In The Hands Of Time
Cap. 1 – I don’t want a perfect family
Jake P.O.V
— Que notícia? – Marley pergunta pra tio Finn que estava com as mãos na cintura da minha mãe.
— Que nós vamos nos casar. – disse ele sem rodeios abraçando minha mãe por trás.
Marley estava completamente espantada ao meu lado, enquanto uma raiva enorme subia dentro de mim. Como a minha mãe pode começar a namorar meu tio e não me falar?
Marley foi a primeira a se recuperar:
— Isso é... Sério? Tipo... Vocês vão se casar mesmo? – Marley fala encarando o pai.
— É sim filha, eu e a tia Quinn vamos nos casar... - ele fala apertando mais as mãos em volta da cintura da minha mãe.
— Mãe, desde quando isso ta acontecendo? Por que você não me contou? – Eu pergunto com raiva.
— Nós começamos a ficar há algum tempo e a quatro meses nós começamos a namorar e na semana passada o Finn me pediu em casamento e eu... Aceitei. – minha mãe explica, olhando de mim para Marley.
— Quatro meses? Vocês estão juntos ha quatro meses e você não me contou nada? Como você ia se sentir se eu escondesse alguma coisa de você por quatro meses, mãe?! – eu pergunto irritado.
Minha mãe se solta de tio Finn e se aproxima de mim.
— Filho é diferente, eu sou sua mãe!
— E eu sou seu filho! Mas isso não deve fazer muita diferença pra você né?
— Jake não fala assim com a sua mãe! – tio Finn pede se aproximando mais de mim também.
— Agora vai querer bancar meu pai? Adivinha só? Eu não tenho um pai! – eu retruco ainda mais nervoso.
— Jacob! Se acalma e vamos conversar civilizadamente, nós quatro. – minha mãe fala passando as mãos nos meus braços e logo depois se dirige a Marley, que ainda encarava o chão ao meu lado – Marley, o que você achou da noticia querida?
— Eu... Eu não sei bem tia... Eu gosto de você, muito, você é como uma mãe pra mim, mas eu... Acho um pouco estranho... Ver você e meu pai juntos. – Marley admiti olhando minha mãe de lado.
— Tudo bem isso é normal. E também, não é como se nós fossemos nos casar amanhã, nós vamos dar tempo para vocês se acostumarem com a ideia de nós dois estarmos juntos, não é Finn?
— É claro, crianças, como sempre a nossa prioridade é vocês.
Prioridade? Eles escondem isso da gente e dizem que se importam?
— Isso é uma palhaçada. – eu explodo, mais furioso do que nunca – Agora vocês vão querer pagar de família feliz? Vocês estão “ficando” há quanto tempo?
— Jacob se acalma tá? Senta aqui e vamos conversar meu filho, é importante pra mim que você ao menos entenda que o Finn e eu nos amamos e queremos ficar juntos, mas só se vocês dois estiverem bem com isso – mamãe fala olhando de mim para Marley.
Marley P.O.V
— Olha Jake, eu gosto de você como um filho, eu sei que eu não sou seu pai, mas nós sempre fomos amigos, isso não precisa mudar agora que eu e sua mãe estamos namorando. Na verdade vai mudar, porque a gente vai pode se aproximar ainda mais. – tenta meu pai, mas Jake parecia inquieto ao meu lado.
— Eu não preciso que você queira bancar meu pai agora, eu não preciso de um pai e nem quero um.
— Jake, o Finn não está querendo ser seu pai, ele só quer me ajudar a cuidar de você, como ele sempre fez, assim como eu ajudei a cuidar da Marley. Só que agora nós iremos fazer isso como uma família de verdade – tia Quinn fala olhando pra Jake.
— Eu não quero uma família, eu já tenho uma e ela é você, mãe!
— Filho, o Finn e a Marley sempre fizeram parte da nossa família, por que você está tão irritado com tudo isso querido? O motivo real.
— Vocês esconderam isso da gente! E eu tenho certeza de que se fosse ao contrario você surtaria também, mãe.
O Jake estava furioso com a notícia do namoro dos nossos pais, e eu também não gostava muito da ideia dos dois estarem juntos. Mas eu amo meu pai e ele merece ser feliz, e se a tia Quinn o faz feliz, por mim tudo bem.
— Jake, nós só queríamos ter certeza de que ia dar certo antes de contar pra vocês dois. – tentou novamente papai e Jake deu uma risada cínica.
