Eles passaram o dia consertando o telhado. Ária fez com que todos os dragões ajudassem na construção. Soluço e Esmeralda se deram muito bem, assim como ela e Banguela. Ária e Soluço estava arrumando o telhado, enquanto os outros arrumavam o terreno para plantarem. Durante o trabalho Ária ia respondendo as perguntas de todos. Soluço disse para ela que ela foi à única que conseguiu fazer os gêmeos se interessarem em estuda. Ária fez o almoço e todos comeram a sombra de uma árvore contando que como as novas descobertas sobre seus dragões eram incríveis.

– Ária você cozinha muito bem. – Melequento disse.

– Obrigada. – ela disse envergonhada. – Mas isso nem está assim tão bom.

– Está sim. – disse Cabeçadura.

– Tenho que concorda. Você cozinha melhor do que a minha mãe. – Perna-de-Peixe disse.

– Obrigada, gente. – Ária disse sorrindo, apesar de está corada. – Acho que amanhã terminaremos isso aqui.

– Acho que não. – Astrid disse. – Ainda falta muita coisa.

– Esmeralda vai adianta as coisas à noite.

– Ela não dorme? – Melequento perguntou.

– Ela é bem agitado de noite. Acho que é por que ela não faz muita coisa o dia todo.

– Como você descobriu que a Esmeralda mordia? – Soluço perguntou.

– Quando eu tentei fazer carrinho nela e ela quis me morde. – todos riram. – Depois disse deixei ela sem comida, por dois dias. Mas acho que Esperança dividia com ela. – Ária tinha contado sobre os Transformasas.

Eles terminaram o almoço e voltaram a trabalha. Conforme o dia foi passando, Astrid e Cabeçaquente passaram a confiar em Ária. Pelo menos quando elas viram que Ária não estava tentando conquistar a todos. Ela simplesmente era animada e entendia do que eles mais amavam, os dragões. Ária contou histórias sobre sua infância. Coisas que ela descobriu com os dragões e como ela fez para treinar todos os dragões que andavam com ela na ilha. Quando começou a anoitecer ela os liberou, e prometeu que iria jantar com todos no grande salão. Ária aproveitou para tomar um banho. Ela demorou um pouco mais do que pretendia já que resolveu lavar o cabelo. Quando ela saiu da banheira, ela se secou e levou um tempo para escolher uma roupa, afinal, fazia muito tempo desde a última vez que ela jantou com tanta gente. Ela decidiu por uma calça e um Tonga por cima. Ela secou e penteou o cabelo, o deixando com cachos nas pontas. Ela decidiu deixá-lo solto, e prender apenas a franja.

– Como estou? Bonita? – ela perguntou para Esmeralda. Ela apenas balançou a cabeça concordando. – Certo. Vamos Esmeralda.

As duas saíram. Ária estava nervosa, se ela se lembrava bem, as noticias em Berk não corriam, voavam. Então dos já sabiam que ela estava na ilha. Ou pelo menos sabiam que tinha uma moça misteriosa que chegou no meio da noite na ilha. Quando elas chegaram ao grande salão, elas ficaram um tempo no lado de fora, antes dela finalmente tomar coragem.

– Vai para a casa garota. – ela disse olhando para Esmeralda. – Quero que você tire as pedras, lança água quente para ajudar, depois escolha um lugar onde vamos fazer um lago para você. Deixei a banheira cheia para você. Vá.

Depois que Esmeralda foi embora, Ária esperou ainda uns dois minutos antes de entrar no grande salão. De certa forma ela tinha a esperança de um dos meninos aparecer e que a salvasse. Ária abriu a porta e entrou. A maioria das pessoas viraram a cabeça, Ária ficou vermelha como um tomate. Mesmo assim ela sorriu, acenou para elas e entrou. Ela olhou em volta vendo se encontrava alguém da academia. Mas não via nenhum deles ali.

– Oi Ária. – ela escutou uma voz ao lado dela. – Sou Bocão, se lembra de mim?

– Claro que lembro.Você estava com Stoico ontem.

– Isso mesmo. Eu estava com Stoico. – ele disse sorrindo. – Venha, vamos até onde os outros estão.

– Claro.

– Como foi o seu primeiro dia em Berk? – ele perguntou quando eles começaram a andar.

– Normal. Os meninos e eu passamos o dia arrumando o telhado e a plantação. Mas amanhã terminaremos, aí acho que posso conhecer a ilha toda. Quer dizer anda pela ilha toda.

– Que bom. Olha quem encontrei perdida na entrada do grande salão. – Bocão disse quando eles chegaram ao lado dos outros.

– Ária que bom que chegou. – Soluço falou. – Está bonita.

– Obrigada. – ela sorriu. – Você também estar muito bonito. Mas acho que isso é culpa desses lindos olhos verdes. – ela olhou para Stoico. – Oi Stoico. Você penteou o cabelo?

