No ponto de encontro onde todos iriam se encontrar supostamente, o sol começou a se por e faltavam duas duplas para chegarem. Quem já havia retornado eram Asgore e Toriel, Undyne e Alphys. Os dois monstros chefes trouxeram os Memoryheads e a dupla Undyne e Alphys trouxeram dois dos Amálgamos, sendo um o pássaro derretido e um que tinha cabeça de musgo e corpo de sereia. Eles recebiam toda a atenção de Alphys enquanto os outros esperavam os outros Amálgamos e as duplas restantes. Derrepente, Undyne avistou uma das duplas chegarem.

Undyne: Vejam, Papyrus e Mettaton conseguiram!

Todos se viraram e viram os dois chegando, trazendo com eles dois amálgamos. Papyrus fazia o possível para ficar longe do cachorro, mas este não parava de ficar cheirando-o e babando em cima dele esquisitamente. Mettaton havia ensinado o outro amálgamo de corpo fino a desfilar, tanto que ele estava andando como se estivesse marchando em linha reta. Mettaton apenas observava o jeito como o amálgamo desfilava e sorria.

Mettaton: ...Com o tempo você pega o jeito.

Assim que eles chegaram, os dois amálgamos se reuniram com os restantes e foram até Alphys, recebendo-a alegremente. Por fim, Papyrus e Mettaton foram até os três guardiões.

Undyne: E aí? Deram muito trabalho?

Mettaton: Mais fácil que tirar doce de criança.

Papyrus: ... Tenta tirar um osso de um cachorro depois.

Papyrus não se conformou por ter tido o trabalho mais dificil de buscar o cão amálgamo, este não parava de ficar atrás dele seguindo-o. Undyne não conseguia evitar rir da situação dele e se perguntava como Sans reagiria com isso, e por falar nele...

Undyne: Agora falta a humana e o saco de ossos preguiçoso. Me pergunto como estão se saindo.

Mettaton: Quando eu penso nos dois, não consigo deixar de imaginar uma cena perfeita! Frisk estando em perigo, correndo de um dos amálgamos e derrepente, aparece o cara encapuzado, vulgo Sans, para salvá-la. Eles se olham e depois eles...

Undyne correu para tampar a boca do robô, irritada. Ele a essa altura já estava fazendo várias mímicas e poses como se estivesse atuando no lugar dos dois e não se deu conta de que os pais dela estavam assistindo tudo, confusos.

Toriel: ... Do que estão falando?

Undyne: Não é nada!

Ela sorriu sem graça e soltou suas mãos, uma delas indo até sua nuca. Mettaton, que quase caiu no chão, usou suas pernas para ganhar equilíbrio novamente e ficou em pé ao lado de Undyne, encarando-a, cruzando os braços e sussurando para ela.

Mettaton: Não vejo porque esconder isso, uma hora eles vão acabar sabendo de tudo.

Undyne: É ela quem deve contar sobre isso, não você.

Logo, os cinco se viraram para ver Alphys dando atenção aos Amálgamos e se aproximaram dela, ansiosos para saberem da ultima dupla que falta.

Undyne: Ei Alphys, ainda está faltando mais quem?

Alphys ouviu a pergunta dela e se virou para ver que haviam apenas cinco deles reunidos. Então ela olhou de volta para os Amálgamos e reconheceu cada um, porém, ela viu que havia algo errado. Alphys começou a se sentir tensa vendo todos os Amálgamos ali.

Alphys: Espere... Estão todos aqui!

Undyne: O que? Tem certeza que não tem mais ninguém faltando?

Alphys: ... Absoluta!

Papyrus: Mas... A humana e Sans ainda não voltaram!

Todos se entreolharam perplexos, se todos os Amálgamos estavam ali, como os dois iam voltar? Isso parecia uma armadilha planejada e como Frisk estava longe de todos, seria uma presa fácil para Gaster capturar. Ao menos Sans estava com ela, porém, eles não sabiam o que realmente havia acontecido nesse meio tempo.

