Depois que ambos saíram do laboratório, Sans tirou seu braço dos ombros de Frisk e os dois continuaram andando em silêncio. Ele ficou pensando se havia a incomodado por ter abraçado-a sem seu consentimento, e ela, se perguntando por que ele havia feito aquilo. Depois da conversa que ambos tiveram ontem, isso os deixou mais próximos? Havia alguma chance dele corresponder? Ela parou de pensar nisso e balançou a cabeça levemente, recusando-se a acreditar. Aquilo não era provável, pela situação em que estavam, ele tinha que protegê-la agora e nada mais devia interferir naquilo.

Antes de irem até o local, ambos foram até a casa dos irmãos e Sans foi até a cozinha pegar alguma comida que tinham guardado na geladeira. Enquanto aguardava na sala, Frisk continuou pensando no que havia acabado de acontecer, ela acabou confessando a seus amigos e eles estavam torcendo para que ela seja correspondida. Ela acabou fazendo a mesma pergunta para si mesma, de anos atrás, se era realmente possível que um humano e monstro fiquem juntos. Ainda assim, lea não sabia a resposta. Subitamente, seus pensamentos foram interrompidos quando ela viu Sans saindo da cozinha com uma cesta de palha em sua mão, ele iria levá-la durante a viagem.

Frisk: E o que tem aí?

Sans: ... Comida ué.

Após ouvir a resposta, Frisk fechou a cara e seu punho, querendo mandá-lo para longe verbalmente, e Sans ficou rindo da cara dela, depois de falar a resposta tão óbvia. Rapidamente, eles sentiram seus celulares tocarem, a mensagem que ambos receberam mostrava um mapa com um ponto assinalado na fronteira entre a cidade e uma floresta.

Sans: Está longe daqui, teremos que ir por outro meio.

Frisk: Você diz como nos velhos tempos?

Sans: Isso aí.

Eles guardaram seus celulares e Frisk se virou olhando-o, esperando que ele estendesse sua mão, porém ele olhou-a com um pouco de receio e queria dizer algo antes.

Sans: Sobre ontem... Você não se arrepende de ter ouvido?

Frisk: ... Por que está perguntando isso?

Ele não achava que ela tinha aceitado facilmente o que ouviu, mas ao ver que ela olhou-o assustada para a sua pergunta, ele desistiu de ter falado sobre aquilo e virou sua cabeça para o lado.

Sans: Nada, só estou pensando demais.

Frisk não entendeu porque ele estava assim, ela não gostava de vê-lo tão distante e sem saber como ajudar. Porém, repentinamente, ela abriu os olhos quando algo veio na sua mente, será essa a hora de mostrar a ele? Ela queria provar que ela não era quem ele achava que fosse. Talvez isso o fizesse mudar de ideia sobre sua pessoa? Convicta disso, ela se encheu de determinação para falar e voltou a olhá-lo.

Frisk: ... Eu não me arrependo de ter ouvido sobre seu passado, Sans. Eu me importo com todo mundo porque eu quero ver todos bem, assim como você também. Eu quero que você também conte comigo, se precisar de um ombro como você sempre cedeu pra mim, eu gostaria de ajudar.

Depois de ouvir sua resposta, Sans voltou a olhá-la surpreso, não esperando aquilo. Ele não tinha uma resposta na hora e ficou olhando-a enquanto sua mente processava mil coisas. Sans devia saber que ela era assim com todos, então quando ela teve a chance de fazer algo por ele? Isso realmente o pegou de surpresa e ele se sentiu aliviado após saber que ela realmente o aceitou como é. Depois de se olharem por vários segundos, Frisk não evitou ficar nervosa, esperando a sua resposta, por fim, ele teve a coragem de falar.

Sans: Heh... Obrigado. E desculpe se isso te incomodou.

Frisk: ... Está tudo bem.

Ela sorriu pacientemente, fazendo-o se sentir mais aliviado. Logo, ele estendeusua mão e ela segurou-o, fazendo ambos se teleportarem até a entrada de uma floresta escura. Sans começou a suspeitar daquele local e antes que Frisk desse um passo à frente, ele barrou-a e começou a olhar para os lados, desconfiado.

Sans: Não me parece seguro aqui...

Frisk: Mas temos que encontrar o Amálgamo.

