Inalcanzable

Meu Segredo/Como Tudo Começou


"Eu nunca gostei de ninguém e quando eu gosto acaba sendo inalcançável."

"Nunca pensei que gostaria de alguém tão diferente de mim, até porque nunca soube o que era o amor tampouco o que era amar. Porém, algo mudou em mim quando o conheci, mas tudo se complicou, pois ele se tornou inalcançável."

Tudo começou com uma apresentação inesperada no Open Music.

— Desculpe, teve uma mudança de planos. Nós temos novos participantes. — anunciou Tamara. — Com vocês, a banda do Nico, do Pedro... — sem saber como o novo garoto se chamava a mulher virou-se para Nico perguntando: — Como chama o guitarrista?

— Simón. — soltou Nico num sussurrou.

— E do Simón. — continuou ela, com empolgação sorrindo para o público. Todos aplaudiram, exceto eu, que não o achei nada de mais.

— Oi, bom eu me chamo Simón. E eu queria que soubessem que essa música é para uma pessoa muito especial, para uma pessoa incrível... É pra você Luna.

Nessa hora revirei os olhos, pois foi a coisa mais ridícula que já ouvi e vi. Aquela garota sempre querendo ser o centro das atenções. Mas, claro que ela nunca irá ofuscar meu brilho, afinal sou a melhor em tudo que faço.

— Quem é esse garoto? — perguntou Delfi.

— Não sei, deve ser namorado da Luna. — comento sem dá muita importância, até porque aquele garoto em nada me interessava.

— Não sabia que ela namorava. — Delfina mostrou-se surpresa, olhando-o.

— Nem que era tão lindo. — Jazmín suspirou.

— Ai Jazmím, por favor, não vai me dizer que achou ele lindo. — expresso com ar de superioridade, encarando-a. Entretanto, eu mesma o achei até bonitinho, mas isso nunca admitiria nem para mim mesma.

— Ai nada a ver, mas, ele também não é feio, né? — desconversou a ruiva, no entanto, a conhecia muito bem para saber que ela estava interessada nele, o que não me agradou em nada. Então voltei minha atenção ao palco, neste momento ele chamou a Luninha para cantar junto dele. Os observei.

“Tão patéticos.” Pensei. Quando o showzinho sem graça teve seu fim, resolvi mostrar o que era show de verdade.

— Vamos. — chamei Matteo que estava ao meu lado.

— Para aonde? — perguntou ele confuso.

— Vocês querem ver um vídeo que faça o Fab and Chic arrasar? — indago com arrogância a Delfi e Jazmín. — Gravem! — mando, no mesmo instante que puxo Matteo. Subo no palco com ele. — Me dá já o microfone. — encarei Luna desafiadoramente. Ela me olhava sem entender nada, parecia não ter entendido a minha ordem. — Me dá o microfone. — repeti um tom mais alto.

— Toma. — a olhei com desdém antes de soltar as próximas palavras:

— Você foi bem para sua primeira vez em cima do palco, agora desce que eu te mostro como canta uma verdadeira profissional. —disse maldosamente. Ela tinha que entender, colocar naquela cabecinha dela, que quem mandava ali, quem era a melhor, era eu. — Oi galera, acho que a gente não precisa de apresentação. — sorrio, começando minha apresentação.

Yo puedo subir, puedo bajar
Me sobra el tiempo para ganar
Puedo estar bien, puedo estar mal
Dicto las reglas para jugar

Podria hacer que el sol eclipse la luna
No existe condicion que yo no reuna
Lo que todos quieren tener

Ya lo tengo mil veces
Arriesgada y sin limites
Las ganas me mueven

No existe condicion que yo no reuna
Aqui mirame a mi
Ya se, me recordaras

Lo que todos quieren tener
Ya lo tengo mil veces
Arriesgada y sin limites
Las ganas me mueven

Puede decir, puedo callar
Si me decido puedo llegar
Esta es mi vida no pienso cambiar
Ya naci lista para triunfar

Podria hacer que el sol eclipse la luna
No existe condicion que yo no reuna
Lo que todos quieren tener
Ya lo tengo mil veces
Arriesgada y sin limites
Las ganas me mueven

Lo que todos quieren tener
Ya lo tengo mil veces
Arriesgada y sin limites
Las ganas me mueven

No existe condicion que yo no reúna

[...]

Depois que mostrei todo meu talento, tratei de ir atrás da Luninha logo a encontrei encostada ao balcão.

— Luninha, você tá aí, pensei que já tinha saído. — deixei todos meus dentes a mostra.

— E aonde eu iria? — franziu o cenho.

— Ah não sei, é que com tantos aplausos e gritos do público eu não pude me concentrar em nada, parece que gostaram de como eu cantei. — me gabo.

— É, vocês foram incríveis. — concordou Luna.

— E isso porque foi uma apresentação espontânea. — afirmei convencida. — Ah, muito linda sua música também.

— Obrigada, o Simóm que compôs. — o garoto acenou para mim sorrindo.

— Eu não tinha te visto antes no Roller. — o analisei de cima a baixo.

— É que é a primeira vez que eu venho, muito prazer.

— É, ele acabou de chegar do México. — conta Luna. Sorri encarando o tal Simón.

— Os amigos das minhas amigas são meus amigos. — falo, enquanto coloco as duas mãos sobre o peito teatralmente. — Mas enfim, estou indo para casa, quer vim comigo? — perguntei o mais simpática possível a Valente.

— Não, eu vou ficar um pouquinho mais. — respondeu.

— Tá bom, como quiser, tchau amiga. — faço um gesto com a mão, então olho uma última vez para Simón, soltando um "Tchau", assim como fiz com a amiguinha insuportável dele.

— Tchau. — o escutei dizer.

"Tinha consciência de que fora exatamente ali, naquele pequeno ponto agora tão distante em minhas memórias, que minha vida começou a ruir. Que tudo que eu pensei ser alcançável, tornou-se o inverso. Ninguém naquele tempo poderia prever que eu teria o coração partido, muito menos que ele se tornaria meu amor inalcançável, enquanto o seu próprio tornaria-se de outra pessoa..."