I'll Always Come For You
Nada de Rosa !
Algumas semanas depois, David já estava separando o quarto do seu bebê, Eva estava no hospital quando recebeu uma chamada de vídeo.
– Espero que seja um assunto muito sério para você estar me atrapalhando – disse Evy do jeito mais doce possível.
– Estou te chamando para saber, qual cor você quer para a parede do quarto do bebê ?
– Não sabemos o sexo. E como ousa começar a decorar o quarto sem mim ?
– Desculpe, não resisti... ah me dê um desconto ! Troy está na creche, você está trabalhando, e ainda não posso voltar para o esquadrão. Preciso fazer alguma coisa.
– Tá – Eva revira os olhos – que cores você tem ai ?
– Tenho... azul, amarelo, e rosa.
– Uau tão machista ?
– Como ? Não ouviu eu dizendo que temos rosa ?
– Sério mesmo que você vai ser do tipo que acha que menina é obrigatoriamente obrigada a usar rosa ? – Eva ri sarcástica.
– E o que mais uma menina deveria usar ?
– Ah sei lá, David, tem varias outras cores.
– Tá legal, vou pintar de verde.... escuro.
– Ótima escolha – o bip de Eva começa a apitar.
– To falando sério ! Vou pintar de verde.
– Eu preciso ir, amor. Você pode pintar de qualquer cor, menos rosa ! alias nem sabemos se será menina.
– Eva, eu juro que...
– Tchau, amor – Eva desliga.
– Quer saber... ela vai ver, vou fazer uma surpresa para ela.
Enquanto David bancava o Michelangelo, Eva estava correndo pelos corredores do Miami Hospital.
– Devagar, Zambrano... se não o bebê vai sair correndo por ai – disse Jake.
Jake... eu juro por Deus, que um dia eu vou entender o motivo de você gostar de me infernizar tanto.
– Só estou me preocupando com o bem estar do pequeno ser... – ele aponta para a barriga de Eva.
– Claro, ele é o seu passaporte, não é ? Sabe que quando chegar a hora, terei que me afastar para ter o bebê, e você vai simplesmente se “aproximar” do maior cargo deste hospital, se tornando uma nova opção.
– Isso nunca passou pela a minha cabeça – ele é sarcástico.
– Jake, eu sei que isso não vai mudar nada pra você. Mas trabalho não é tudo. Uma hora você vai perceber isso... espero que não seja tarde demais – Eva pára de frente a entrada de emergência, esperava a ambulância, Jake também.
Os dois colocaram as luvas quando Chris e Serena desceram dos veículos.
– O que temos – perguntou Jake.
– Acidente de carro, três vitimas, estado grave, uma criança – disse Chris.
– Chame a Dr. Swan – Eva pediu para a enfermeira – Preparem a sala de cirurgia. Logan ?
– Sim ? – O rapaz tinha ido com Chris, para da assistência.
– Você vem comigo, Serena, se incomoda de cuidar de uma vitima sozinha ?
– Acho que dou contar. Vou chamar o Tucker.
– Certo.
– Alguém bipa a Alex, preciso de uma ajudar – disse Chris empurrando uma maca.
– Ah meu Deus ! – Jake gritou – Trish ! – o medico correu para a maca.
– Jake, afaste-se – Pediu Eva – Você a conhece ?
– É a minha neta !
Eva olha para Chris, e precisa pensar rápido.
– Se afaste, de espaço para passarmos com a maca ! – ela pede.
– Trish, Trish !
– Ela está desacordada ! Afaste-se – Eva ordenou mas ele não deu ouvidos – Logan...
– Certo... Dr. Green... se afaste – Logan puxa o homem, precisou empurra-lo contra a parede, Eva puxou a maca e correu com ela até o elevador – Preciso acompanhar a cirurgia...
– Pode ir, Logan. Eu dou conta – disse uma infermeira.
Eva já estava dentro do elevador, examinava os sinais vitais da menina. Sua perna estava sangrando demais.
– Ai, certo. Eu consigo, eu consigo – aquela seria a primeira cirurgia de Eva depois que descobriu sua gravidez. Não seria fácil pois seus sentimentos estavam aguçados. A morena teria que deixar de lado o emocional e por em pratica o profissional.
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– Onde está o Logan ? – perguntou Eva.
– Estou aqui – disse o rapaz com já todo esterilizado.
– Onde pensa que vai ? – Eva perguntou com a voz moderada.
– Vou auxiliar... na cirurgia...
– Tá brincando... – disse Dixon o anestesista.
– Não... – disse Logan.
– Logan você ainda está aprendendo a suturar – disse Eva.
– Então o que estou fazendo aqui ?
– Vai aprender... sem mexer em nada. Mas fico feliz em ver você tão entusiasmado.
– Ah... – ele fica desanimado.
– Vamos começar – disse Eva – primeira aula... o que devemos fazer antes de qualquer toque no paciente ?
– Esterilizar os materiais.
– Só ?
– Sim...
– Obrigado por me chamar de inútil – disse Dixon.
