – Com a ajuda de Kanon, Shinsuke usa os pés do jogador para ganhar impulso em seu salto. Quando Kanon arremessa Shinsuke para frente, o pequeno abre os braços e deixa suas mãos abertas retas. Ele se aproxima da bola como um foguete, até conseguir rouba-la com a cabeça e parar no chão pisando a esfera com força.

– Mandou bem Shinsuke! – Gritou Endou. Shinsuke levanta o polegar e sorrir alegre.

– Kusaka avança! – Shinsuke chuta a bola para Kusaka. Esse faz o pedido e corre pelo campo.

Quando Kusaka vê que estava sendo ameaçado de bloqueio, ele chuta a bola para trás, passando para Tsunami.

– Você é meu! – Marito aparece e tenta tomar a bola. Os dois tentam disputar por ela. Quando Marito encontra uma brecha ele aproveita e rouba a bola.

– Ai... – Marito ia na direção de Cora. Ela estava começando a ficar aflita enquanto o tritão sorria ao se aproximar dela cada vez mais.

– Não, você não vai! – Minaho se intromete no caminho dos dois. Marito imediatamente para com a pelada. Cora dá dois passos para trás no intuito de não atrapalha-los.

À medida que Marito tentava dribla-lo, Minaho se movimentava imitando os passos do adversário.

– “Traço Imprenso” – Após imitar todos os movimentos de Marito, quando ele finalmente entende seu padrão, Minaho aproveita a brecha e rouba a bola dele.

– Mas como? – Marito se perguntava surpreso.

Minaho passa a bola para Endou. Algos se aproxima do capitão da Raimon e tenta roubar a bola com seus pés.

– Algos! Lembra do que eu te falei! – Gritou Marito fazendo o irmão se lembrar.

Mesmo sendo contra sua vontade, Algos dá um forte chute em Endou. E ao fazer isso, ele aproveita que o jogador está machucado para roubar a bola.

– Mas o que é isso!? Isso é falta! – Reclamava Eryk indignado – Cadê o juiz desse jogo!?

– OI? – Acenou o juiz tritão da partida com uma piscadela sínica, mostrando que estava do lado dos tritôes e não marcaria falta para eles.

– Aff assim também não vale. – Reclamou Eryk ainda intrigado. – Mas espera! No jogo contra o Instituto Imperial também teve um monte de faltas e ninguém falava nada! Ah. Kageyama... Esquece. – Eryk se lembrou, e deduziu que foi Kageyama que comprou o juiz daquela partida também. Mas como naquele momento isso não tinha importância, Eryk volta seu foco na partida.

– Marito! – Algos chuta a bola para seu irmão. Assim que ele a recebe logo usa sua técnica.

– AOVORECER DA PIRANHA!!!! – Marito chuta, e dessa vez Eryk está preparado.

– PUNHO EXPLOSIVO!!! – Eryk acerta a bola com um soco, e logo prossegue com vários golpes. – Soca, soca, soca, soca, soca, soca, soca!

E consegue defender fazendo a bola parar no meio do campo.

– Toma essa seu cara de Pirarucu! – Grita Eryk.

– Esse cara... – Dizia Marito.

Tsurugi recebe a bola. Correndo com toda sua velocidade pelo campo, até ele se aproximar mais ainda do gol, ele usa sua técnica.

Chutando a bola para o alto com o calcanhar da perna esquerda, Tsurugi faz a bola se encher de energia escura azulada com o centro da bola se rodear por um vermelho sinistro. E de cabeça para baixo, Tsurugi aparece e concentra mais energia ainda na bola, com raios azuis escuros e devastadores enquanto se preparava para chutar.

– QUEDA MORTÍFERA G5! – Quando Tsurugi finalmente chuta, a bola se aproxima do gol repleta de raios negros em sua volta.

– “Névoa Ácida!” – O Goleiro usa uma técnica nova, surgindo uma névoa atrás dele, ela se dirige até a bola e a derrete como se fosse cinzas de um papel. – Seros!

O goleiro passa a bola para o defensor dos Tufões, mas Otimura corta o passe e chuta para o gol.

O goleiro tentou pular para parar a bola, mas ela entra.

– GOOOOL!!!!!!!!!!!!!! – O Narrador Tritão grita novamente agora com um placar de dois á um para a Raimon.

– É isso! Continuem assim! – Gritou Endou com alegria pela virada.

– Droga! – O goleiro esmurra o chão. Quando ele vê um pé em sua frente logo levanta o rosto e encontra Marito o encarando sério. – C-capitão Marito, eu...

– Não se preocupe. – Falou Marito simplesmente.

– Senhor?

– Eu sei que você fez tudo o que pôde. Não se esqueça: Nós estamos juntos nessa.

Assim que todos retornam para suas posições, a partida recomeça. Os Tufões de Água avançam pelo campo. Driblavam a Raimon com toda sua habilidade...

Até Marito chegar ao Gol.

– Vem pro papai! – Pede Eryk preparado para defender com um sorriso animado. Um sorriso que irritava Marito da cabeça aos pés.

– Escuta aqui! Porque você está sorrindo com uma partida como essa?

– Hã? – Eryk não entende a pergunta de Marito.

– Nós estamos com uma refém, queremos inundar sua casa e ainda por cima nós estamos subestimando vocês. E mesmo assim você sorrir? Por quê?

