I'll Always Come For You
Meu bebê
Alguns dias se passaram, a família de Eva fez um jantar para comemorar o mais novo membro. Henry estava todo orgulhoso por ter comprado uma nova mesa de jantar.
– Finalmente podemos comer neste comodo – disse ele abraçando Cora por trás.
– É, lembro de quando nos mudamos para cá, Jeff ainda era um bebê. Achei que essa sala ia ficar para você guardar as suas bugigangas da marinha – ela sorriu.
– Quem diria que essa casa ia alcançar a terceira geração dos Mills Zambrano.
– Pois é. Bom, preciso correr a comida não fica pronta sozinha, e Graham estava muito esganiçado para o macarrão.
Horas depois, todos da família estavam sentados na mesa, brindando, Madeleine e Jack não puderam comparecer, ficaram presas em mais uma reunião. Eva e David estavam do lado de Cora, enquanto Graham e Serena estavam do lado de Henry, e assim seguia a ordem, Jeff do lado da cunhada, Belle do lado de David, e Ruby do lado de Phillip. Emma e Hook sentaram-se ao lado de Jeff, Elsa e Zelena do lado da Tia. As crianças estavam em cadeiras apropriadas.
– Já sabem qual vai ser o nome ? – perguntou Ruby para Eva.
– Ainda não escolhemos.
– Vocês poderiam jogar o jogo do palpite quando a criança nascer – disse Phillip.
– Como assim ? – perguntou a morena.
– Todos se sentam em volta do bebê... – Phillip começou a explicar.
– E vão falando os nomes, no nome que o bebê se manifestar, será o escolhido – Cora completou.
– Isso mesmo – Phillip sorriu – o meu foi escolhido assim.
– O de Ruby também – disse Henry.
– Boa ideia – disse David.
– Eu não acho não, vai que algum engraçadinho fala Killian, e a criança se manisfesta – disse Hook fazendo todos rirem.
Depois do jantar, os filhos de Cora estavam conversando entre si, Graham como sempre era o que mais atormentava a vida de Eva.
– Sir G., por favor chame a Eva, está ficando frio ai fora, não é bom ela pegar resfriado – disse Cora.
– Tá bom mãe. O ESTÚDIO !!
Eva virou a cabeça tão rápido que ficou meio zonza.
– A mãe tá chamando – Graham levantou a sobrancelha.
– Você... ceifador da pureza – Eva rebate.
– O que tá acontecendo aqui ? E Eva porque todo mundo tá te chamando de estúdio ? Graham não é a primeira pessoa a te chamar assim.
– Não é nada mãe, é besteira...
– Besteira foi o que você fez no estúdio – Ruby sussurrou.
– Tá legal, todo mundo para o escritório, agora – Cora ordena.
Henry foi o ultimo a chegar no escritório.
– O que está acontecendo ? E porque só os filhos, Cora ?
– Alguém fez alguma coisa e agora todos estão de segredinhos. E eu quero saber o que é isso de “estúdio”
– Mãe eu não que seja necessário... – disse Eva
– Ainda estou falando – Cora levanta a mão para Eva parar de falar.
Cora sempre soube que Graham era o mais certinho dos filhos, então começou pelo filho mais velho.
– Graham... você tem alguma coisa para me dizer ?
– Não, não tenho não...
– Tem certeza – Cora força um pouco mais, ele acaba sedendo a pressão.
– Eva e David transaram no estúdio da Jack no inicio do namoro.
– OKAY... – Henry que estava sentado na poltrona dá um pulo.
– Regina – Cora olha para a filha.
– Ah é assim ? Foi o Graham que tirou a virgindade da Serena, antes disso ela era casta e disse que só ia para cama na noite de lua-de-mel – Eva aponta para Graham.
– Jefferson começou a rir descontroladamente – E eu achei que era o mais exótico da família.
– Tá rindo do que ? O mãe sabe aquele dia em que a senhora chegou aqui em casa e o Jeff ficou desconfiado ? Ele estava transando com uma garota na biblioteca ! – disse Graham, ele só não disse que era Jack.
– Eu não precisava saber dessas coisas, sério, to pasmo, você … a menina era pura, Graham ! – disse Henry.
– Ai pai, não é tão serio, eu já não sou mais pura também– Belle deixa escapar.
– QUE ? – Cora grita.
– Você o que ? – Henry pisca continuas vezes.
– Puta merda – Jefferson literalmente rola no chão de tanto rir.
– Eu não... essa família tá muito podre.
– Em minha defesa, eu casei com o cara com quem dormi... e o Graham ? Já tem até um filho e não sai da moita.
– Sai da moita capivara ! – Ruby tira uma.
– Eu vou me mijar – Jeff tentava se recompor.
– Belle... foi com o Phillip ? – Henry foi um pouco dramático.
– Não, eu tinha quinze anos....
– Ahhh – ele dá um grito fraco e põe a mão no peito – meu bebê... já sabe fazer bebê.
– E você, Ruby ? – perguntou Cora já com a mão no quadril.