Sans: Espere... Vou ligar para Alphys e saber se devemos procurar aqui mesmo.

Frisk viu-o se virar e pegar seu celular, ela podia ver que ele estava mesmo nervoso enquanto ligava para Alphys. Enquanto isso, ela parou e continuou observando a entrada da floresta enquanto ele esperava que Alphys atendesse. Segundos depois, ele desligou a ligação, desapontado.

Sans: Ela não atende, então vamos tomar cuidado.

Frisk: ... Desse jeito você vai me deixar nervosa.

Sans: Hehe... Não tem porque ter medo, criança.

Frisk: Eu não estou com medo!

Ela começou a andar na direção da floresta, tomando coragem para ele ver que ela não era medrosa. Sans apenas observou-a entrar pela floresta e seguiu-a, sem deixar de observar seu interior. Enquanto andavam, eles viram que a floresta estava ficando densa, cheia de árvores e a luz estava ficando escassa, o amálgamo poderia se esconder ali facilmente e seria difícil acha-lo só procurando.

Frisk: ... Será que vamos mesmo encontrá-lo no meio disso tudo?

Sans: Seria mais fácil se acharmos um lugar aberto.

Eles andaram alguns metros a frente e puderam achar um espaço aberto, cercado de árvores e alguns arbustos. Como as árvores estavam impedindo a passagem da luz, o amálgamo poderia se esconder ali facilmente. Ambos pararam e começaram a olhar o espaço ao redor, procurando pelo monstro.

Frisk: Deviamos chamar ele?

Sans: Se quiser tentar...

Ela se virou para o espaço aberto e aumentou sua voz para chamar o amálgamo, esperando que ele aparecesse, enquanto isso, Sans continuou olhando para todos os lados cautelosamente.

Frisk: ... Olá? Viemos buscar você para te levar até sua família...

Os dois esperaram alguma resposta enquanto continuavam olhando por todos os lados, porém, o amálgamo não apareceu. Frisk ficou um pouco desapontada.

Frisk: Mas ele devia estar aqui...

Sans: Então teremos que usar uma isca.

Frisk: Mas isso vai parecer que estamos caçando ele.

Sans: Ainda temos que trazer ele de volta como combinamos.

Frisk: ... Ok então.

Ela suspirou fundo e teve que concordar com sua ideia, ela mal sabia se usar comida como isca era tão amador quanto chamar o monstro em um lugar aleatório, esperando que aparecesse. De qualquer forma, eles tinham que dar um jeito de encontrar o Amálgamo e levar de volta até os outros. Sans pegou da sua cesta o saco de batatas que Alphys havia dado e Frisk olhou o melhor lugar para deixar o saco aberto. O aroma expelido do saco era sutil, ao mesmo momento que ela abriu o saco, um uivo surgiu no fundo da floresta. Frisk ouviu aquele som e sentiu um arrepio. Sans continuava observando e acabou rindo da reação repentina dela.

Sans: ... Não precisa ter medo, tem um guarda costas do seu lado, esqueceu?

Frisk: Eu já disse que não estou com medo.

Frisk se virou, irritada e começou a colocar as batatas no chão em círculos, Sans estava olhando para aquilo, confuso e não deixou de achar engraçado o modo como ela colocava as batatas no chão.

Sans: Não sabia que vocês faziam um ritual para atrair alguém.

Frisk: ... Quer parar?

Sans: Ok, não vou falar mais nada.

Ele ficou de costas e continuou rindo daquilo, Frisk já não estava mais aguentando as provocações dele e decidiu virar o saco de batatas ao avesso, esparramando as batatas por todo o lado. Quando ela terminou, Frisk foi até um arbusto se esconder atrás e Sans fez o mesmo, em um arbusto ao lado, ambos ficaram esperando pacientemente até ele cair no cochilo.

Se passaram vários minutos e Frisk estava ficando ansiosa demais para ver se daria certo, logo, deu meia hora e e ela concluiu que teria que usar de outro meio.

Frisk: ... Esquece, vamos ter que usar outra coisa, o que mais você trouxe?

Ela virou seu olhar até ele e viu Sans cochilando atrás do arbusto. Frisk olhou para aquilo inacreditada e começou a ficar irritada. Como ele conseguiu dormir a uma hora dessas? Eles estavam no meio de uma missão e ele devia ajudar, além disso, ele devia estar protegendo ela.

