Os dias se transformaram em semanas. Já faziam duas semanas desde os primeiros eventos e Penelope continuava em coma. Depois que ela se alinhou, nada mudou. Os médicos mudaram os medicamentos, mas o processo parecia ser lento.

Luke tirou licença da BAU. Ele não poderia ficar longe de Penelope. Ele ia para casa por algumas horas enquanto Derek e Savannah cuidavam de Penelope.

Mas assim que fechava os olhos, todo o desenrolar da história voltava e ele não conseguia dormir.

Era uma manhã de sol. A chuva que já durava quase duas semanas finalmente deu uma trégua. Parecia que o céu chorava a falta de Penelope. Hoje, por algum motivo, o sol estava brilhando no alto como se nada tivesse mudado.

Mas mudou.

Penelope se sentia cada vez mais alerta, mas com o tubo na boca não podia falar ou se movimentar. Ela reconheceu o barulho e devia estar em um hospital. Luke estava olhando pela janela e ele parecia derrotado.

Seu coração acelerou e então, Luke finalmente se virou. O sorriso nele aumentou enquanto via os olhos de seu amor abertos.

Luke estava comtemplando a paisagem pela janela quando ouviu o aumento dos batimentos de Penelope. Ele tinha medo de ser apenas a imaginação dele, porém quando se virou, Penelope estava olhando para ele.

— Oh meu Deus! – Luke alcançou a campainha do lado da cama de Penelope para chamar a enfermeira. – Você está acordada!

Penelope tentou se mexer, mas ela não conseguia. O tubo em sua garganta a deixava irritada, mas o pior era não poder falar com Luke.

— Ei, está tudo bem, ok? – Luke deu um beijo na testa dela. – Eu vou estar aqui até que me expulsem.

Penelope sorriu o melhor que pode no tubo.

— Ah, vejo que a senhorita Garcia acordou. – A enfermeira bipou o médico. – É ver você acordada.

Penelope olhou para Luke e sinalizou para uma caneta e papel. Ela precisava de algumas respostas e não poderia esperar mais tempo. Luke pegou um caderno com capa de princesas e deu a ela.

— Quanto tempo? – Penelope escreveu e viu a tristeza em Luke.

— Duas semanas. – Luke sorriu, sabendo que o pior tinha passado. – Foram duas semanas que eu provavelmente vou me esquecer.

— Onde o time está? – Ela escreveu, apenas querendo ver seus amigos.

— Eles estão em um caso. – Luke viu Pen arquear uma sobrancelha para ele. – Eu tirei uma licença pessoal. Não suportei a idéia de ficar longe de você, ainda mais porque eu não queria perder esse momento.

— Agente Alvez, talvez você precise sair um pouco. – O médico foi direto. – Talvez comer um doce, ligar para o seu time...

— Eu volto, ok? – Luke deu um último beijo em Pen antes de sair do quarto e pegar o celular.

Ele estava nas nuvens. Penelope havia aberto os olhos e perguntado de todos. Ela até se lembrou dele.

Emily estava chateada com o caso, mas acima de qualquer coisa preocupada com Penelope. Ela queria que a amiga finalmente acordasse e sorrisse. Levaria tempo antes que ela voltasse para o time, mas acordar era o que todos queriam por lá.

Sentindo o celular vibrar, Emily viu que era Luke. Por algum motivo, ela sorriu. Rossi voltou para a sala naquele momento, seguido de Simmons. Os dois homens se sentaram querendo muito ouvir.

— Luke, está tudo bem? – Emily perguntou. – Penelope está bem?

— Ela acordou, Emily. – Luke não parava de sorrir. – Ela perguntou sobre todos e agora o médico está com ela.

— Isso é maravilhoso, Luke! – Emily sentiu como se um peso estivesse longe de seus ombros. – Eu estou querendo muito acabar esse caso.

