O tempo passou a correr. Com forme os dias foram se passando Ária foi aprendendo mais e mais sobre dragões. Pela suas contas ela já estava naquela ilha há cinco meses. Ária passou a escrever sobre os dragões. Escama de Fogo estava a cada dia mais fraca. Ária tinha medo que ela morresse.

Em uma das suas buscas pela praia, ela encontrou um Escalderível, que ela colocou o nome de Esmeralda. Com o passa dos dias, Esmeralda passou a sair da água e seguir Ária pela ilha, e ela estavam cada vez mais próxima. Elas passavam a maior parte do tempo junto. Todos os outros estavam agitados e isso não a deixava a vontade com eles. Ária acabou escolhendo Esmeralda para ser a sua dragoa. Os filhotes da Escama de fogo também estavam apegados a ela, mas adoravam passear pela ilha e eram todos muito agitados, menos o preguiçoso, que passava o dia dormindo.

Ária passou a andar pela ilha, explorando cada canto. Ela ficava a cada dia mais fascinada com a variedade de plantas por toda a parte da ilha. Ária passava horas escrevendo sobre essas plantas e as pegando para replantar. Ela percebeu que se não mexesse com os dragões eles a deixavam em paz. Com os dias os dragões passaram a se aproximarem dela. Conforme Ária andava ela passava a procurar um lugar melhor para monta acampamento.

Naquela noite ela percebeu que tinha alguma coisa errada. Escama estava quieta em um canto. E parecia está com muita dor. Ária deu um chá de erva-doce, canela e semente de mostarda para aliviar a dor. Esperança deitou ao lado de Ária, mas estava olhando para a mãe. Quando Ária acordou ela viu todos os filhotes envolta da mãe. Escama de Fogo tinha morrido.

Ária, com a ajuda dos filhotes, enterrou Escama de Fogo. Depois voltou a procurar um lugar para ficar, já que ainda estavam dormindo no bote. Com a ajuda dos dragões Ária encontrou uma caverna. Ela percebeu que era o lugar perfeito para eles dormirem. Depois de passar algumas horas arrumando o lugar, Ária pegou suas coisas e levou para lá. Com ajuda de quatro Nadder Mortal, ela conseguiu levar o bote para a caverna e lá fazer um abrigo melhor do que imaginava.Ária fez uma fogueira perto da porta da caverna, assim ela podia apaga fácil. Conforme os dias foram passando alguns dragões passaram a dormi na caverna. Depois de uma semana, eles que esquentava a caverna e ajudava ela a cozinhar o peixe.Ária pegou alguns dos grãos e plantou. Depois plantou algumas ervas. Ária passou a pegar as plantas e esta seus pode, com o Alfazema pode ser utilizada em uso interno para tratar a ansiedade e em uso externo para desinfetar os ferimentos leves. Ou o Aloe plantaantiinflamatória e desinfetante utilizada para feridas e queimaduras, também conhecida como babosa. Também descobriu que o Butterbur era uma ótima planta medicinal com efeito antialérgico e espasmolítico, utilizada respectivamente contra a rinite alérgica e as dores de barriga. Ela pode ser encontrada em forma de medicamentos prontos para o uso. Ela descobriu que babosa, camomila, calêndula, urtiga, esparguta, hortelã-pimenta, rosa, alfazema e coentro. Conforme o tempo foi passando ela foi aprendo cada vez mais sobre plantas e sobres os dragões. Ela achava fascinante como dragões são tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidos. Ela também fez um inventario com todas as plantas que planto e todas as plantas da ilha.

Ás vezes me pergunto se o que aconteceu comigo foi por causa da minha teimosia ou por não querer mata os dragões. Sabe, eu sei que não fiz nada de errado, mas no meu sangue correr o mesmo dos melhores e mais fortes matadores de dragões da minha terra. Hoje vivo cercada por eles, por dragões, os maiores inimigos da minha família e do meu povo. E se você me perguntasse se eu me arrependo de ter ajudado Escama de Fogo, a resposta é não. Não me arrependo. Hoje sei mais de dragões do que imaginei saber. Sei que esses não são os nossos inimigos. Eu sei quais dragões são inimigos naturais uns dos outros. Sei quais precisam de mais paciência. E principalmente descobri como chegar perto de cada dragão. Descobri cada uma das suas fraquezas, cada uma das suas forças. Sempre sonhei com o dia em que voltaria para o mundo humano, mas me pergunto, posso voltar? Passei tanto tempo aqui que já nem sei se sei me comportar com uma pessoa normal.