Alphys pegou seu celular, desesperada e Toriel e Asgore fizeram o mesmo, cada um tentando ligar para Frisk. Alphys tentou controlar remotamente um dos computadores do laboratório para rastrear a localização deles. Ao mesmo tempo, Papyrus estava tentando consolar os monstros chefes, que se mostravam bastante preocupados.

Alphys: ... Eu não consigo rastreá-los.

Papyrus: Não se preocupe majestade! Meu irmão está protegendo muito bem a humana.

Logo após ele dizer essas palavras, eles ouviram um barulho repentino e viram Sans por perto, ele havia se teleportado para onde todos estavam. Sem expressão alguma, Sans não parava de encarar o chão. Todos olharam para ele assustados, vendo que ele estava sozinho.

Toriel: ... Sans?

Alphys: ... O-onde está Frisk?

Eles ouviram aquela pergunta em silêncio, sentindo-se tensos. Sans suspirou fundo e decidiu não omitir nada, ele era o responsável por ter deixado ela ser raptada.

Sans: ... Ela desapareceu.

Todos ficaram perplexos quando ouviram aquela resposta. A situação ficou ainda mais tensa e todos não sabiam como reagir diante daquilo. Undyne olhou-o furiosa e estava prestes a avançar nele, mas se conteve de socar seu crânio. Sans não se mexia e imaginou que ia levar um murro na cara por ter a deixado desaparecer.

Undyne: Como você deixou isso acontecer? COMO?

Asgore suou frio quando soube que Frisk não estava mais com Sans, no entanto, ele não deixou ser levado pela raiva. Asgore queria saber exatamente o que aconteceu e sabia que Sans não teria cedido sua proteção por nada. Ele se aproximou do esqueleto e perguntou seriamente, mas demonstrando preocupação.

Asgore: Sans... Como ela desapareceu?

Sans olhou para Asgore e vendo que ele se conteve em julgá-lo por seu erro, sua culpa estava explícita em seu rosto enquanto ele olhava para seu bolso, tirando o celular dela e mostrando a ele.

Sans: ... Foi por minha causa. Ela correu de mim até longe e quando a alcancei, eu a vi nas mãos dele. Ela deixou cair seu celular quando foi levada.

Alphys: ... Se foi Gaster quem a levou, então ela...

Sans: ... Ela foi levada para outra dimensão, é impossível localizar.

Asgore ouviu aquilo e não conseguia aceitar que Frisk havia desaparecido para sempre, tanto ele quando Toriel não queriam aceitar que a perdeu a mesma forma que seus filhos no passado. Asgore insistia para si mesmo em acreditar que havia uma chance de recuperá-la. Ele se virou seriamente para todos e falou em voz alta.

Asgore: Eu não vou aceitar isso... A vida dela está em jogo! Como guardiões da luz... Não podemos desistir!

Toriel: Asgore...

Todos olharam assustados para ele, mas aos poucos, eles se conformavam com o que ouviram e se entreolharam, concordando com ele.

Undyne: ... Eu concordo!

Assim que eles se uniram em propósito, eles estavam prestes a sair do local quando nuvens negras surgiram ao redor deles, cercando-os. Elas escureceram o local com a noite chegando. Todos olharam por todos os lados e se juntaram para ver se alguém aparecia por algum canto do local, mas somente era possível ouvir uma voz reconhecível. Gaster riu maliciosamente para eles e começou a falar.

Gaster: “... É um prazer vê-los novamente... Vocês caíram na minha armadilha e a humana está sob meu domínio.”

Sans: ... O que fez com ela?

Sans estava olhando para cima com furor em seus olhos, esperando que Gaster não tenha feito nada com ela ainda.

Gaster: “... Tenha calma, eu não toquei nela ainda. Se querem ter a chance de salvá-la, eu quero jogar um jogo com vocês.”.

Todos ouviram sua proposta, surpresos e não imaginavam que ele queria negociar com eles. Por mais que fosse uma chance de resgatar Frisk de suas mãos, aquilo parecia outra emboscada e eles não tiveram outra escolha a não ser aceitar. Asgore olhou seriamente para cima, decidido.

Asgore: ... Diga o que quer.

