—PPRRRIIIIMMMM!!!
—Aí cara, despertador idiota, estava em um sono tão bom.
Mais um dia como outro, tendo que acordar oito horas da manhã como qualquer garoto normal.
Um banho antes de qualquer coisa sempre é uma ótima pedida se não fosse por um detalhe.
—Acabou o shampoo! mais que droga!!
Existe algo mais chato do que ficar sem tomar um banho decente, é realmente uma lástima. Não posso esquecer de comprar um novo hoje.
Enquanto passo pelo corredor secando o meu cabelo observo os retratos na parede e nele tinha uma foto do que parecia ser uma família feliz, papai e mamãe e três crianças sorrindo e o que parecia ser o caçula estava no colo da mãe todos felizes e contentes como se suas felicidades fossem ser eternas.
Um leve sorriso escapa da minha face ao tocar naquele quadro.
—Bons tempos aqueles.
Cheguei na cozinha com o cabelo completamente seco coloco a toalha na cadeira quando vejo três cartas em cima da mesa todas escritas a mesma coisa dentro dela.
“Espero que esteja bem, com amor (Dankan,Takeshi e Zeren)”.
Dentro das cartas contendo dinheiro para eu poder me virar até o final do mês.
—Bom dia para vocês também Oni-sans.
Saio de casa indo comprar o shampoo e outras coisas para o almoço e o jantar, até que um certo vulto chamou minha atenção, quando volto a olhar pra frente dois garotos saem correndo igual malucos.
—Merda desse jeito vamos chegar atrasados!
—Fala pouco e começa a correr mais!!
Não pude fazer outra coisa além de rir daqueles dois paspalhos correndo.
Já faz cinco anos que não sei o que é estar em uma escola e se me perguntar o por quê , é pelo fato de ter perdido todo o interesse em querer voltar e como não têm ninguém que me faça querer voltar.
Não paro em nenhum emprego pois posso me virar sozinho com a grana que meus irmãos me dão, traduzindo de forma geral eu sou só mais um vagabundo nesse nosso país.
Não faço muita questão de qual marca é a melhor vou sempre na mais barata para economizar seja em comida ou qualquer coisa no mundo.
Ao término das compras decido voltar para casa já que não tinha muito o que fazer na rua.
Na volta pra casa me vejo frente a ponte onde sempre ia quando era criança, vejo várias crianças olhando para baixo, por pura curiosidade decido dar uma espiada, quando percebo tinha uma criança que tinha pulado com todos os amigos olhando surpresos.
O garoto estava todo ensopado mas ainda assim ria como se tivesse ouvido uma piada muito boa, aquela risada tosca me lembra um certo maluco que conheci um dia.
Issei viaja em suas lembranças:
—Takeshi-nii!
Uma criança pula daquela mesma ponte e vou até a beirada da ponte gritando preocupado com ela.
—Takeshi-nii, tudo bem?
—Haahaahaaa, pula Ise!
—Eu não consigo não sou tão corajoso como você Takeshi nii.
—Confie em mim nada de mau vai te acontecer.
Naquele exato momento Takeshi nii se levanta normalmente.
—Mesmo que seja você me dizendo isso eu não consigo, tenho muito medo.
Ele estende seus braços e reafirma o que me disse.
—Pode pular Issei que eu vou estar bem aqui para te pegar.
—Você promete?
—Sim
—De verdade?
—Verdade verdadeira, sem sombra de duvidas!
Os meus olhos se enchem de esperança ao ouvir essas palavras acompanhadas daquele sorriso gentil que meu irmão tem.
Com a coragem que aquela esperança me proporcionou, eu coloquei um dos meus pés no encosto daquela ponte fechei meus olhos e pulei.
O medo começou a tomar conta da minha mente quando sentia o ar gelado da queda remoendo todo o meu corpo, me imaginando todo espatifando no chão.
Quando estava prestes a me desesperar eu senti um abraço forte cobrindo o meu corpo, ao abrir os olhos Takeshi nii estava me segurando no colo mantendo aquele mesmo sorriso que me incentivou a pular.
—Takeshi-nii.
—Viu Issei você também pode ser tão corajoso como eu.
—Hi Hi Hi!!
Ficamos na gargalhada por pouco tempo pois não éramos os únicos que estávamos lá.
—Takeshi!!!
Olho para o lado e Zeren-nii corria na nossa geração com uma cara de bravo.
—Yo Nii-san.
Naquele momento Zeren-nii agarrou Takeshi-nii pelo pescoço balançando de um lado para o outro.
—“Yo” o cacete sua besta, que negócio é esse de colocar ideia na cabeça do Ise de faze-lo pular dessa altura hein sua besta.