Hoje estava vendo meu suprimento de cadernos em branco, tenho apenas esse. Estou pensando em ir até uma ilha habitada e trocar algumas ervas por cadernos. Sei que já decorei tudo o que tinha para descobrir sobre os dragões. Mas se algum dia quisesse passar para alguém tudo o que conhecia, com o livro será mais fácil. Olha, eu novamente sonhando em sair daqui. Sei que não posso deixar eles sozinhos. Meus bebês.

Ária montou em Esperança e foi em direção ao norte. Ela sabia que lá tinha uma ilha que seria perfeito para ela. Sabia que ninguém lá prestaria a atenção nela. Quando Esperança posou fez um sinal com a mão e ela ficou invisível. Ária foi andando lentamente até o porto. Ela entrou no barco e falou com o comerciante Johann. Ela trocou algumas ervas e pegou alguns cadernos em branco.

Depois ela voltou para a ilha onde ela estava morando. Ária sabia que não podia ficar naquela ilha para sempre. Desde que ela chegou viu três caçadores de dragões na ilha. Sabia apenas uma questão de tempo até eles a encontrarem. Ela começou a treinar alguns dragões, assim quando fosse embora pudesse levar os dragões com ela.

Hoje me peguei pensando em minha família. Em como eles devem está. Sei que deveria está arrumando minhas coisas e me preparando para voltar. Mas como posso deixar esses dragões correndo perigo? Como posso deixar os filhotes do dragão que salvou a minha vida. Sei que eles podem ficar invisíveis a olhos não treinados, mas como posso ter certeza que meu povo não vai descobri que eles estão lá. Como posso viver em um lugar onde eles matem dragões?Se em algum lugar do mundo existi um lugar onde dragões e vikings vivam em paz, é para lá que eu vou.

Ária parou de escrever e olhou para Esmeralda. A dragoa estava na porta na caverna e rosnava baixo. Ela se levantou e andou em sua direção.

– O que foi garota? – perguntou passando a mão na cabeça dela. Esmeralda fez sinal para que Ária a montasse. Confusa a humana fez o que ela pediu.

Esmeralda levantou voou. Elas voaram direto para a praia. Antes mesmo delas chegarem perto da praia, ela percebeu o que tinha de errado. Vários barcos estavam indo para ilha. Esmeralda posou em uma árvore que tinha ali longe. Ária mordeu os lábios. O que eles queriam? Esmeralda podia chegar perto deles, mas eles veriam Ária montada em cima dela.

– Vamos voltar garota. – ela disse. – Precisamos ver o que eles querem.

O mais rápido que pode Esmeralda voou em direção a praia, Ária fez sinal para Esmeralda entra na água, sendo uma Escalderível ela podia ir facilmente para ao barco. Ária fez com que ela parasse ao lado, o mais baixo possível.

– Como vamos fazer quando chegamos lá? – Ária escutou um homem pergunta.

– Vamos entrar espalhar o maior número de armadilha e depois vamos para os pontos altos e fazemos um mapa e vermos onde é melhor para encurralados. – disse outra voz.

– Para que mesmo?

– Com dragões como armas, seremos invencíveis. – a segunda voz disse.

– Eu escutei histórias. Dizem que essa ilha é assombrada.

– Deixe de ser medroso. – respondeu a outra voz. – Espero que todos tenham uma boa noite de sono. Vamos começar a trabalhar amanhã cedo.

– Vamos garota. – Ária disse baixinho.

Os dois voltaram para a ilha. Ária pulou das costas dela e começou a colocar suas coisas em cestas o mais rápido que pode, eles tinham que sair dali. Ela jogou tudo no bote e correu para fora.

– Pessoal precisamos sair da ilha. Quero que avisem para os outros dragões que precisamos sair da ilha agora. – ela disse. – Preguiçoso me ajuda com os filhotes de Terror Terrível.

Ária e os dragões tiveram uma noite agitada. Eles passaram a noite preparando tudo para saírem da ilha antes do amanhecer. Ária sabia que eles só teriam uma chance para sair dali. Ela conferiu se tinha guardado todos os seus cadernos e viu se todos os filhotes estavam seguros, respirou fundo e levantou as mãos. Nessa hora os Nadder da Morte e Pesadelos Monstruosos voaram em direção aos barcos. Respirando fundo novamente ela deu o sinal para os transformosas, eles se levantaram e pegaram as cordas do bote indo em direção ao mar. Ária saiu da caverna e começou a correr em direção ao topo da ilha. Ária pegou uma tocha e ascendeu dando o sinal para os dragões. Os Nadder e os Pesadelos atacaram os barcos, sendo seguidos pelos Gronckle. O resto dos dragões levantaram voou e saíram da ilha. Ária pegou seu arco e desceu a montanha correndo em direção a praia. Ela sabia que precisava da ajuda dos dragões para sair da ilha.

