Orion, o gigante gerido por Gaia e Tártaros; foi incumbido de lutar e matar, os gêmeos Artêmis e Apollo, na época em que semideuses eram mais poderosos, até mesmo o próprio Dioniso, um filho de Zeus e lutou ao lado de Héracles para derrotar os gigantes, cujo qual, Orion fazia parte.

O gigante, um belo caçador, corpulento e diferentemente de seus irmãos parecia como um humano comum, não possuía seus pés de dragões e nem pele esverdeada ou amarelada, era apenas, um gigante comum e galanteador que se deitou com muitas mulheres. Contudo, ele lutara contra seu destino quando se tornou fiel caçador e companheiro de Artêmis na caça e por muitos anos foi assim.

A lenda que acerca esse relacionamento possui diversas versões, sendo a mais aceita pelos humanos, é que Orion se apaixonara por Artêmis e essa por sua vez, o rejeitou, embora, quase havia cedido (fato que a deusa nunca concordara). Apolo, movido pelo ciúme, proteção e, vendo a verdadeira intenção do gigante, o amaldiçoou com a loucura e posteriormente, a própria Gaia o matou.

Alguns anos atrás, Gaia havia se levantado novamente, trazendo consigo a tão contada, “Gigantomaquia” E, Orion foi um dos gigantes que voltou a serviço da deusa da Terra e novamente, fora morto pelos semideuses.

DOIS DIAS ATRAS.

– Seu Pai está morto. – A voz do homem ecoava dentro de uma gruta cheia de estalactites e um pequeno lago negro. – Eu as treinei a pedido de seu pai; Mintaka, Alnilan e Aniltak vocês foram treinadas para matarem Artêmis que hoje, também é conhecida como Diana.

– Porque temos que matá-la? – A voz melodiosa de timbre leve e educado, era de Mintaka. – Se nem mesmo nosso Pai foi capaz de fazer isso.

– Hahaha....- A risada do homem estrondou pela caverna. – Por acha que eu as treinei? Sou Sirius, fui um grande amigo de seu Pai e assim como ele, rejeitado por Artêmis.

– Desconheço esse fato. – Essa voz era dotada de bravura, como se pertencesse há uma general. Esse era Alnilan.

– Naturalmente, Artêmis é uma donzela, eu sou apenas um humano. – Sua voz mostrava uma magoa muito grande. – Você acha que uma donzela iria admitir que se apaixonou por um humano? Eles nem sequer contaram nossas histórias.

– Nossa mãe, Daidemia. – A terceira voz, era dotada de timidez, e tinha um timbre baixo como se a menina fosse muito acanhada ou estivesse com medo do homem. – Nos disse, que Artêmis honrou nosso Pai e nos também, quando colocou nosso nome na constelação Orion. – Falou Aniltak

– Esta dizendo do cinturão? – Debochou o homem. – Quer dizer que se sente honrada por ter seus nomes dados a três estralas? Há menina, por favor! – Rosnou

– Acontece, que não vemos motivos para matá-la. – Falou a primeira. – Tão pouco fazer essa loucura que nos contou, Pandemonium é um lugar proibido pelos deuses.

– Escute, minha jovem. – Rosnou. – Há seres mais antigos que os próprios deuses, até mais antigo que Gaia. – Ele possuía um medo real em sua voz. – “Ele” , me trouxe do inferno no lugar de seu Pai, ele deseja sua servidão e eu aconselharia fazer o que “ELE” manda.

– Quem é ele? – Perguntou a segunda.

– Quem mais poderia ser? Se não o grandioso Eré... Ele foi surpreendido pela primeira com uma flechada que por pouco não acertou na sua testa, as outras duas passaram por ele como raio e assim fugiram.

DIAS ATUAIS – CENTRAL PARK

Percy estava bravo, bravo porque tinha caído numa espécie de sonho no meio da luta, bravo porque tomou um soco por causa dessa visão e bravo, porque não tinha ideia de quem era aquelas pessoas e para ajudar, Diana estava sendo vencida.