Gaster: “Passem pelo meu labirinto... Se conseguirem chegar até onde a humana está, eu a liberto... ”

Aquilo parecia fácil demais e Sans coontinuava inconformado com sua proposta, provocando-o.

Sans: ... Até quando vai continuar se escondendo? Tem medo de nos enfrentar?

Toriel: Pare! Não é dessa forma que vamos conseguir algo. Se nós temos uma chance, precisamos nos unir para salvá-la.

Por mais que isso seja verdade, Sans não aceitava que a situação se tornou pior do que antes, dessa vez todos tinham que unir forças para achá-la e derrotar Gaster de uma vez por todas. Vendo que Sans ficou quieto pela repreensão dela, Gaster suspirou satisfeito, convencido pelas palavras de Toriel.

Gaster: “Muito prudente, mas não fiquem tão animados... Vocês deveriam saber o quão difícil são meus enigmas...”

Após dizer aquilo, um portal negro surgiu na frente deles e dentro, mostrava uma miragem de outro local atrás do portal. Todos olharam apreensivos para aquele portal afrente e Gaster continuou falando para eles.

Gaster: “Ali está o labirinto. A partir do momento em que entrarem nele, eu desafiarei a humana para um duelo. Se não chegarem a tempo até ela morrer, considerem-se derrotados.”

Novamente, Gaster riu maliciosamente e o som da sua voz se dissipou aos poucos. O portal permaneceu estático ao lado deles e enquanto todos continuavam cercados pela névoa densa e escura, não parecia ter outra saída a não ser entrar no labirinto. Naquele momento, Undyne tomou coragem e falou a todos.

Undyne: Olhem, se não fizermos nada, a humana terá problemas... Não temos escolha, não é?

Alphys: E-eu... Queria ajudar...

Undyne: Eu sei Alphys, mas o melhor é você ficar aqui, não quero arriscar deixar você entrar.

Alphys estava triste por não poder fazer nada dessa vez, ela queria ter certeza de que Frisk estaria sã e salva, mas sabendo que seria uma luta árdua até resgatá-la, ela não podia se arriscar entrar no portal. Mettaton logo se aproximou dela e colocou sua mão em seu ombro, sorrindo para ela.

Mettaton: Então eu farei isso por você.

Alphys: C-certo... Tentem entrar em contato comigo se precisar.

Mettaton e Undyne concordaram com ela. Depois, todos se posicionaram pra perto do portal e ficaram encarando-o por alguns segundos.

Asgore: ... Entramos todos juntos?

Sans: O portal só cabe um de cada vez.

Toriel: Entraremos cada um em seguida para não nos perdermos.

Undyne: Certo, quando eu contar até três...

Antes mesmo de Undyne começar a contagem, Sans já estava prestes a entrar no portal antes de todo mundo. Ela ficou olhando-o, inconformada por não deixar ela prosseguir.

Undyne: ... Será que dá pra esperar?

Sans: Eu vou primeiro pra me certificar.

Antes de ela retrucar, ele correu e pulou, entrando no portal sem esperar Undyne contar e todos ficaram parados, esperando algum sinal dele. Segundos depois, eles ouviram uma voz vindo do portal.

Sans: ... Está seguro.

Asgore: Vamos agora.

Asgore foi logo em seguida e após ele, Toriel e Mettaton entraram no portal. Undyne ficou irritada por não terem esperado-a e ela pulou para dentro depois deles. Atrás restou Papyrus e Alphys e ela ficou esperando que ele entrasse no portal, porém, Papyrus não se sentia confortável naquela situação. Diante disso, ela começou a olhá-lo com preocupação.

Alphys: ... O que foi Papyrus?

Papyrus: É que eu... Eu nunca tinha me sentido assim antes. O que eu faço se eu ver ele?

Alphys: Tem algo te incomodando, Papyrus?

Ele não sabia como dizer o que estava sentindo, mas dentro de si, ele enxergava um fio de esperança em poder salvar tanto Frisk quanto convencer Gaster a largar suas ações maldosas. Porém, ao se lembrar da conversa que ele e Sans tiveram poucos dias atrás, Papyrus não desejava que Sans realizasse sua vingança por causa do passado, por isso ele se sentia dividido.