— Eu tenho alguns minutos antes de poder voltar para lá. – Luke sorriu. – Então, me diga o que precisam.

Se passaram dez minutos. Luke terminou de dizer o que pensava sobre o unsub e então, o médico abriu a porta, sorrindo.

— Agente Alvez, eu devo dizer que nunca vi alguém se recuperar dessa forma. – Ele se sentou. – Ela se lembra de tudo até o sequestro, mas depois, ela não se lembra de nada.

— Bem, apesar de ser ruim para o caso, eu não me importo. – Luke suspirou. – Eu posso ver ela agora?

— Sim. Nós retiramos o ventilador, mas ela não pode falar demais. – O médico recomendou. – Pode entrar agora.

Luke se preparou para ver Penelope. Ele estava tão feliz que ela finalmente acordou que resolveu dar um pequeno jeito em seu cabelo, roupas.

Entrando na sala, ele a viu olhar pela janela. Ela parecia incrivelmente maravilhosa, mesmo que tenha passado duas semanas dormindo, sem maquiagem e sem nenhum cuidado no cabelo.

— Sabe, garota você é uma visão para olhos doloridos. – Luke a viu olhar para ele e sorriu com o sorriso que ela deu. – Eu esperei duas semanas para ver seu sorriso.

— Eu deveria parar de me meter em problemas. – Penelope falou, mas logo sorriu. – Eu perdi alguma coisa importante?

— Você precisa parar de falar por um tempo, Chica. – Luke colocou um dedo nos lábios dela. – Você só perdeu o meu escândalo. Você codificou uma vez logo no começo e eu precisei ser segurado por Hotch, Derek e Simmons. Me deram tranquilizante e tudo.

Penelope começou a rir com a cena de um Luke sendo contido por Hotch, Derek e Simmons.

— Eu quase foi suspenso por Emily depois que eu acordei. – Luke sorriu. – Sorte que Rossi fez uma condição. Eu tiraria uma licença sem data final e eu teria que ajudar os casos remotamente.

— E quando todos vem me ver? – Penelope resolveu perguntar. – Desculpe.

— Eu os ajudei e eles pegaram o assassino. – Luke beijou a cabeça de Penelope. – JJ até chorou quando disse que você tinha acordado. Aliás, Henry e Michael virão quando você sair da UTI. Eles não podem entrar por causa da idade.

JJ estava sentada no jato, ansiosa para ver Penelope. Ela era literalmente como uma irmã para ela.

— Então, eu pensei em ligar para uma floricultura e mandar um belo buque de flores para nossa gatinha. – Rossi retirou o cartão black de sua carteira. – E quem sabe algumas guloseimas para quando chegarmos lá.

— Eu mal posso esperar para ver Penelope. – Reid estava desenhando algumas coisas em papel. – Ela vai gostar?

Ele levantou um cartaz com “melhoras” escrito em canetas coloridas. Todos sorriram porque sabiam que Reid e Penelope eram quase gêmeos e muitas vezes pensavam do mesmo jeito.

— Ela vai amar, Spence. – Tara disse para Reid. – Está bem colorido.

— As cores tem poder de animar as pessoas e eu acho que ela vai adorar voltar para algo que conhece. – Reid sorriu. – Querem assinar?

— Certamente. – Rossi assinou e todo o resto também. – Estamos ansiosos?

— Sim, Kristy vai passar lá no hospital. Ela vai deixar as crianças com a mãe dela e então, eu vou ver por lá. – Matt suspirou. – E eu vou poder ver Penelope recuperada.

— Estou ansiosa para ver Penelope acordada. – Tara deu um sorriso. – Eu vou dar um abraço nela.

— Hotch E Derek estão indo para lá. – Emily estava enigmática. – Talvez seja hora de mais boas notícias.

Todos se perguntaram o que aquilo tudo poderia significar, mas se a notícia de Emily e Hotch fosse muito boa, colaboraria com o clima de união.