– Artêmis! – Percy gritou quando viu ela ser atingida por uma flecha negra. – Irônico, a deusa flecheira ser atingida por uma flecha.

– Estou bem, Herói. – Ela arfava com certa dificuldade. Os monstros estavam fazendo-a recuar, eram muitos e mesmo com todo o vigor de uma deusa Olimpiana, ele perdia as forças com a queda de seu reino. – Não podemos ceder, não agora. Se tiver que morrer para segura-los, então morrerei como uma guerreira! – Ele não falou apenas para Percy, mas sim para todos a sua frente.

– Que merda. – Sorriu Percy. – Acho que a Annabeth vai querer me matar, quer dizer, ir no Hades e me matar de novo depois que eu morrer. – Subitamente ele se lembrou de sua noiva, sabia que naquela situação de morte eminente, ele não deixou de pensar no quão bela ela ficou; lembrou dos tempos que eram mais jovens, quando estava ao lado dele no Tártaro. – Bom, acho que no fim, semideuses morrem lutando.

– Você pode até morrer lutando, Herói. – Artêmis estava ao lado dela agora. – Mas, esqueceu do que me disse há pouco tempo? – O rosto de deusa, mesmo surrado, era belo, branquíssimo que até podia-se ver singelas sardas, os olhos azuis da deusa, brilhavam com satisfação, sua boca, singelamente rosada era delicada, toda perfeita e por um milésimo de momento, Percy pode entender porque Orion a desejou, ou porque todos a desejavam. – Mesmo se morrermos, não podemos perder a fé.

Ela o levantou e se jogou ao encontro dos monstros com o vigor restabelecido. Num soco de mãos nuas, Artêmis desmembrou cinco monstros e por outro milésimo de momento, Percy entendeu porque nenhum deus não vai além do simples desejo por Artêmis, ela definitivamente iria desmembra-los.

– Hah! Então vamos!

Ambos voltaram a fatiar, a destruir e matar os monstros e nesse meio tempo, um olhar de predador fitava os dois, oberava cada movimento. – Diana, Diana....- Ele armou mais uma flecha e soltou a corda.

O projetil silvou pelo ar e ia de encontro com o coração de Artêmis e acertaria, se não fosse outro projétil atingi-lo e destruí-lo

– Saia daí, Sirius! – A voz que ecoou pelo Park era dotada de seriedade, bravura como de um general, ou melhor dizendo, de uma general. – Estamos procurando você há dois dias. – A mulher que chegou era muito bela, tinha as feições idênticas a de Orion, o que fez Artêmis, no momento congelado pela surpresa, sentir uma onda de calafrio. Seus cabelos eram loiros, encaracolados, trançados na lateral e preso por uma presilha ornamentada com fios de preta. Ela vestia uma roupa de couro marrom, botas, e luvas, como se estivesse caçando. Seu olhar verde, era dotada de uma ferocidade que só caçadores possuíam.

– Alnilan, minha cara afilhada. – O homem, que até pouco tempo estava oculto, se revelou. Diana ou Artêmis soltou um grunhido, ele o conhecia bem e até então, esse homem estava morto. – O que será que seu pai faria se visse você assim? – Sirius, era a visão do homem moderno, usava um terno de linho, sapatos pretos e óculos também negros, como os agentes de UCP, o único item que o identificavam como um ser “sobrenatural’ era seu arco de prata, presente dado a ele por Artêmis há muitos anos atrás.

– Meu pai, é aquele que cuidou de nós. – Ralhou. – Ele se chama Éaco. – Alnilan, já tinha mais uma flecha armada, pronta para atingir no meio da testa de Sirius.

– Há minha jovem, esse tolo juiz dos mortos nunca foi seu Pai. – Sirius mantinha-se com o armo em mãos, mas não havia arqueado a flecha. – Pensa que ele foi caridoso em cuidar de três mocinhas órfãs, olha o que você se tornou, tentando reviver a sina de seu Pai.

