The Request

O outono estava chegando ao fim e um vento frio soprava através das rochas nas águas rasas. O pinhal, que outrora era verde escuro, apresenta agora apenas algumas folhas castanhas ou amareladas, a maior parte delas espalhadas pelo chão da floresta, conferindo-lhe um aspecto único. Eles foram espalhados pelo vento e pude ouvir o eco dos cascos rápidos dos cavalos correndo pela floresta. Foram espalhados pelo vento e ouviu-se o eco dos cascos rápidos dos cavalos correndo pela floresta. Subiram a colina, em direção aos campos, nas montanhas, em direção ao lado mais largo e espaçoso, mesmo antes das rochas irregulares. O primeiro era preto e tinha uma juba escura como uma noite sem lua nem estrelas. O segundo carro era de uma cor marrom escuro que combinava com as cores do outono, e corria em grande velocidade, às vezes passando e às vezes sendo ultrapassado.

Eles eram facilmente reconhecíveis por qualquer elfo. À frente a filha mais nova de Elrond, em um dos poucos cavalos nos estábulos de Valfenda que alguém poderia montar, e enquanto Aragorn a seguia, corriam tão rápido que os longos cabelos negros de Arwen esvoaçaram no vento frio do inverno. Os cavaleiros dirigiram-se para um terreno alto e plano em frente ao vau à beira do rio que deságua no vale de Imladris. Arwen chegou antes dele e freou o cavalo, que se ergueu nas patas traseiras e voltou à posição de repouso.

— Bom garoto! — Ela o abraçou, desceu rapidamente e ficou à beira do rio esperando Aragorn chegar, e não demorou muito. Ele deixou o cavalo logo atrás dela, parecendo exausto depois de ter sido praticamente arrastado pela floresta até o ponto mais alto de Valfenda. — Você perdeu, Aragorn, filho de Arathorn! — riu a elfa. — Foi lento demais.

— lento?! – Ela trapaceou de todas as maneiras possíveis, pegou atalhos inusitados, desceu do cavalo e montou novamente, mas o cavalo claramente sabia exatamente o que iria fazer. — Você sabe que não foi uma vitória justa.

Ela olhou para ele com indignação zombeteira e quase riu.

— Você está me acusando de ser desonesta? Essa é uma acusação muito séria! — Aragorn assentiu e se aproximou dela. — Quer se retratar por isso?

Ele balançou a cabeça e passou os braços em volta da cintura dela, puxando-a para mais perto.

— Eu realmente não faria isso, mocinha.

Ele capturou os lábios de Arwen em um beijo longo e apaixonado, e ela suspirou, como se estivesse esperando por isso. Ela colocou as mãos no peito dele para se manter equilibrada, mas temia não conseguir fazer isso logo. De qualquer forma, Aragorn conseguiu manter o equilíbrio entre os dois. Ele ainda a segurava, encostados na macieira ao lado do rio, e eles se tocavam sem se afastar nem apagar a sensação do beijo. Não precisavam temer serem encontrados, pelo menos ali. Porque a maior parte dos olhos de Valfenda estavam voltados para o vale. Arwen sabia que seu pai conhecia a área e que ele também sabia que ela passava muito tempo lá por algum motivo. E Elrond não conseguia acreditar que o motivo estivesse inteiramente relacionado ao fato de ela frequentemente sequestrar seu cavalo do estábulo. O beijo de Aragorn deixou seus lábios e ele colocou um em sua bochecha e depois em seu queixo. Cada um de seus toques a inundou com novas emoções, mas quando ela sentiu que ele estava ultrapassando os limites, ela teve que detê-lo.

— Estel! — Ela o chamou pelo nome de infância. — Estel, você tem que parar.

A voz dela soava rouca e baixa, mas ele podia ouvi-la como sempre. A mão dela o empurrou suavemente, mas ela teve que respirar fundo três vezes para evitar agarrá-lo de volta e beijá-lo novamente. Demorou alguns segundos para recuperar os pensamentos, mas ocorreu-lhe que não poderia continuar, pelo menos não ainda. Aragorn olhou para ela por um momento, como se tentasse voltar à realidade, culpando-se.

— Desculpe, acho que… exagerei um pouco.

Arwen sorriu para ele.

— Eu sei... mas temos que esperar, lembra?

Ele assentiu, entendendo exatamente o que ela queria dizer. Os Eldar podem ser resistentes, lentos para afeiçoar-se e fáceis de defender as tradições de seu povo, mas Aragorn era um homem, e como homem ele rapidamente se tornou afeiçoado à Arwen, e quanto mais dias eles passam juntos, mais ele se sentia atraído por ela. E seu desejo por isso tornava-se cada vez maior.

— Serei paciente. — Disse ele, pegando sua mão e indo até a margem do rio. Dali puderam avistar a parte mais profunda do vale e ver o Sr. Elrond sentado na varanda da última casa, escrevendo algo em seu diário. — Afinal, não quero dar aos seus irmãos um motivo para me empurrar de um penhasco.

Ele riu.

— Isso não é engraçado. — Mas seu sorriso contradizia suas palavras. — Se você me perguntar, Elladan e Elrohir nunca vão te jogar de um penhasco. Acho que eles poderiam facilmente fazer de você um irmão em vez de mim.