Frisk: ... Eu vim aqui pra ver você DORMIR? Que tipo de guarda-costas é você?

Ela não queria acreditar que ele fez aquilo de propósito, Sans estava dormindo tranquilamente e Frisk decidiu não depender mais dele. Ela saiu do arbusto onde estava escondida e viu a cesta que estava do seu lado, decidindo pegá-la. Enquanto ela estava se aproximando lentamente para pegar, ela mal notou que seu corpo começou a brilhar azul, repentinamente, Frisk levou um susto quando viu que seu olho estava aberto e sua íris brilhando azul. Ela foi empurrada para trás, caindo sentada. Ela olhou perplexa afrente e viu que Sans havia acordado e sua mão direita estava estendida para frente. Ele não evitou sorrir triunfante ao ver a cara de susto dela.

Sans: ... Desde quando você mexe nas coisas dos outros?

Frisk: Isso não tem graça!

Sans: E você achou que eu não estava fazendo meu trabalho, isso foi rude.

Frisk: Você estava dormindo!

Sans: Na verdade não, eu fiz isso de propósito para ver sua cara e deu certo.

Ela ficou bem irritada ao ouvir que havia caído facilmente no seu truque. Frisk já estava perdendo a paciência com suas provocações que teve que aguentar o dia todo, e com essa última, ela se levantou e olhou para Sans, furiosa.

Frisk: Já chega! Até quando vou ter que continuar aturando você e suas atitudes infantis?

Quando ela começou a soltar sua raiva, Sans se assustou ao ouví-la daquele jeito e se manteve recuado e com as mãos levantadas, tentando acalmá-la.

Sans: Wow... Vai com calma aí, eu só estava brincando!

Frisk: Eu não quero saber! Você não fez nada até agora então se vira, eu vou só ficar olhando.

Sans: ... Tá?

Após descontar sua raiva, Frisk se virou e foi novamente até o arbusto se sentar atrás do mesmo, se escondendo até mesmo da vista dele. Sans apenas olhou aquilo e suspirou fundo, ele sabia que havia deixado-a bem irritada, mas não podia deixá-la ali sozinha. Frisk se encolheu entre as pernas e seus braços abraçaram o vazio acima dos joelhos. Enquanto estava escondida, ela percebeu que Sans estava olhando-a de outro arbusto, ela levantou a cabeça e viu-o a poucos metros dali.

Frisk: ... Por que está me olhando?

Sans: Sabe que eu não posso te deixar sozinha.

Ela desviou seu olhar e se virou para o lado, dessa vez, com o rosto levemente corado, enquanto ficava enojada consigo mesma. Ela odiava quando ele ficava fazendo brincadeiras de mau gosto, e depois, ele sempre dava um jeito de parecer que se importava com ela. Frisk sabia que ele só estava protegendo-a enquanto não podia se defender, mas isso conseguia enganar seu coração temporariamente. Ela odiava aquilo e não entendia porque gostava dele. Se ele não fosse tão chato, talvez até aqueles encontros mal sucedidos que ele teve iriam importar para ela. Frisk não evitou soltar um nome, em voz baixa enquanto desabafava para si mesma.

Frisk: ... Seu mulherengo idiota...

Sans: Eu ouvi isso.

Frisk rapidamente virou sua cabeça para vê-lo, assustada, ela jurava que tinha dito aquilo para ela mesma, mas depois que ouviu-o dizer aquilo, ela viu que ele ficou estranho. Ele se levantou e suas pupilas desapareceram, mostrando um sorriso sinistro.

Frisk: ... O que?

Sans: Por que me chamou de mulherengo?

Ela também se levantou do arbusto e ambos começaram a se encarar. Por um momento, Frisk percebeu que ela não tinha porque estar com medo, tanto ela quanto ele sabiam que isso era verdade e Frisk se aproveitou disso para descontar sua raiva nele.

Frisk: Não se faça de bobo, eu ouvi que você já saiu com um monte de mulheres antes.

Sans: Quem te contou isso?

Frisk: Eu fiquei sabendo na festa, várias meninas não paravam de falar de você.

Sans: ... E ficou com ciúmes?