Papyrus: Não é isso... Eu não entendo porque temos mesmo que matá-lo para salvar a humana. Existe uma chance de mudar, certo? ... Se tentássemos ver que existe bondade dentro dele... Poderíamos dar outra chance?

Alphys ficou surpresa ao ouvir isso, não imaginando que existia ao menos uma pessoa como ele capaz de ver algo bom mesmo em tudo o que aconteceu. Suas palavras deram a ela uma nova visão e ela sorriu gentilmente para confortá-lo.

Alphys: Você é realmente incrível, Papyrus... Agora eu entendo porque você representa a bondade em pessoa.

Ele ficou surpreso ao ouvir as palavras dela e não imaginou que tivesse sido capaz de convencê-la em tão pouco tempo.

Papyrus: ... Você acha mesmo?

Alphys: Sim.

Ela se lembrou de algo e se virou para olhar seu celular novamente, refletindo. Sem saber como falar o que estava pensando, ela começou a babulciar com seu rosto, ficando vermelho.

Alphys: V-você... Já pensou em ter ouvido alguém e não viu quem era?

Papyrus: Tipo fantasmas?

Alphys: Não. É que... Eu acredito que dentro de cada um, existe uma consciência que não faz parte da nossa. Quando estamos realmente em apuros e pedimos ajuda, ela aparece e diz coisas que só cada um é capaz de ouvir e entender.

Papyrus: ... O que quer dizer com isso?

Alphys: ... Acredito que essa consciência que você tem falou isso com você. Só você tem a capacidade de perceber quanta bondade existe em alguém.

Antes que ela pudesse falar mais, Undyne gritou do outro lado do portal, interrompendo a conversa dos dois.

Undyne: Hey Paps, está ai?

Papyrus: ... Eu estou indo!

Novamente ele olhou para Alphys e não conseguia tirar sua expressão de confusão pelo que ela disse, ele estava prestes a fazer mais perguntas quando ela interrompeu a conversa.

Alphys: Não se preocupe... Isso é apenas teoria minha. Não precisa levar a sério...

Papyrus: Se eu descobrir algo eu te aviso.

Mesmo que não tivesse entendido a princípio, ele se sentiu determinado a descobrir se aquela teoria é mesmo verdadeira e Alphys deu a ele suas ultimas palavras de encorajamento, olhando-o com coragem e fechando seus punhos de empolgação.

Alphys: Certo. Estou contando com você Papyrus! Mostre a ele que você é capaz de convencê-lo.

Papyrus: Pode deixar! Eu, o Grande Papyrus, irei mostrar a ele como se faz!

Empolgado, Papyrus finalmente correu até o portal e pulou para dentro dele. Segundos depois, o portal começou a se fechar e Alphys observou-o se fechar até desaparecer completamente, restando ela e os Amálgamos. A névoa densa e escura se dissipou e os amálgamos permaneceram parados até avistá-la. Eles se aproximaram dela calmamente enquanto ouviam Alphys orar para si mesma, receosa.

Alphys: Por favor, ajudem-os...

Dentro do labirinto, os seis estavam observando o local onde o portal deixou-os e perceberam que estava muito escuro. Os muros que dividiam os caminhos do labirinto emitiam uma luz ultravioleta, separando cada muro do outro. O labirinto estava subdividido até terminar no centro. No final do labirinto, que se encontrava no centro, havia uma grande luz, acreditando que era o portal onde estava Frisk. Todos olharam os caminhos iniciais do labirinto e se depararam com três opções de ida: esquerda, centro e direita.

Toriel: ... Sinto uma intensa onda de energia negativa daqui.

Undyne: Parece que vamos ser sufocados a qualquer momento por ela.

Asgore: Transformemos agora.

Todos concordaram e pegaram seus emblemas, levantando para cima e proclamando em voz alta. Seus emblemas reagiram em uníssono e uma onda de luz preencheu-os, transformando-se rapidamente. Quando a luz ao redor deles cessou, todos volraram a se posicionar para entrarem no labirinto e ficaram observando as três opções de caminhos.

Asgore: ... Pelo visto, teremos que ir a duplas novamente.

