Herdeiros Da Grand Chase- 2ª Temporada

Capítulo 10-Quebra-cabeças e veneno?


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Raymond POV On:
Odeio ter que vigiar uma garota estranha ainda mais bonita sem ter nada que me distrair.
Além do mais, a Kin não parava de me observar. Por que justamente eu que tenho horror a tédio ter que vigiar a Kin sem nada pra fazer? Droga! Na próxima vou mandar Hannah vigiá-la. Resolvi perguntar para quebrar o silêncio:
— Então, de onde você é?
Kin, que estava com a cabeça abaixada, olhou para mim nos olhos, praticamente me congelando da cabeça aos pés. Olhando para o lado, respondeu:
— Venho do continente de Ellia.
— Sério? Venho da dimensão de Elyos.
Kin parou de me responder, apenas olhou para o lado, no local onde guardamos nossos jogos e coisas para tirar-nos o tédio. Ela virou rapidamente para mim e disse:
— Posso lhe desafiar a jogar quebra-cabeça? Quem terminar primeiro vence!
— Quantas peças? – perguntei, já que eu ganho de Diana ás vezes nos quebra-cabeças
— Mil peças!
— Mil... É impossível terminar hoje!
— Não seja idiota, é claro que é possível.
—... Baka.
— O que... Disse?
— Baka.
Aconteceu algo anormal: Kin ficou vermelha de raiva, e aumentou o tom de voz:
— Não me chame de Baka! Jamais se refira a mim com essa palavra!
— Baka.
— Seu... Seu...
De tanta raiva, ela ficava mais vermelha e mais fofa com raiva. Antes que rolasse alguma treta, peguei logo os dois quebra-cabeças (voando claro, odeio andar) e coloquei um a sua frente e outro ao seu lado, que seria o meu. Ela havia ficado normal, mas perguntou cheia de curiosidade:
— Como vou pegar o quebra-cabeça?

Eu não queria soltá-la para deixá-la pegar o quebra-cabeça, assim ela poderia fugir facilmente. Mas mesmo assim, já pronto para capturá-la de novo, soltei ela. Em vez de sair correndo, ela desempacotou o quebra-cabeça e começou a montar. Como eu não estava montando, ela perguntou:
— Moço, você vai ficar ai mesmo?
— Não sou moço, eu tenho nome, é Raymond!
— Moço ou Raymond, tanto faz! Você vai ficar ai parado?
Era tentador, mas eu não podia deixar a preguiça me contaminar de sentar no chão e começar a ‘’brincar’’ com ela. Já sentado, desempacotei o quebra-cabeça e deu um nó no cérebro quando vi a quantidade de peças e a imagem. As peças eram pequenas demais para eu conseguir colar numa imagem. Pensei que Kin estivesse longe de mim, já que consegui montar uma parte da paisagem. Quando fui olhar o dela, quase cai para trás: Kin estava quase terminando de montar o quebra-cabeça todo. Invoquei o Gárgula para tentar me ajudar com pelo menos a metade, mas o maldito foi tentar ajudar Kin. Cai para trás quando ela gritou:
— Terminei!
— Mentira!
— É sério, pode ver.
Fiz isso. Era verdade, ela havia terminado de acabar o quebra-cabeça. Depois de um minuto, percebi que a minha mão estava praticamente entrelaçada com a dela, e ela nem parecia perceber isso. Soltei rapidamente, me levantei e disse tentando parecer sério:
— Bom, muito bom, sua velocidade de memória é boa.
Segurei seus ombros e me aproximei mais dela, deixando-a toda vermelha.
— O-o-o-o-o-o-obrigada!
— Está com febre?
— N-n-n-n-n-não!
— Por que está gaguejando?
— V-você está muito perto!
Me aproximei mais de sua face, do lado de sua bochecha, deixando ainda mais corada.
— P-p-p-p-p-p-p-p-p-p-pare com isso!
— Isso o que?—Comecei a falar com uma voz rouca e sedutora.
— D-d-d-d-d-d-de fazer isso!
— Só estou perto de você.—Disse me aproximando ainda mais dela.
— S-s-s-s-s-sai de perto!
— Não estou afim.
Me aproximei dela e mordisquei de leve sua orelha direita. Ela ficou ereta por um instante e foi rapidamente para o outro lado da tenda.
— O-o-o-o-o que você fez comigo?! Sinto meu corpo inteiro ferver! Você colocou um veneno em mim?!
— Que veneno?
— N-n-não se faça de bobo! Você pôs um veneno em mim! Eu sei disso!
— Vê algo em minhas mãos? Não puis nada.
— Mentiroso! Eu sei que sim!
No mesmo instante, Hannah apareceu na tenda para ver se estava tudo bem com a prisioneira. Ficou decepcionada e começou a reclamar:
— Raymond! Por que a prisioneira está livre?
— Ela quis jogar quebra-cabeça.
— Não deixe!
— E por que não?
— Ela vai escapar seu idiota!
— Não escapou até agora.
— Por que está com a voz assim, meio baixa e um pouco de ‘’sedutora’’? Estava a seduzindo?
Quis deixar ela quieta, quando percebi que Kin havia fugido.
— Sua inútil! Deixou a prisioneira fugir!
— Droga! Vou mandar Armand e você para procurá-la, mas não me decepcione! Ou...
— ...
E assim, eu e Armand ficamos procurando por Kin pela floresta inteira.
— Você tinha que soltar ela, né Raymond?
— Culpa da Hannah.
— Cara, da próxima eu vigio.
— Não. Mas agora, eu vou por esse caminho, eu posso flutuar, esse canteiro tem espinhos paralisantes.
— Ok, mas não deixe ela fugir.
— Ok.
E eu fui flutuando procurando por ela. Aos poucos, eu comecei a pensar que a perdi, mas um som ‘’arf arf’’ me fez alegre de novo. Vi ela arrastando-se com as mãos e as penas cheias de furos. ‘’ Se furou nos canteiros. ’’ Pensei. Pousei ao seu lado e respondi:
— Não consegue correr?
Ela percebendo minha presença, disse:
— Vai embora!
Em seguida, ela caiu arfando pesadamente no chão. Segurei-a em estilo noiva e percebi que ela estava quente. Os canteiros haviam piorado a situação paralisando os braços e pernas dela.
— Vou lhe levar para a enfermaria do acampamento, depois a gente conversa!
E assim foi.

Quando finalmente chegamos na enfermaria, vi que a Elen estava "cuidando" dos feridos.

—Elen! Você pode fazer um antidoto pra ela?

A tecnomaga olhou para Kin, a examinou um pouco, ficou quieta.

—Posso, mas não é o veneno que está a fazendo ter febre, mas algo externo, vou preparar o antídoto, mas ela ficará aqui, onde eu possa ficar de olho no que a deixou com febre.