Ele não evitou e começou a olhar para ela sarcasticamente, fazendo Frisk olhá-lo espantada e nervosa. Ela virou sua cabeça ao mesmo tempo em que seu rosto voltou a ficar vermelho.

Frisk: ... Eu não tenho porque estar com ciúmes.

Sans: Uhum... Acredito.

Ele disse isso coçando o queixo enquanto continuava olhando para ela maliciosamente. Frisk começou a se sentir desconfortável com o que estava acontecendo e não conseguia acreditar que ele começou a agir tão descaradamente. Mesmo assim, ela não abaixou a guarda e voltou a encará-lo, cruzando os braços.

Frisk: E o que você esperava com isso?

Sans: Que eu saiba... Muitas mulheres preferem caras com experiência. Se você quiser...

Ele começou a se aproximar dela sorrateiramente, o olhar que ele mostrou deixou-a com escalafrios. Frisk descruzou os braços e estava prestes a recuar dele, mas ela não conseguia. Frisk não parava de olhá-lo enquanto sentia um frio no estômago, ficando extremamente corada. Eles estavam bem próximos até ele aproximar seu crânio perto do ouvido dela, sussurando.

Sans: ... Eu devo dizer que tenho gostos muito peculiares.

A partir daquele momento, ela ficou estática. Sans não sabia o que ela sentia por ele. Por mais que ela quisesse tê-lo por perto, Frisk sentiu que aquilo não deveria continuar, ele não a correspondia da mesma forma e isso estava sendo doloroso. Pelo visto, ele sempre foi assim com outras mulheres, com ela não seria diferente. Frisk resistiu à provocação dele e o empurrou com força para trás, sentindo raiva e desgosto. Ela não sabia mais como reagir e imediatamente, ela correu para longe e não esperou Sans intervir, ela queria ficar longe dele, de todos e de qualquer coisa. Frisk nem se importava mais de ter sua alma roubada por Gaster a partir dali, ela só queria desaparecer.

Enquanto isso, Sans ficou perplexo com o que acabou de acontecer, dessa vez ele percebeu que havia ido longe demais, mas então, porque ela reagiu daquela forma quando ambos estavam tão próximos? Ele não ia ceder a menos que ela quisesse, mas ele não calculou o quanto isso havia a magoado. Quando ela correu para longe até desaparecer de sua vista, a princípio ele pensou em impedí-la, mas sabendo que dessa vez era por culpa dele, ele ficou irado consigo mesmo, vendo que agiu como um completo babaca por aquilo e agora a situação havia saído do controle. Mesmo assim, ele não podia deixá-la sozinha, Sans não perdeu tempo e se teleportou até onde Frisk provavelmente estaria, porém ao chegar ao local, ele só viu árvores e mais árvores ao redor. Ele voltou a procura-la desesperadamente e não pensou duas vezes a não ser ligar para ela.

Frisk saiu da floresta e avistou uma árvore que estava perto de uma casa ao lado. Ela foi até lá e se escondeu, ela cobriu o rosto com as mãos, tentando esconder seu choro em vão. Ela nem tinha percebido que um senhor havia visto-a escondida ali, chorando sozinha. Ele se aproximou dela, preocupado.

Senhor: O que uma moça está fazendo aqui sozinha?

Frisk: ... Não é nada, eu... Vou ficar bem.

Senhor: Oh... Entendo. É por causa de alguém que está chorando?

Frisk: ... É.

Senhor: Não se preocupe, os rapazes da sua idade não entendem o coração das moças.

Frisk: ... Eu sei.

Frisk não deveria concordar com aquilo exatamente, pois ela imaginava que Sans era bem mais velho que ela, no entanto, com relação a sua idade mental, ela provavelmente concordaria. Subitamente, ela sentiu seu celular vibrar e ao pegá-lo, ela viu que Sans estava ligando. Frisk não quis atender sua ligação e desligou a chamada, sentindo raiva. Enquanto segurava o celular, Frisk acabou parando de chorar e se sentiu bem na companhia daquele senhor, ela enxugou suas lágrimas e exibiu um sorriso sereno.

Senhor: Você precisa de ajuda para voltar para casa?

Frisk: Eu não posso voltar, eu prometi uma amiga que iria ajudar ela a recuperar seus amigos. Eu tenho que terminar o que eu prometi.