– Eu ? Eu não, mãe. Ainda tenho o meu lacre – Ruby fica sem jeito.
– Meu bebê – Henry sussurra, estava abalado – meu ultimo bebê.
– Olha se vocês fossem adolescentes, eu daria uma surra.... mentira, nunca encostaria a mão em vocês, mas eu deixaria todos de castigo por tempo indeterminado, mas como todos já são crescidos e graças a deus não aconteceu nada de ruim...
Depois desse show de verdades, os filhos voltaram para seus pares, Ruby estava consolando o pai quando foi chamada por Eva e David, Cora se aproximou do marido para conversar.
– Ei... é uma feste, e você não está festejando.
– Como posso festeja quando sei que minha filha mais nova já não é tão pura.
– Henry... é a ordem natural das coisas, ela nasceu, cresceu e se tornou mulher...
– Cora, ela tinha quinze anos. Ela era o meu bebê. Belle está para mim assim com Eva está para você.
– Eles infelizmente cresceram, e nós temos que nos acostumar com isso.
Belle estava de olho nos pais que conversavam.
– O que foi ? – perguntou Phillip.
– Nada é que eu e meu pai tivemos uma conversa um pouco séria que deixou ele um pouco chateado. Agora estou mal com isso.
– Conversar com ele pode ajudar.
– Eu não sei, Yaogui.
– Não custa tentar – ele dá passagem para a namorada.
– Tá...tá bom – Belle caminha até Henry – Papai, podemos conversar ?
– Não dá, to ocupado... – Henry estava sentado com um copo de bebida na mão, Belle olha para os lados depois olha para o pai.
– Fazendo o que ? Me ignorando ? – a moça pergunta, Henry olha para a filha quase confirmando – ok. Eu vou sair com o Phillip, mais tarde eu to de volta.
– Já é adulta Belle, você é quem sabe o que faz de melhor para si mesmo.
Aquela resposta machucou Belle que engoliu a seco, deu um leve e triste sorriso e voltou para o lado de Phillip. Belle cochichou algo no ouvido de seu namorado que segurou em sua mão e saiu a guiando para a porta, pararam diante de Eva e David conversaram um pouco, Eva concordou algo e depois saíram de casa. A cena toda foi vista por Cora, que não perdeu a oportunidade de alfinetar seu marido. Logo depois da comemoração acabar, e todos irem embora, Belle chegou em casa, sozinha desta vez. E foi direto para o quarto. Cora estava na biblioteca com Charlie no colo, a mulher viu a filha passar, então foi logo em seguida para o quarto da moça.
– Belle posso entrar ?
– Claro, mãe – Belle estava tirando os sapatos – o que foi ?
– Belle... – Cora puxa uma cadeira – Vamos falar sobre sexo.
– Claro, o que a senhora quer saber ? – Belle pergunta rindo.
– Não tem graça, Isabelle ! – ela responde séria.
– Desculpa – Belle abaixa a cabeça.
– O assunto é um pouco mais complicado do que sexo... – Cora arruma Charlie nos braços.
– É o papai, não é ?
– Sim.
– Eu tentei falar com ele mas... ele me deixou sem jeito.
– Eu vi.
– E então ?
– Dê um tempo a ele... ele ainda vê vocês todos pequenos, está sendo difícil para ele. Imagine... você é a Charlie e o seu pai é o Jeff... é assim que ele vê você. Um bebê.
– Eu fiz errado... mas ele me tratou de maneira fria.
– Ele tá magoado.
Cora passou metade da madrugada conversando com Belle. Enquanto isso Eva e David tentavam escolher o nome do bebê.
– Se for menino vai ser chamar James. – disse David.
– Ai não... que tal John ?
– Alex...
– Garret ?
– Que isso ? Sessão personagens do Nicholas Sparks ? – perguntou David rindo.
– É sério – Eva ri também.
– Não sei, só sei que vai ser igual a mãe. Cabelos castanho escuros, olhos avelã e se tivesse como colocar essa cicatriz no lábio superior seria perfeito – ele a beija – Tem dias que eu preciso me segurar para não te atacar em publico... e hoje foi o dia...
– Eu só espero que você continue assim mesmo quando eu engordar e ficar feia..
– Amor eu vou te querer até quando você tiver uns 90 anos, com a pele irrogada e as mão tremulas, cabelos brancos e a voz tão fraca que precisarei chegar bem perto de você. Sabe por que ? Porque você sempre vai ser a mesma médica que chegou no meu leito e me obrigou a fazer terapia, vai ser a mesma pessoa que jogou vinho na minha camiseta branca e vai ser a mesma pessoa na qual fez amor comigo no estúdio da melhor amiga.
– Isso me gerou um certo problema hoje... mas já resolvi – ela brinca.
– Eu te amo hoje e sempre, Eva. E to amando cada segundo que tenho passado com você desde que voltei do exército.
– Por que você se declara toda noite ?
– Pra ter certeza de que se eu morrer enquanto durmo você vai estar ciente de que fez a minha vida valer a pena.
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