—Calma Zeren-nii o Takeshi-nii não fez isso para me machucar.
—Mesmo assim e se você se ferisse como a Oka-san e o Otou-san iam ficar se você fizesse uma besteira dessa.
Nesse momento não pude dizer nada para retrucar seu argumento mas Takeshi-nii não se incomodou com a bronca e em vez disso se virou para mim.
—Issei nunca se esqueça: nunca se acovarde por nada pois é da coragem que nasce a esperança de não desistir.
Essas palavras entrarão como uma adaga que encravou fundo no meu coração onde ela permanece até os dias de hoje.
De volta a realidade.
—Ai Ai Ai! Takeshi-nii...sempre tão otimista.
Viro a esquerda dando minhas costas na direção da ponte enquanto andava completamente distraído quando...
—Arrgghhh!!
Eu cai e fui rolando na ladeira que dava no rio em baixo da ponte caindo na água e me levanto irritado
—Mas que merda foi essa!!
Quando olho a minha volta vejo uma linda garota de cabelos pretos e olhos violeta estava caída na minha frente.
—Me desculpa! Me desculpa!
Ela fica se lamentando para mim enquanto chora toda hora parecendo uma criança. O que eu faço agora?
—Relaxa eu estou bem, ensopada mas bem.
—Sério que bom!
Com isso ela parou de chorar, mas continuou se lamentando
—Me desculpe eu estava completamente distraída nem consegui te ver.
—Tudo bem isso não me incomoda.
Procuro pelas minhas sacolas de compras que por sorte não caiu na água, vou até ele e tiro da sacola uma toalha que estava na lista de compras.
—Não é muito mas espero que sirva de alguma coisa.
—Obrigada.
A toalha ajudou um pouco, mas nós dois ainda estamos um pouco molhados. Eu decido voltar a pegar meu rumo, mas ela insistiu em querer me agradecer pela minha gentileza eu tentei recusar, mas ela insistiu então não tive escolha.
Paramos em uma cafeteria para tomar alguma coisa eu pedi um café preto e ela apenas agua.
O café estava ótimo o ambiente era relaxante mas tinha apenas uma coisa que me incomodava e isso me deixa totalmente imerso nos meus pensamentos.
Otou-san sempre dizia:” Seja sempre gentil com as garotas e elas te recompensaram de forma majestosa”.
O que quer tenha de sentido nessa mensagem eu não sei e com toda certeza não vai me ajudar nessas horas.
—Está bom?
—Ahn, o quê?
—O café, ele está bom?
—Ah sim claro.
—Sério? Que bom.
Deixando tudo de lado tem uma coisa que eu não perguntei.
—Então como se chama?
—Amano Yuuma.
—Mão de Uva?
—Não...não, é Yuuma...Amano Yuuma!!
—Atá! Desculpa, é um problema que eu tenho, sou péssimo em decorar nomes. Me chamo Hyoudou Issei.
—E pelo visto para ouvir também.
—Há Há Há Há Há!!!
Nós dois ficamos rindo e conversando juntos por longas horas, o tempo parecia estar correndo mais rápido.
Já estava de noite, enquanto caminhávamos pela rua eu ia pegar um atalho pelo parque para ir pra casa e ela disse que esse caminho também é um atalho para o dela e continuamos a caminhar juntos até ela encontrar um chafariz.
—Issei-kun poderia esperar um minuto?
Ouço seu pedido enquanto ela corria para o chafariz segurando uma moeda ela deve querer fazer um pedido, como aquelas coisas clichês que vemos nos filmes. Por que não acompanhar.
A acompanho logo atrás e jogo uma moeda depois dela e bato ambas as mãos.
“Espero que meus irmãos voltem para casa”.
Após fazermos o pedido nos encaramos por um instante é incrível ver tanta pureza nesses olhos lindos é de fato incrível.
Ei Issei-kun, qual foi o seu pedido?
—Bem não quero comentar.
—Entendo, então quer saber o meu?
—Se você não se importar.
Ela se aproximou de mm do seu jeito alegre de sempre e disse:
—Eu quero que o Issei-kun......
A última palavra soou de um jeito tão frio como se ela houvesse deixado de ser ela.
—....MORRA!!
Depois dessa palavra uma aura negra formou-se criando uma corrente de ar que me afasta dela.
A aura negra ao seu redor foi criando um casulo deixando sair apenas um aglomerado de penas negras que formavam o que parecia ser asas.
Quando o casulo se desfez ela assumia vestes que só cobria as partes principais de seu corpo e dois pares de asas negras. Então realmente...