Senhor: Amigos que se importam um com os outros, que bom... Gostaria que eu te acompanhasse?

Frisk: Obrigada, mas... Eu devo ir sozinha. Me perdoe se isso te ofendeu.

Senhor: Não se preocupe! Quanto mais ajuda, melhor, não é?

Ela viu a insistência do senhor e olhou-o um pouco desconfiada, ela esperava que ele não estivesse fazendo aquilo por mal.

Frisk: ... Você é contra os monstros?

Senhor: De forma alguma, eu sou a favor deles. Se você estiver ajudando os monstros, eu serei grato em poder ajudar.

Frisk: ... Entendo.

Ele estendeu sua mão, sorrindo alegremente e Frisk sorriu de volta, decidindo segurar a mão dele. Ela estava se virando para ir até a floresta, acompanhada do senhor quando viu que tudo ao redor estava desaparecendo sob uma aura sombria, distorcendo todo o cenário, se tornando escuro. No fundo, Frisk ouviu uma voz sinistra e se virou para o senhor, que estava encarando-a com um olhar maligno.

Senhor: Sinto muito, mas nós faremos isso...

... do MEU jeito.

Ele subitamente mudou de forma até revelar sua verdadeira identidade, era Gaster, escancarando um sorriso maligno e assustador. Frisk olhou perplexa e quando se deparou consigo mesma, ela sentiu que estava imóvel, suspensa no ar. Nuvens negras imobilizaram seu corpo e ela tentou lutar para poder se soltar, em vão. Dessa vez, ela estava com medo de ter que ceder e entregar sua alma para ele e Frisk não sabia até onde isso ia dar. Se ela não tivesse fugido de Sans, provavelmente isso não teria acontecido. Maldita suposição, ela sequer tinha parado pra pensar na sua segurança, agora ela está a mercê dele e Frisk começou a se arrepender amargamente por tê-lo deixado, ao mesmo tempo em que insistia para se livrar de sua prisão.

Frisk: ... Me solta!

Gaster: Tarde demais... Agora vamos ao que interessa: sua alma. Eu te darei a chance de fazer um acordo pacífico, ou então, eu o arrancarei a força... O que prefere?

Frisk não entendeu porque ele decidiu dar uma chance a ela, o que ele pretende? Ela imediatamente pensou nos seus amigos e ela sabia que eles contavam com ela. Frisk tinha que continuar lutando por si mesma e por eles, com isso, ela se lembrou da promessa que havia feito no dia anterior, isso deu a ela forças novamente para enfrenta-lo, seja lá como for.

Frisk: Eu não irei negociar com você.

Gaster: Eu não te darei outra oportunidade, humana. Você não tem chance alguma contra mim.

Frisk: Eu sei que não tenho, mas eu não vou desistir.

Gaster: Que seja! Seus amigos virão atrás de você! Mas antes disso... Farei um jogo especial que eles NUNCA vão parar de jogar.

Gaster começou a rir maleficamente enquanto o cenário ao redor voltou ao normal. Sans conseguiu alcançar a saída da floresta e viu tanto Frisk, agonizada, presa pelas correntes de nuvens negras, quanto Gaster, que estava olhando para ela sinistramente. Quando ele reparou que Sans estava por perto, ele virou sua cabeça para vê-lo e não parou de rir diabolicamente, deixando-o irado. Sans tentou atingí-lo com seus Gaster Blasters, mas Gaster conseguiu desaparecer, levando Frisk junto. Após ambos desaparecerem, Sans viu o celular dela, caído no chão. Ele se aproximou e pegou o celular dela, a primeira coisa que exibia na tela eram as chamadas que ela não atendeu, vindas dele.

Sans não conseguiu acreditar que aquilo acabou assim, ele fechou seu punho com força enquanto segurava o celular na outra mão. Ele se perguntava como iria contar a todos que Frisk desapareceu. Gaster havia conseguido captura-la, o que ele vai fazer depois disso? Seu rancor aumentou ainda mais e sua visão escureceu novamente. Ele aparentava estar pálido, porém, ele tinha um sorriso sinistro no rosto.

Sans: Heh... Você nunca aprende, não é? Devo dizer que se continuar dessa forma... Garanto que não vai acabar bem pra você.

Após dizer essas palavras, ele se teleportou do local, indo de encontro aos outros.