— Bem, isso seria terrível! - Aragorn insistiu. — Como seria Rivendell se você não pudesse iluminá-la? Então seus irmãos a transformam em uma grande taverna. E sinto muito em dizer isso, mas eventualmente iria me juntar a eles.

Agora eles estavam encostados na macieira perto dos cavalos que pastavam, sem prestar atenção ao que estava acontecendo ao seu redor. Arwen sentou-se na grama, encostado no tronco de uma árvore, acariciando suavemente as mechas escuras e onduladas de Aragorn enquanto ele descansava a cabeça em suas pernas.

— Eu quero que você fique. — ela disse. — Não sei se ou quando você voltará.

— Devo dizer que estou com medo de ir embora porque essa hora está se aproximando. — Seus olhos fitavam o céu azul, com apenas algumas nuvens sendo afastadas pela brisa de outono.

— Você pode ficar aqui. - Ela demandou. — Ainda dá tempo, meu pai vai entender...

— Arwen... — Ele a interrompeu. - Nós realmente temos que fazer isso. Mas como você disse, ainda dá tempo. — Ele se levantou, apoiou-se em um braço e olhou profundamente nos olhos cinzentos da elfa. — E provavelmente tenho outras coisas para fazer antes de partir.

— Como?

— Como... — Ele pegou uma das mãos dela, levou-a aos lábios e deu-lhe um beijo gentil. — Como casar com você. E prometer minha vida, não importa quão curta ela seja.

Arwen não conseguiu acreditar em suas palavras e sorriu. Quer dizer, não achava que Aragorn fosse apenas um moleque dos que frequentavam Valfenda de vez em quando, mas imaginou que demoraria um pouco até que ele finalmente abordasse o assunto.

— Eu... — Ela abriu a boca para responder, mas as palavras não saíram.

— O que me diz? - Com a mão que estava livre, Aragorn acariciou sua bochecha, que agora estava quente e avermelhada. — Ma vestuvalyen? [ Casa comigo?] .

•••

— Absolutamente não! — Elrond disse sério, olhando para ela como se estivesse repreendendo duas crianças travessas. — Arwen, eu sabia que você estava tramando alguma coisa, mas nunca esperei que fosse assim. E para piorar a situação, Estel conseguiu se convencer.

— Senhor...

— Ainda não terminei. — Ele o interrompeu e o olhou. Aragorn respirou fundo. Já estava considerando seriamente se pedir ao meio-elfo Elrond, a mão de sua filha, era realmente uma boa ideia. Mas o que ele poderia fazer? Sequestrá-la e levá-la embora? Riu internamente. Isso lhe deu arrepios. Pelo menos antes deste ponto. — Entendo que o seu amor por ela é verdadeiro, Estel. E não importa o que aconteça, você não pode fazê-la se casar com você.

— Adar...

— Quieta! — Ele ordenou. Então ele se virou para Aragorn. — Arwen é da raça dos Eldar. Como você sabe, a vida dela dura tanto quanto a de Arda. Mas chegará o dia em que os filhos mais velhos de Ilúvatar partirão para as terras imortais do mundo ocidental, e Arwen os seguirá para encontrar sua família na Terra Abençoada. — Ele olhou para ela severamente. — Embora pareça que ela esqueceu esse detalhe.

— Eu a amo com toda a minha vida! — Explicou Aragorn. — Farei qualquer coisa para tê-la você ao meu lado.

— E admiro sua coragem, filho. Mas, como eu disse há pouco, seu destino não está em Valfenda ou em outros lugares semelhantes. E esse certamente não com minha filha. — Ela lançou-lhe um olhar severo. — Mesmo que você não tenha pensado nisso, porque você é um mortal e aos mortais vencem o tempo e as muitas batalhas até a morte. — Ele se aproximou dele com um pouco mais de cuidado. — Arwen o amará com todo amor de seu coração enquanto viver, mesmo depois de enfrentar o destino incerto que Eru preparou para os homens. E quando partir, tudo o que restará dela será dor e tristeza? Ela carregará para sempre a memória de sua morte e será assombrada pela dor pelo resto de sua vida imortal, até que se canse de viver. É isso que você quer?

Os lábios do Dunedain ficaram em silêncio. Ele não pensou sobre isso. Claro, às vezes imaginava como seria seu futuro com Arwen ao seu lado, mas nunca imaginou o que aconteceria se a chama dele se apagasse. Ele deu alguns passos para trás e balançou a cabeça, negando o que Elrond havia dito.

— E-eu... Não, claro que não. Você tem razão. — Sua voz estava fraca, mas ele manteve a postura, com lágrimas nos olhos. — Posso ir, senhor?

Elrond assentiu. Ele sentiu muito, mas não se arrependeu de suas palavras. Não era sua intenção ver nenhum deles sofrer, fosse Aragorn ou sua filha, e ela tentou ir em frente e segui-lo, mas Elrond a impediu.

— Estel, espere! — Elrond agarrou seu braço, impedindo que prosseguisse — Me deixe em
paz! — Ela esbravejou entre lágrimas e se afastou.

— Arwen, você deveria entender. Faço isso porque amo você e não quero que você sofra.

Ela não conseguia ouvi-lo. Saiu da sala o mais rápido possível. Na verdade, pelo menos ele
sabia que Aragorn tinha ouvido o seu conselho.