—Haahahaha!!! Que foi Issei-kun não gostou das minhas roupas ou, à já sei são as minhas asas não é? Devo ter te assustado já que humanos burros como você não conseguem lidar com isso.
Ela junta suas mãos e quando as separou formou uma lança brilhante onde ela segurava com a mão esquerda.
—Issei-kun não culpe a mim e sim o Deus que lhe deu essa sacred gear.
—Realmente...
—Obrigada por ser tão ingênuo comigo e ADEUS!
Ela lançou a lança brilhante a uma velocidade absurda deixando vários rastros de destruição no caminho.
—Acho que exagerei, mas tudo acabou dando ce....Urrrgghh!!
—O....o que é essa sensação....tão....fria e sombria.
Yuuma apenas viu uma silhueta aparecendo que em pouco tempo tomou forma.
—Realmente....dentre todos os imbecis que eu cruzei você é a rainha deles.
—Não pode ser como conseguiu parar lança?!
—Esse fiapinho de luz aqui, me faz um favor até velinha de aniversário ilumina mais que essa porcaria, pior que isso só se for a sua atuação: aparição exagerada, querendo se apegar muito rápido e se entregar assim de cara? Meu Deus! Os outros eram mais espertos.
—GRRRRRRR!!! Não zombe de mim.
Yuuma criou uma lança muito maior com o formato de um tridente voando na minha direção.
—TENTE SE DEFENDER DISSO!!!!
—Como se eu fosse precisar, BOOSTED GEAR!!!
Uma manopla vermelha com um orbe verde em minha mão aparece emitindo uma forte aura vermelha, saindo uma voz de dentro da manopla.
—Pronto parceiro?
—Manda ver Ddraig.
Uma voz grave ressoou da manopla.
(BOOSTED GEAR TRANSFER)
Toda a aura vermelha que emanava em mim passou para a lança que peguei da Yuuma, onde a ponta da lança ficou com a forma idêntica da de um dragão, com um sorriso no rosto exclamei.
—Proteja-se você....DISSO!!!
As duas lanças se chocaram-se mas a minha levou a melhor destruindo a lança dela, perfurando-a e a jogando para longe deixando um rastro de destruição pelo caminho.
—Comece a duplicada Ddraig.
—Certo.
Sigo o rastro deixado até encontra-la presa pela lança que ficou cravada em uma pedra, por conta do choque o que ela tinha de roupa explodiu e uma enorme quantidade de sangue saia do ferimento dela.
—Seu maldito que poder é esse?
—Ora Yuuma-san não me diga que você não conhece o poder de um dos Treze Longinus do Dragão Imperador Vermelho.
Yuuma-san olha com uma cara apavorada para mim quando escuta essa frase.
—Não is....so não é possível.
—Ah qual é Yuuma-san você vem até aqui para me matar sem nem saber nada da minha sacred gear chega a ser hilário.
—Mas agora já chega, adeus Yuuma-san.(BOOST,BOOST,BOOST,BOOST,BOOST,BOOST,BOOST,BOOSTBOOST,BOOST).
Uma imensa aura violenta cobriu minha mão esquerda possuindo um formato esférico, pronto para disparar mas antes Yuuma-san se desespera.
—Por favor Issei tenha piedade tudo o que fiz foi a mando de superiores! Eu...eu não queria fazer isso! Você não notou o instante que nossos se cruzaram o sentimento que transbordou de nós dois naquele momento por favor Issei-kun!...Snif! Eu faço qualquer coisa para poder recomeçar apenas não me mate por favor!!!
—Qualquer coisa hein?
Naquele momento de tensão eu cedi minha outra mão para ela e ela retribuiu me oferecendo sua mão até o encontro da minha sorrindo.
—Sim qualquer cois...
—CRAAACKKK!!!
—ARRRRGGHHHH!!!
No exato momento em que nossas mãos se tocam eu apertei tão forte sua mão até ouvir todos os ossos dela quebrando.
—Então cale a boca de uma vez.
Coloquei minha mão em frente ao seu rosto e vendo sua expressão desesperada por só mais um segundo antes dela sumir.
—FURY SHOT DRAGON*!!
Uma energia vermelha é descarregada da minha mão, todo esse poder dissipou toda área do parque na minha frente não sobrando nada além das cinzas daquela anja podre.
—Putz mais que merda, melhor eu sair daqui antes que sobre para mim.
Acordar cedo para tomar café vindo antes sempre um ótimo banho, passar no mercado para comprar as coisas que acabaram se vislumbrar com as lembranças que a caminhada na cidade oferece e exterminar monstros idiotas que vivem enchendo meu saco.
Só mais um dia qualquer no cotidiano de Hyoudou Issei.