— E isso levou quatro meses? Eu duvido que pra fazer outras coisas, vocês resolveram esperar também né?
— Ok Jacob, isso já e falta de respeito comigo e eu não vou permitir. Eu ainda sou sua mãe e exijo respeito. – minha tia fala furiosa com meu primo.
— Que se danem vocês dois, eu vou embora daqui – Jake fala se levantando e indo para a porta.
— Jacob Noah Puckerman, volte aqui agora! – tia Quinn grita, se levantando pra ir atrás do filho.
— Tia, deixa que eu falo com ele. – eu peço, colocando as mãos nos ombros da minha tia e correndo atrás do meu primo – Jake, me espera!
— Marley, me deixa sozinho. – ele pede andando apressado.
— Não deixo não. Pra onde você vai? – eu havia conseguido alcança-lo e já estava ao lado dele já.
— Em casa buscar minhas coisas, depois eu vou pra Miami com a minha irmã.
— Espera, o que? – eu esganicei, enquanto puxava seu braço e o virava de frente para mim.
— Eu vou pra Miami morar com a minha irmã – repetiu, voltando a andar.
— Jake, você não pode deixar sua mãe. Imagina como ela vai ficar?
— Ela não se importa comigo.
— E claro que ela se importa. Sua mãe te ama e você sabe disso. E outra coisa: e eu? Você também não pode me deixar.
— Eu nunca vou te deixar Marley, você pode vir comigo se quiser...
— Eu não quero, eu quero que você fique.
— Vamos pro nosso lugar secreto? – pediu ele após alguns segundos de silêncio.
— Vamos. – concordei com um suspiro.
Andamos lado á lado até nosso lugar secreto, mais comumente conhecido como laboratório do tio Artie. Desde pequenos nós nos escondíamos lá quando as coisas estavam feias, vendo-o trabalhar. Com o tempo, ele ‘acidentalmente’ esqueceu uma cópia da chave perto de nós dois, e agora, sempre que temos certeza de que tio Artie não esta lá, usamos o local como nosso refugio.
Nós entramos e nos sentamos no chão lado a lado e ficamos por um bom tempo em silêncio, apenas nos encarando. Após uma meia hora, decido quebrar o silencio.
— Então, tá mais calmo agora? – pergunto sorrindo pro Jake.
— Um pouco... Ainda bem que você veio comigo, só você consegue me acalmar sabia? Brigada Ley. – ele responde, me abraçando pelos ombros.
— Imagina. – garanti deitando a cabeça em seu ombro – Apesar de achar que você exagerou um pouco com a reação, eu entendo.
— Sabe o que me deixa furioso? É a minha mãe ter escondido isso de mim! – confessou ele, e eu senti seus ombros ficarem tensos.
— Eu acho que você esta com ciúme da sua mãe... – provoquei e ele deu um riso fraco.
— Não é ciúmes e só... Eu tenho medo de que ela se machuque de novo.
— Eu sei. – concordei - Eu também tenho medo pelo meu pai... Mas eles são adultos, devem saber o que é melhor.
Jake solta um suspiro e voltamos a ficar em silêncio por mais algum tempo, até que algo chama a atenção de Jake. É uma enorme máquina, que parecia uma cabine telefônica maior que o normal, provavelmente uma invenção do tio Artie. Meu primo se levanta e corre até ela, parecendo intrigado.
— O que é isso? – pergunta, passando as mãos na maquina.
— Eu não sei, mas acho melhor você não mexer nisso, sabe que o tio Artie não gosta...
— Ele nem vai notar – Jake fala entrando na maquina e apertando um dos vários botões que haviam lá dentro, o que pareceu ligar a maquina.
— Jacob pare de graça! Sai logo daí de dentro – eu peço me levantando e indo em direção a ele, tentando puxar meu primo para fora da máquina. Mas Jake é mais forte que eu, então eu é que acabo lá dentro com ele – Jake vamos sair daqui, a gente pode estragar isso e nós nem sabemos o que essa máquina faz!
— Ta com medo, priminha?
— Não... Só não gosto de mexer no que não é meu... – menti.
— Tá legal dona certinha. – riu ele – Agora vamos nos divertir um pouco e ver o que essa maquina aqui faz.
— Jake não! – eu ralhei enquanto ele apertava vários botões.
— Relaxa Marley! Viu? Não aconteceu nada – Jake diz rindo quando para de apertar os botões.
— Mas poderia ter... –minha frase é interrompida no meio por um solavanco e tudo a nossa volta começa a sumir...
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