– Éaco não foi tolo. – Aquela que falou foi a irmã mais tímida, Aniltak. – Foi o único humano que abrigou as filhas de Órion, único humano que nos ajudou a crescer e se tornar iguais ele, justas e leais, mesmo depois de sua morte, Éaco nos visitava, cuidava de nós. – Ela, ao contrário de sua irmã, usava uma placa no peito, com gravuras entalhadas com a batalha de Troia onde Aquiles matava Heitor, uma gravura bem estranha pera uma pessoa tímida, usava calças brancas e um pouco agarrada ao corpo. Assim como a irmã, ela era loira, mas tinha os cabelos lisos e presos em um coque, uma presilha Oriental enfeitava o coque prendendo-o de forma simples, mas belo.

– HAAA!!! VOCÊ! – Ele odiava Aniltak. – Venha cá jovenzinha, vou leva-la comigo e mostrar como posso desposá-la como mulher de verdade. – Ele possuía uma insanidade enorme nos olhos.

Antes de ele se mover, uma sombra cresceu em suas costas. Sirius gelou e por um milésimo de segundo, não perdeu a cabeça, pois Mintaka, a primeira e mais velha das três irmãs o atacou furtivamente, de uma forma que nem mesmo Artêmis pode vê-la. Sirius, automaticamente, pulou para trás.

– Opa..opa..- Sorriu coçando a cabeça. – As garotas hoje em dia sabem mesmo como arrancar a cabeça de um homem. – Sorria com insanidade nos olhos.

– Não fale de Éaco, seu caçador de figurinha. – Mintaka, não usava armadura nenhum, somente uma camisa de seda branca, calça jeans e tênis Nike. Seus cabelos eram negros como a noite, lisos sedosos, seus olhos eram azuis como o céu, tinha a boca delicada como Artêmis, em verdade, ela era muito mais parecida com a deusa de caça do que com o pai verdadeiro. – Você vai cair hoje.

Antes de atacar, Mintaka foi atingida por um braço grosso, negro e fedido. O monstro rosnou em vitória achando que havia matada a bela mulher, mas em respostas, a caçadora caiu de pé e saltou pronta para atingir a criatura com sua espada dentada de ouro Imperial. A criatura se defendeu e deu mais um soco e dessa vez, ela caiu de costas ferida, mas não fora de combate.

Ela se levantaria novamente, mas Artêmis a segurou pelos braços. – Mantenha a calma, guerreira. – Falou num tom singelo. – Não há vantagem em atacar um inimigo sem ao menos saber do que ele é feito. Lute com inteligência, assim como minha irmã sempre fez.

– Não há necessidade de me amparar. – Mintaka, era fria. De todas as irmãs, era a única que não aceitava Artêmis, ele tinha noções do que o pai fizera, mas em sua opinião, a deusa também tinha culpa. – Posso me cuidar sozinha.

– Um espirito indomável, gosto disso. – Sorrio a deusa. Para Artêmis, era incrível o quanto aquela mulher se parecia com ela, e não apenas pela aparência, mas também o jeito de ser. – Não há conheço guerreira, mas vejo o fogo em seus olhos, vejo sua determinação e também, vejo que inteligente, então, use a sua inteligência.

– Tsf...- Se levantou e iria em direção a Sirius até ver Percy parado a frente dele com a espada na mão. Ela congelou. – Como é possível....- Seus lábios tremiam, lagrimas verteram de seus olhos. – você devia estar morto....

Percy olhou pra trás com a mesma cara de “WTF” – Escuta aqui moça, eu sei que seu caçado por monstros e muitos deuses desejam esse corpinho, eu quase, morri mais vezes que vivi, mas eu sei muito bem, que morto, é uma coisa que eu nunca estive.

– Meu amor...você esta vivo...- Falou Mintaka, já entregue as lagrimas correu a abraçou Percy, esquecendo-se totalmente de Sirius.

– Han...hã? - Num digno discurso do "Senhor das coisas estranhas" Percy tentou se desvincilhar, sem sorte, sem entender nada.