Toriel: Como as duplas feitar por Alphys estão incompletas, trocaremos. Alguém escolhe?

Undyne se mostrou empolgada em escolher sua dupla e levantou a mão primeiro.

Undyne: ... Posso ir com Asgore?

Asgore: Será um prazer, Undyne.

Undyne: Mal posso esperar para lutarmos juntos!

Ansiosa, ela se juntou a Asgore pelo caminho esquerdo e ambos esperaram os quatro decidirem-se.

Metaton: Dessa vez, irei deixar meu fã numero um aos cuidados do seu irmão. Gostaria de vir comigo, majestade?

Toriel: Bem... Então vocês irão como dupla.

Mettaton e Toriel se dirigiram ao lado direito, deixando Papyrus e Sans no caminho do meio. Antes de entrarem, Asgore falou uma ultima vez para encorajá-los.

Asgore: Fiquem sãos e salvos, quando acharem o portal, mande um sinal para que possamos seguir o caminho. Que o Deus da Luz esteja conosco.

Todos respiraram fundo e começaram a andar, entrando no labirinto. Alguns passos depois, a entrada se fechou rapidamente e todos olharam para trás assustados, vendo que não era mais possível ver de onde entraram, eles tiveram que se virar e seguir em frente.

Passando algum tempo, Asgore e Undyne estavam olhando em volta do labirinto, os muros eram brancos e pareciam miragens cercados por uma aura roxa escura. Eles andaram por vários caminhos e estranharam não terem ativado alguma armadilha nesse lugar, porém, ambos não abaixaram a guarda em momento algum. Undyne continuava olhando por todos os lados segurando sua lança, apreensiva, até que Asgore começou a reparar a tensão que Undyne tinha e ele resolveu confortá-la, colocando sua mão no ombro dela, exibindo um sorriso gentil.

Asgore: Você parece muito nervosa, não precisa ficar assim.

Undyne: Mas... Como você consegue ficar calmo? Mesmo vendo sua filha em perigo...

Ele continuou olhando-a gentilmente, tocado pela sua peocupação. Logo, ele se virou e olhou para a frente.

Asgore: Sentimentos como a raiva e desespero não nos deixam focar no que queremos. A paciência é a chave para trazer o equilíbrio.

Undyne só conseguia olhar para ele, surpresa por ouvir aquelas palavras tão puras e sensatas, mesmo diante de um perigo desafiador.

Undyne: ... Incrível, descobriu isso por si mesmo?

Asgore: Na verdade, isso sempre passa pela minha cabeça.

Repentinamente, ambos sentiram uma onda de energia negativa vindo dos dois lados, eles olharam um para um lado e viram esferas de magia negra voando em direção a eles. Undyne invocou várias lanças apontadas para cima para se proteger e Asgore invocou seu escudo imediatamente para bloquear os projéteis. Os dois conseguiram impedir o ataque a tempo. Quando estes foram bloqueados, as esferas deixaram uma leve nuvem de fumaça ao redor até desaparecer. Os dois se sentiram aliviados após o incidente e voltaram a andar, atentos. Asgore logo percebeu um brilho vindo do chão e avisou-a.

Asgore: O chão, cuidado!

Undyne logo olhou para baixo e percebeu que uma área do solo estava se enchendo de energia, prestes a atacar de baixo. Ela logo pulou para fora da área e Asgore ficou parado atrás da mesma, imediatamente a área se estendeu para cima, criando uma coluna de magia. Undyne olhou assustada para trás e viu que a coluna de energia que surgiu foi se fechando e criando um novo muro, dividindo os dois.

Undyne: Asgore, não!

Antes que ela tentasse atravessar a coluna, Undyne acabou batendo contra o muro para tentar passar, inclusive, ela não conseguia ouvir voz alguma do outro lado. Ela fechou seu punho e bateu contra a parede de raiva. Mesmo sabendo que ela não podia ficar ali, Undyne se virou para o caminho que se seguia e juntou coragem para prosseguir. Ela respirou fundo e tentou manter a calma enquanto segurava sua lança. Alguns passos depois, Undyne parou e reparou em uma luz flutuante que a deixou hipnotizada. Ela inevitavelmente ergueu sua mão em direção àquela luz, almejando tocá-la.