Ária passou por toda a ilha o mais rápido que pode. Ela sabia o que tinha em cada lugar daquela ilha. Os meses que ela passou ali serviram para isso. Pelo menos ela sabia qual era o lugar mais rápido e seguro. Quando ela chegou à praia viu que os dragões estavam indo bem, mas que não aquentariam muito tempo. Ela assobiou o mais alto que pode e esperou. Um Pesadelo Monstruoso a pegou e eles saíram daqui.

Ária olhou e volta e descobriu que não sabia para onde eles poderiam ir. Ela sabia que tinha que encontra uma ilha segura para os dragões. Sabia que não podia ficar muito tempo no ar. O bote deveria estar pesado. Ela fez um sinal e o dragão o levou para perto do bote, ela pulou e começou a procurar seu caderno. Quando ela encontro o que procurava, começou a desenhar. Ela sabia em que direção eles estavam indo, então começou a fazer um mapa. Depois ela pegou um dos seus livros e começou a estudar os mapas. Tinha uma ilha que seu pai vivia falando para ela. Uma ilha linda, mas perigosa. Segundo a lenda, aquela ilha ruídos estranhos eram ouvidos, bolas azuis e brilhantes eram vistas em todas as partes. Vultos pretos eram vistos antes de navios afundarem. Mas ninguém tinha certeza se alguma coisa dessas histórias eram verdadeiras, já que ninguém voltou vivo para contar. Ainda segundo a lenda, nem os dragões tinham coragem de irem para lá. Estava na hora dela mudar isso. Essa era a história favorita de seu avô. Eu já cheguei lá perto. Aquela é a ilha dos Fúrias da Noite, por isso ninguém volta. Por que aqueles monstros os matam. Está mais do que na hora de descobri se seu avô estava dizendo a verdade.

Seguindo o mapa que ele deixou, Ária guiou os dragões. Eles passavam o resto da noite voando. Todos pareciam cansados, mas ninguém se sentia seguro para pousar em uma ilha qualquer. Quando o dia estava quase amanhecendo. Ária avistou a ilha. Era de longe a ilha mais bela que ela já tinha visto. De longe o que mais chamava a atenção eram as montanhas que se sobre saiam a floresta. Pareciam inteiramente feitas de rochas, mas Ária podia ver alguma vegetação, aqui e ali. A floresta era enorme e sem duvida era distante de tudo. O que dava a eles a chance de ficarem em segurança. Olhando em volta ela não viu nada suspeito. Ela não sabia o que causou a lenda, mas não estava ali.

Quando ela pousou na ilha os dragões pareciam estranhos. Ela chegou a pensar que aquela podia ser a ilha do Morte-Rubra. Mas se lembrou que quando Esperança a levou lá, era uma ilha rochosa, sem vida. E aquela com certeza era uma ilha viva. Ária começou a andar pela praia quando um som a paralisou. Ela sabia o que era, mas não podia acreditar. Esse som. Fúria da Noite. Muitos deles chegaram juntos. Eles voaram em círculos antes de pararem na frente dela. Os dragões rosnaram, mas ela levantou a mão. Eles estavam fracos e não poderiam gastar suas forças em uma luta. Ária respirou fundo e fez o mesmo que tinha feito com os Nadder, levantou a mão e abaixou a cabeça. Ela estava com os olhos fechados quando sentiu um deles encostar-se a sua mão. Ali ela soube, teria lugar para todo mundo.

Ária foi até o bote e arrumou as cordas dentro dele depois pegou uma coberta e deitou na areia, onde Esmeralda estava esperando por ela com metade do corpo dentro d’água. Depois fechou os olhos e tentou dormi. Mas os últimos acontecimentos ficavam em sua cabeça. Alguém estava querendo treinar dragões e isso não era uma coisa boa. Se eles descobrirem como treinar os dragões nenhum lugar do mundo estar seguro para ninguém. Ela se levantou e começou a andar. Se eles fossem ficar mesmo ali, ela tinha que saber tudo sobre aquela ilha.

