– Crucios – o comensal gargalhava ao lançar o feitiço - Crucios, vamos seu traidor de sangue, levante-se.

Enquanto Rony estava sendo torturado como se fosse um brinquedo por um dos comensais, Harry estava em um quarto que ficava ao lado da cozinha, isolado, apenas ouvindo os gritos de dor do ruivo.

Os comensais já tinham torturado o loiro alto, e agora estavam com Rony. O que era mais incrível era que os comensais tinham uma estranha certeza de que não seriam encontrados pelos aurores, certeza essa, que os aurores também estavam começando a sentir.

Afinal já haviam se passado quatro dias desde o desaparecimento deles, e poucas pistas conseguiram encontrar.

Agora estavam sendo separados em cômodos diferentes, depois que um dos comensais ouviu Robert murmurar algo para outro auror. Como castigo lhe arrancaram um dos dedos da mão e deram risadas ao ver o sangue escorrer pelo ferimento do jovem rapaz.

Dava para sentir a dor, e ver no rosto de todos, que o desespero estava aumentando.

– Você será o próximo, esta ouvindo Sr° Potter - gritou um comensal que passava no corredor.

– Ainda não entendi Arthur, porque o senhor Flant lhe deu esses dias de folga? - perguntou Molly ao marido.

– Eu já disse Molly, é só porque ando um pouco cansado ultimamente.

Senhor Flant é o chefe do Departamento do Sr° Weasley, porém quem havia pedido o afastamento era o próprio Ministro, Arthur não conseguira se controlar muito bem após a noticia do desaparecimento.

– Mas você estava tão bem disposto na semana passada, não me parecia cansado.

Ele apenas assentiu com a cabeça e saiu para ir até seu quartinho de artefatos trouxas, ficou um tempo parado ali, relembrando aquele dia...

Flash back onn:

Mas é o que eu estou dizendo Taylor, aquele tal de ferrio de passar é um objeto essencial para os trouxas...

O homem lhe deu um sorriso.

– Eu sei Arthur, vou ver o que posso fazer para conseguir um pra você, Ai - um memorando bateu com força na cabeça de Taylor - É pra você, estou indo, se eu chegar tarde em casa logo no dia do aniversário de Samantha ela me mata.

– Até Taylor.

Arthur Weasley abriu seu memorando e não se impressionou quando viu quem o tinha enviado. Caminhou lentamente pelas mesas adiante e saiu da sala.

Quando foi cumprimentá-lo soube que algo estava errado, o Ministro estava de cabeça baixa, e não sorria como sempre fazia com seu jeito simpático.

– Arthur - cumprimentou.

– Ministro, em que posso ajudar.

– Arthur, há muito tempo que nos conhecemos - Arthur assentiu - e isso não será nada facil pra mim, mas você é a única pessoa para quem posso avisar, creio que sua esposa não reagiria bem e...

– O que houve?

– Infelizmente Arthur, os comensais capturaram Rony, Harry e outros aurores que estavam na missão.

Ele ficou pálido e várias imagens se passaram em sua cabeça, foi impossível não pensar no pior.

– Por favor, não me diga que... Não me diga que...- disse o Sr° Weasley ficando pálido e desesperado.

– Não Arthur, não temos noticias ainda, fui informado ainda há pouco, mas já pedi a Wollin para fazer tudo o que for possivel. Vamos tentar manter a calma, sei que não é facil, mas preferi contar porque tenho admiração por você, e não queria lhe esconder algo tão sério assim.

– Eu sei Kinglesly, e agradeço por ter me contado. Mas como aconteceu? O que houve?

– Eles estavam em Las Vegas, para uma captura de alguns comensais, deveria ser simples, mas achamos que provavelmente caíram em uma emboscada, ou foram surpreendidos, ainda não sabemos, estamos trabalhando com todas as hipóteses. E até agora não temos nenhuma pista. Mas não se preocupe Arthur, farei de tudo para encontrá-los, e eles são espertos.

– Só espero que já não tenha acontecido o pior...

– Tenha paciência, qualquer noticia nova eu aviso - o imediatamente.

Flash back off

Foi assim que soube que seu filho e Harry estavam nas mãos de comensais, e o que mais lhe atormentava era não poder contar a sua família.

Não queria que o desespero tomasse conta de todos, assim como estava tomando conta dele próprio.

Não, não deixaria isso acontecer, esperaria mais algum tempo, uma semana talvez, para contar que eles estavam desaparecidos.

Ver sua filha preocupada com a demora de Harry, e sua esposa lhe dizendo que já deviam estar retornando, era angustiante, mas nesse momento deveria ser forte e apenas aguardar.

A porta do quartinho se abriu, e Harry teve sua visão ofuscada pela claridade que há muito não via.

Sentiu uma mão apertar o sue braço e o arrastar para fora daquele lugar, sentiu chutes em seu abdômen, e ao olhar para cima, para o rosto da pessoa, viu que se tratava de Honnilque, um comensal que estava na batalha de Hogwartes, ele sorria abertamente enquanto arrastava Harry pelo corredor.

– Agora é sua vez, não foi bom aniquilar o Lord? Agora vai sentir isso bem aos poucos.

Ao chegar à sala, onde provavelmente estavam sendo aplicados os “castigos”, Harry pode perceber a quantidade de sangue que havia esparramado pelo chão, era assustador.

Deram gargalhadas, chutaram e lançaram feitiços em Harry, a dor era tanta que ele mal conseguia sentir mais o seu corpo.

Nunca foi de desistir, mais dessa vez estava implorando para que o matassem logo, para que aquilo acabasse.