Enquanto isso, Toriel e Mettaton estavam andando e olhando por todos os lados, se precavendo, até que ela parou por um momento, decidindo perguntar algo ao robô.

Toriel: Foi você que organizou a festa e deu o vestido a Frisk, não é?

Mettaton: Sim majestade, ela estava fabulosa, não achou?

Toriel: Então... Você pretende fazê-la se apaixonar por alguém?

Ela disse num tom sutil e se virou para encará-lo seriamente, suas pupilas viraram fogo naquela hora e Mettaton reagiu perplexo, não querendo que ela o matasse. Ele tentou se explicar rapidamente, gaguejando e balançando as mãos freneticamente.

Mettaton: N-não... Não é o que pensa majestade! A humana já é uma moça, não estou forçando ela a nada disso, ela tem que escolher por si mesma... Claro que a senhora sabe disso...

Toriel: Entendo...

Ela parou de encará-lo e se virou para frente, suspirando alto e recordando os poucos momentos que esteve com Frisk recentemente.

Toriel: Ela parecia tão distante ultimamente... Me pergunto no que ela estaria pensando que não quis me contar.

Ele apenas ouviu-a, sabendo que ela estava preocupada com Frisk nos últimos dias, porém, ele não se atrevia a perguntar sobre assuntos de mãe e filha. Enquanto isso, Toriel começou a relembrar do passado dela com Frisk, e sorriu para si mesma.

Toriel: ... Parece que foi ontem que eu a vi, caída nas ruínas... Ela parecia tão pequena e indefesa, mas... Algo me dizia que ela era a escolhida.

Mettaton: Impressionante.

Mergulhada em seus pensamentos, Toriel não se deu conta do que havia falado e se recompôs sutilmente, ela logo olhou para trás e sorriu gentilmente.

Toriel: Me desculpe. Me deixei levar, continuemos, sim?

Mettaton: ... E como soube antes que ela era a escolhida?

Toriel: Foi minha intuição que falou.

Ele apenas concordou com ela, surpreso com aquele poder misterioso que Toriel tinha. Quando ela se virou para olhar em frente, sua visão escureceu e ela teve um mau pressentimento, algo estava para acontecer naquele instante. Imediatamente várias esferas de magia negra voaram na direção deles, prestes a acertá-los. Toriel rapidamente invocou o livro e este levitou a frente dela, se abrindo e folheando suas páginas rapidamente, criando um campo de gravidade nula numa área onde estavam as esferas de energia. Ao atravessarem a área criada pela magia dela, as esferas pararam imediatamente em frente a eles e Mettaton invocou correntes do chão, em poucos segundos, as correntes atravessaram as esferas paradas e as fez explodirem, criando uma nuvem de fumaça ao redor. Ao recobrarem a visão, eles viram que as esferas haviam desaparecido.

Toriel: Foi por pouco.

Eles suspiraram aliviados e voltaram a andar em frente. Mettaton repentinamente olhou para baixo e viu uma área do solo que estava recebendo energia. Ele olhou para Toriel e viu que ela estava prestes a pisar nessa área.

Mettaton: Cuidado!

Antes que ela se virasse para trás, tentando entender o que estava acontecendo, ele a empurrou para impedi-la de pisar nessa área e ele rapidamente recuou para trás. Toriel inevitavelmente caiu no chão e olhou para trás, percebendo que havia uma coluna de magia criada entre eles. Essa coluna imediatamente se materializou em uma parede, separando-os. Mettaton correu até o muro e bateu nela, chamando por Toriel, mas não ouviu nenhuma resposta. Do outro lado, Toriel correu até o outro lado do muro e chamou-o repetidamente. Sem ouvir uma resposta, ela desistiu de continuar chamando-o e decidiu seguir em frente, assustada. Vendo que ela deveria continuar sozinha, ela deu alguns passos para frente e viu uma luz flutuante, levitando a frente dela. Aquilo deixou Toriel hipnotizada e inevitavelmente, ela estendeu a mão, almejando tocar aquela luz.