– Penteie? Não sei. Posso ter penteado. – o chefe disse desviando os olhos.

– Ele passou um bom tempo na frente do espelho. Ele penteou a babar também. E olha que ele só faz isso em dia especial. – Soluço disse rindo.

– Ás vezes temos que pentear. – Stoico disse sem graça. – Teve um bom dia, Ária?

– Claro Stoico. Esses garotos são ótimos para se passar o dia. – Ária disse sorrindo. – Oi pessoal.

– Oi. – os outros responderam.

– Atenção. – Stoico disse chamando a atenção de todos. – É com uma grande felicidade que falo para todos que ontem uma grande amiga veio para Berk, uma amiga que até ontem pensava que estava morta. Ária, uma amiga querida. – ele apontou para ela. – Ela ajudará Soluço na academia. Quero que vocês sejam bons com ela, que a faça se senti em sua casa. Isso é só.

Todos aplaudiram e sorriram para ela. Ária acenou e se sentou ao lado de Soluço.

– Eles gostaram de você. – Soluço disse.

– Então, o que vocês fazem para se divertirem? – ela disse mudando de assunto.

– Você odeia chamar a atenção, não é? – Astrid perguntou rindo

– Sim.

– Você ainda não perdeu essa mania? – Stoico perguntou sorrindo.

– Não. – Ária se serviu. – Aqui ainda está do jeito que eu me lembrava.

– Serio? – Cabeçadura perguntou.

– Tirando o quadro do Soluço e Stoico ali. Tudo exatamente igual.

– Ela esta certa. Apenas o quadro que é diferente. – Stoico disse sorrindo. – Você sempre teve uma ótima memória.

– Sim. Eu ainda me lembro daquele dia em que me pai roupou sua roupa e você teve que sair correndo pelado atrás dele por toda a ilha.

Stoico ficou vermelho enquanto os outros riam. Soluço olhava para o pai sem acredita.

– Isso aconteceu mesmo? – Bocão perguntou. – Ele me disse que era mentira.

– Aconteceu, pode ter certeza. – Ária disse sorrindo. – Eu que tive que ajudá-lo a recuperar as roupas.

– Você se lembra de tudo daquela visita? – Stoico perguntou.

– Cada minuto. Lembro também que você salvou minha vida. – Ária disse com meio sorriso. – Desde daquele dia sempre passo longe de poços.

– Serio?

– Sim. Sempre pego água do rio. – ela disse. – Bom, pelo menos quando eu estava na ilha.

– Eu posso te ajudar com isso. – Melequento disse. – Eu levo água para você.

– Obrigada, mas não precisa.

– Como você vai fazer aquela comida maravilhosa sem água? – Cabeçadura perguntou.

– Esmeralda pegou água para mim.

– Falando nela, onde ela está? – Soluço perguntou.

– Em casa. Ela ficou para adiantar as coisas para amanhã.

– E como você vai para casa? – Stoico perguntou.

– Andando.

– É meio longe. – Bocão observou.

– Eu gosto de andar. E tenho que aprender o caminho. Ás vezes estando com ela eu ando do mesmo jeito, faz bem para o coração. E qualquer coisa é só chamá-la.

– Vocês são muito ligadas? – Astrid perguntou.

– Sempre fomos. Quando eu encontrei ela, não pensei que ela fosse sair da água para me seguir. Depois de um tempo passei a ficar cada vez mais tempo próxima dela. E peguei ela para mim.

– Você é a Ária? – disse uma mulher chegando ao lado deles.

– Sou.

– Eu sou a mãe da Astrid. – a mulher falou apontando para a filha. – Sabe, meu marido te achou muito bonita.

– Serio? Não sei o que os homens vêem em mim.

– Sim. E concordo com você. Mas sabe eu acho que beleza não é tudo.

– Eu também. Tem coisas mais importantes do que a beleza, inteligência, por exemplo. – Ária disse sorrindo.

– Você pode ser bonita, mas é fraca. Soluço é assim.

– Ele me parece um jovem bem esperto. E forte, apenas magro.

– A questão é. Você topa uma queda de braço comigo? – a mãe de Astrid disse olhando no fundo dos olhos dela.

– Alia, acho que... – Stoico tentou.

– Não, Stoico. Eu topo. – Ária falou sorrindo. – Vamos aqui mesmo?

– Sim.

– Queda de braço. – Melequento gritou. Em poucos segundos a mesa foi cercada.

Ária e Alia se posicionaram. Alia estava confiante, Ária não deixava transparecer o que sentia. Quando Bocão deu o sinal, Alia começou a força. Ária respirou fundo e com um único movimento, ganhou a partida.

– Como eu estava tentando falar. – Stoico disse. – Ária é campeã em queda de braço. Ela me ganhou quando eu tinha vinte anos, e ela apenas onze. Ela pode parecer fraca, mas ela ganha de qualquer um em uma queda de braço. Até mesmo de mim.