Conforme os dias foram passando Ária descobriu o motivo pelo qual ninguém chegara perto da ilha. Todas as noites os dragões davam um show de tiros de plasmas. Eles subiam alto e atiravam e todos os seus tiros eram perfeitos. Nunca erravam. De longe você podia jurar que é tudo menos, Fúrias da Noite. Ária montou um novo acampamento, esse era maior e mais confortável do que o outro. Ele ficava em uma das cavernas da montanha principal. E tinha túneis de ligação por toda a ilha. Dali ela poderia ir para qualquer parte da ilha sem ter que sair da caverna e em menos tempo. Ela fez um mapa para saber exatamente aonde ir, por qual caminho seguir e o mais importante, como pode andar por ali sem precisar de um dragão.

Ária pendurou vários cipós pela caverna com a ajuda de Esmeralda. Ela subia na cabeça dela ela a levantava. Ária começou a fazer um treinamento. Usando os dragões ela descobriu um modo de se treinar. Ela fez um percurso onde ela podia treinar de tudo. Arco e flecha, esgrima, luta corporal, corrida, fuga, resgate, nado, mira e outras coisas. Ela descobriu que se der Andesito para os Gronckle comer ele fazem um metal puro e leve, assim ela passou a construir varias armas. Ária também começou a viajar pelas ilhas. E a fazer mapas. Ela sabia onde encontrar tudo o que ela precisava e aonde ela precisava.

Os estudos nunca acabam. Em uma semana descobriu muitas coisas sobre os Fúrias da Noite.

Os Fúrias da Noite são com toda a certeza os dragões mais extraordinários que eu já conheci. Além de velozes, pequenos e com belos olhos que varia de verde para amarelo. Os plasmas são as coisas mais bonitas que já vi. Quando eles estão voando dão um show a parte. Eles adoram voar e atirar várias bolas de plasmas. O barulho que eles faziam é causado pelo vento. Quando eles mergulham em pleno ar eles realmente o cortam, causando assim aquele grito características dos Fúrias da Noite.Eles também são leais, mas isso é uma característica de todos os dragões. Mas o que acho mais impressionante neles é que diferente dos outros eles não brigam, não tentam conquista o território, eles apenas se respeitam, pois são muito orgulhosos. Pelo que eu pude ver são uma grande família.

Outra coisa também que os diferencia dês todos os dragões que eu já conheci, é que eles não acasalam na época normal para todos os dragões, assim com os Transformasa.

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Com forme o tempo passa descubro, mais e mais sobre os dragões. Hoje mesmo descobri que os Fúrias da Noites tem um rito de acasalamento diferente dos outros dragões. Apesar de serem répteis, eles não põem ovos. E também eles são monogâmicos, ou seja, eles tem o mesmo parceiro à vida inteira. Se por um acaso seu parceiro morre ele permanece fiel até a morte. Hoje encontrei uma fêmea grávida. O que me levou a pensar, “eles têm apenas um filhote por vez?” Se for assim, descobrir por eles são tão raros, enquanto um Nadder mortal, por exemplo, coloca de três a dez ovos e todos chocam com sucesso, um Fúria da Noite têm apenas um filhote.

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Hoje foi um dia, digamos, traumatizante. Encontrei novamente aquela Fúria da Noite. Bom, até que foi legal revê-la. Isso até ela entrar em trabalho de parto. Quando isso aconteceu, eu não sabia o que fazer. Pensei em sair e deixar a natureza cumprir com o seu trabalho, mas vi que ela estava tendo dificuldades. Então eu me ajoelhei ao lado dela e a ajudei. Isso mesmo, eu fiz um parto de um dragão. E até quatro meses atrás eu nem sabia que dragões tinham bebês dessa forma.

Mas hoje também foi o dia em que eu descobri que o amor de uma mãe pelo seu filho pode superar tudo. Quando eu vi aquela dragoa fraca e cansada por causa do esforço puxar seu bebê para o lado dela e conferir se ele estava bem, vi que quando você é mãe e ama de verdade seu filho, você não liga para a sua dor, ou o seu sofrimento. Você liga apenas para o seu filho.

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Hoje faz um ano que estou longe de casa. Ás penso que agora que os dragões estão a salvo aqui na ilha, mas e a Esmeralda? Não posso deixá-la sozinha. Ela é minha melhor amiga, na verdade é a única que sempre tive. E também têm os filhotes da Escama. Não posso deixá-los. Até que fica nessa ilha não é assim tão mal. Tenho comida e amigos. E o melhor de tudo, meus pais não ficam brigando toda hora.