– O que ? Eu não disse isso... quer dizer... eu não quis...
– Logan, calma...estamos aqui para de ensinar, e o Dixon está brincando com você. Eu disse, antes de qualquer TOQUE. Você respondeu certo. Acalme-se. – Eva sorri.
– Ok – disse Logan soltando a respiração.
– E depois ?
– A anestesia, mas não livremente, ela precisa ser medida... por peso do paciente... eu não me lembro bem desta parte.
– Quase isso... mas já é um começo. – disse Dixon.
– Eva estende a mão, e a enfermeira lhe entrega uma ferramenta – Qual é o nome dessa ferramenta ?
– Bisturi n° 3
– Certo. Está indo bem. Estudou o livro todo em um dia, foi ?
– Chris, Serena e Alex tem me ajudado.
– Muito bom, vejo que meus filhos estão ajudando o irmão casula.
– O que ? – Logan não entende.
– Madison, explique a minha filosofia. Por favor.
– Dra. Zambrano gosta de pensar que sua equipe é sua família, e você meu rapaz é o bebê casula dela.
– Então tá.
– Certo meu, bebê. Agora me diga... devo usar o bisturi agora ?
– Sim.
– Não !
– Não ?
– Precisamos marcar o lugar onde vamos operar, usamos o liquido marrom para isso.
Eva usou Logan naquela cirurgia como modo de não precisar pensar que estava operando a neta de um médico da equipe do hospital. Muitos pensamentos de Eva mudaram. Seu lado mãe estava pouco a pouco se manifestando, e ela sentia um pouco de medo. O dia passou rápido depois da cirurgia que correu bem. Eva chegou em casa com Troy em seus braços, o garotinho estava exausto por brincar demais na creche.
– David ! – ela o chama baixo – David ! – Eva precisou colocar o garoto na cama sozinha – Que bela ajuda... – ela vai a procura do marido – David !
– To aqui ! – ele abre a porta na hora em que ela está passando.
– Que susto, meu deus !
– Vem aqui – ele a puxar para dentro do quarto, dá um tempo para que ela veja tudo – e então ? O que achou ?
– David – ela olha tudo de boca aberta – É bem colorido.
Kip pintou o quarto do bebê, e o fez parecer o lar de George o macaquinho curioso, mas também fez alguns desenhos, havia tendas de circos, caminhões com os animais, estava tudo perfeitamente decorado.
– Você usou verde... muito verde.
– E quase nada de rosa, dai se tivermos uma menina, não vai precisar achar que o pai é machista.
– Mas e aquela parede ?
– Bom ali, eu deixei por sua conta, o que quer fazer ali ?
– Eu não sei, não...não tenho tanta criatividade.
– Tudo bem... você não vai ganhar o bebê agora, pode pensar, teremos um bom tempo para pintar.
Ele abraça a mulher. Eva se vira para ele.
– Você tá todo sujo, de tinta – ela ri.
– Vou tomar um banho para tirar, quer me fazer companhia ?
– Não... to legal, to morrendo de cansaço e meus pés estão me matando, vai tomar seu banho, depois serei eu, quero cair na cama, e dormir até esse bebê nascer.
Já na casa dos Zambranos, Belle era a única que estava acordada, não conseguia dormir, então foi assistir ao canal infantil na sala. Henry teve sede, foi até a cozinha pegar um copo d'água. Ele viu aquela claridade por debaixo da porta. Ele então vai até a sala e vê a filha casula enrolada na coberta até a cabeça e vidrada na televisão.
– Belle ?
– Oi ? – Belle toma um leve susto.
– O que faz acordada a essa hora ?
– Estou com insônia.
– Ah... o que está assistindo ?
– Alf o E. Teimoso.
– Ok... não vá dormir, muito tarde.... – Henry não queria ficar naquela situação de com Belle, mas também não conseguia aceitar o fato de sua casula já ter crescido tão rápido – Belle...
– Sim, papai ?
– Nada – ele se acovarda.
– Pai – Mas Belle não deixa passar – Desculpe por o senhor ter descoberto aquilo daquele modo.
– Olha, eu sei que você já não tem mais três aninhos. Você já é uma mulher... e bem, sei que todos nós temos as nossas primeiras experiências...
– Pai, por favor, eu nem sabia o que estava acontecendo direito, tinha quinze anos, minha cabeça estava a mil e naquela hora eu achei que estava fazendo o que meu corpo estava querendo.
– Muita informação, muita informação – disse o senhor.
– Desculpe, eu só não quero que as coisas continuem do mesmo jeito.
– Eu também, só vamos tentar não falar disso. Tudo bem ?
– Claro, claro...
– Certo... agora – ele se senta do lado da filha – me dê um pouco do cobertor, e chega pra lá. Vamos assistir.
Na manhã seguinte, Jeff foi o primeiro a descer as escadas, viu seu pai e sua irmã dormindo no sofá.
– Finalmente a paz, voltou a esse lar. – ele juntas as mãos ao falar.
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