– Oras por que. Porque esse jogo está muito divertido! E outra! Nós estamos jogando para salvar a nossa Terra. E com essa motivação em jogo, é CLARO que não vamos perder. – Respondeu Eryk sem tirar o sorriso de seu rosto.

– É mesmo, é? E se vocês perderem... Para gente? – Perguntava Marito com um olhar desafiador.

– Nós não vamos perder. Sabe por quê? – Começa Eryk. – Porque nós somos a Raimon. Nós somos o raio que corta tudo inclusive a derrota. E sabe o que acontece quando um raio cai na água? Todos os peixes de lá vão pro beleléu eletrocutados. E como todos vocês são um bando de peixes, é melhor ficarem espertos e tomarem cuidado com a gente, hein?

Enquanto isso, no palácio...

Aoi ainda estava sendo trancafiada na cela. Avia um guarda Tritão a vigiando. A menina estava sentada entediada no chão enquanto o guarda bebia alguma coisa todo no bem bom.

– Escuta? O que você faz para se divertir? – Aoi tenta puxar assunto.

Mas o guarda não fala nada.

– Ei! Eu estou falando com você! – A garota tenta chamar sua atenção.

– Que coisa! O que você quer, hein?! – Pergunta o guarda enfurecido.

– Eu só quero conversar. Não gosto de ficar parada sem fazer nada. – Justificou a de cabelos azuis.

– Escuta aqui...

– Você! – Quando o vigia se levanta para raiar com a prisioneira, um outro guarda chega na porta do calabouço ofegante.

– Pelo amor de Poseidon, o que ouve? – Perguntava o vigia vendo o estado do outro.

– Nós estamos sendo invadidos! – Respondeu.

– Invadidos? Mas por quem?

– Por... Um garoto... De cabelos marrom e muito veloz... Que veio acompanhado pelos jogadores de futebol da superfície.

– Tenma... – Aoi se alegra a ouvir isso. “Com certeza era ele”, pensou.

– Me mandaram reunir todos os tritões. – Informou.

– Mas... E a prisioneira?

– Ela está bem presa aqui. A nossa prioridade agora é esse garoto! Vamos!

E os dois deixam o local indo atrás de Tenma. Aoi que já estava no tédio, agora desaba no chão sozinha.

– Eu estarei aqui! Só te esperando... Tenma.

De volta a Caverna...

As garotas ainda seguiam por um caminho sem rumo. Todas queriam sair logo daquele lugar. Estava uma quietude muito absurda. E para quebrar esse silêncio, Nagazy ia zombar de algo, mas quando vê Natsumi com os olhos inchados de lagrimas, ela se segura e fica preocupada com a outra.

– Você tá chorando?

– E-eu?! Nã-não! Não to! – Natsumi tentou esconder, limpando seu rosto e tentando parecer segura.

– Você parece pra baixo desde a partida contra os Ondas Difíceis. Isso está me incomodando e muito! O que houve para você ficar assim? – Falou Nagazy verdadeiramente preocupada

Natsumi não queria dizer, se tratando de Nagazy. Mas ela não parecia que queria caçoar dela, longe disso, Nagazy parecia séria. Mesmo hesitando por alguns segundos, Natsumi resolve falar.

– Eu estou com saudades de casa. Estou com saudades dos meus amigos e da minha família. Eu nunca fiquei tão longe assim. E apesar de ter sido incrível viajar no tempo e ter conhecidos vocês, depois de ver o Tsunami, meu coração ficou apertado.

– Nossa... E eu... Não fui “hospitaleira” com você. – Nagazy falou agora cabisbaixa.

– Não. A culpa não foi sua. Sou eu que deveria ser mais companheira. Afinal, eu estou em um lugar praticamente desconhecido para mim. Eu que deveria ser mais gentil com todos.

Nagazy fica com o coração apertado ao ouvir isso. Ela não gostava da solidão. E ver Natsumi daquele jeito parecia tão sozinha.

– N-Nat... Me desculpa.

– Hã?

– Me desculpa... Por eu ter falado tantas coisas ruins sobre você e de não ter ido com sua cara. Eu deveria saber que você estava passando por dificuldades. Eu não queria te deixar mal mesmo. E tudo o que eu falava era só da boca para fora. Será que podemos recomeçar e sermos amigas de verdae?

– Nossa... É... Claro! Com o maior prazer! – As duas dão as duas mãos. Em seguida se abraçam alegres selando sua mais nova amizade.

– Só me promete uma coisa? – Pegunta Nagazy desfazendo o abraço e ainda segurando as mãos dela.

– O que?

– Deixa de ser chatinha, tá bem? – Nagazy não perde a oportunidade de zombar. Mostrou a língua fazendo charme para a outra. Natsumi deixa escapar um riso e acaba a empurrando de leve pelo jeito que Nagazy era sapeca.

– Mas você hein... – Dizia Natsumi sorrindo com sua “amiga”.

– O que é isso? – Kinako pergunta, interrompendo o passo de todas. Ela se referia a uma luz que se formava na frente delas.

– Vejo que vocês chegaram até aqui. – Dizia uma silhueta se formando na luz.

– Quem é você? – Fran exige com sua pergunta.

– Eu sou a antiga Rainha de Atlantes: Bolifar.

Continua...