Não demorou nem 10 minutos para Selene aparecer na mansão dos Starks. Pepper a esperava sentada no sofá ainda. Ela avistou sua mãe e suspirou. Pepper nada disse apenas a seguia com o olhar até Selene quebrar o silêncio.

—Odeio quando a Senhora não fala nada... –Pepper sorriu, o sorriso que desmontava Tony e assim era com seus filhos.

—Você, fica aqui, vou descer e como disse seu irmão, acalmar a fera.

—Preciso trocar de roupa? –Pepper olhou-a dos pés à cabeça, e riu. Ela vestia um shorts, tênis e uma camiseta da banda de rock que Tony mais amava.

—Só com essa sua camiseta você já conquistaria seu pai. –disse levantando-se, passou a mão no rosto da filha e foi na direção do elevador.

Selene encostou a cabeça no encosto do sofá e disse alto na sala:

—Por que é que eu tenho que ser tão parecida com ele...

—A Senhorita é 50% Potts e 50% Stark, mas fisicamente afirmo que é 100% a Sra. Stark, contudo, vendo os vídeos no youtube e nos canais de TV, a Senhorita age igual ao Senhor Stark de alguns anos atrás.—a AI disse para ela, fazendo Selene rir alto.

—Obrigada Friday! –ela colocou os pés na mesa de centro e aguardava a volta de Pepper até ouvir uma voz e sorrir.

—Selene Stark! O velho vai te matar quando esse vídeo chegar aos seus olhos. –Heitor dizia pisando na sala fazendo com que ela levantasse a cabeça.

—Qual deles? –ela disse com a mesma empáfia que Tony tinha. Heitor se jogou no sofá retirando o celular do bolso da calça.

—Esse querida irmãzinha, esse aqui, onde você está beijando o cara que papai mais detesta nessa vida. –Ela segurou o celular com as duas mãos e fazia não com a cabeça. Heitor ria.

—Deus...eu...eu não lembro dele na festa.

—Com certeza não né...Theo disse que teve que te carregar até o quarto. Ainda bem que você não vomitou nele. –Heitor tinha o mesmo sarcasmo de Tony, era impossível não ficar perto dele e rir.

Ela passava a mão na testa.

—Heitor deixe-a em paz! –Scarlett disse colocando a bolsa na bancada. –Você não disse que ia atacar a geladeira da mamãe, então vai. –Heitor levantou-se e foi para a cozinha. Ela se aproximou de Selene sentando e tirando os saltos.

—Ai que alívio... –colocou os pés também sobre a mesa de centro.

—Scar, ele vai me matar. –Selene disse chamando a irmã pelo apelido e olhando desesperada pra ela.

—O Senhor Stark nunca seria capaz de fazer isso com um de seus descendentes. –Selene riu. –Mas que você pode dar um infarto nele, sim. Papai não aparenta a idade que tem, mas ele já é um idoso. –as duas riram.

—Eu não sabia que era ele, eu juro. Nessa hora eu já não sabia nem quem eu era e o que eu estava fazendo ali. E ele estava sem uniforme, e eu o vi apenas uma vez na minha vida. –dizia com certo nervosismo na voz. -Foi ele quem ligou pro Theo. Depois do beijo eu apaguei, e ele pegou meu celular e viu a foto nossa na tela, com certeza.

—Nossa? Você e Theo?

—Não, nossa, de todos, aquela que tiramos mês passado. Ele viu o Papai nela. –Scarlett suspirou. E Heitor gritou da cozinha.

—Ele vai te matar sim. –ria alto. –Uma boa hora pra você roubar a armadura dele de novo.

—Eu não roubei nada... Só tive curiosidade em saber como era voar naquilo.

—Tirando a parte de que infelizmente Heitor tem razão, como foi o beijo? –Selene abriu um sorriso. –Tão bom assim?! Ele é um gato, mas diria que é um pouco velho para você. –as duas riram novamente e Heitor disse com a boca cheia do lanche que comia.

—Sério? É nojento, o cara tem mais de 100 anos, eu acho. –as duas se olharam e disseram juntas.

—Pois não parece. –riram.

Heitor fez não com a cabeça e foi para a sala de TV. As duas se olharam, Scarlett abaixou os olhos e falou:

—Mamãe está lá na oficina? –Selene fez sim com a cabeça. –Bom, eu acho que você tem que falar tudo para ele. Você não é mais uma criança Selene e tem que crescer, ter responsabilidade.

—Mais do que eu tenho? –ela ergueu a sobrancelha como Pepper. –Eu não queria ser tão inteligente como sou. –disse levantando e andando na sala.

—Mas já que você é assim, use isso para o bem. Sempre ouvi dizer que pessoas inteligentes demais são inconstantes emocionalmente, achei que era lenda urbana, mas temos dois exemplos em casa. –Selene perguntou.

—Dois exemplos? –sua irmã respondeu sorrindo.

—Você e Papai.

—Por que vocês são tão legais comigo? –ela disse abraçando a irmã.

—Ora, porque você é nossa irmãzinha, e você é uma Stark. Se nossa mãe teve a paciência de colocar o Senhor Stark nos trilhos, nós também teremos com você. –Heitor gritou da sala.

—E por que ela precisa que você conserte o tablet dela. –Selene riu.

—Cala a boca Heitor! –Scarlett riu e falou baixo. –Mas é verdade, essa bosta travou e eu sei que você é a expert em computadores, tanto quanto papai.

(...)

—Tony... –ele suspirou ao ouvir Pepper chamá-lo.

—Detesto quando você me chama nesse tom. –ela sabia que por mais que ele lutasse, ela sempre o dobrava. -Não vou falar com ela. Estou com raiva.

—Eu sei, por isso vocês vão conversar. –Pepper disse o abraçando por trás. Ele suspirou segurando a mão dela no seu peito e falou sem olhar para ela.

—Você sabe como eu me sinto. Eu vejo as coisas que ela faz, a vejo e...e lembro do meu passado. Lembro o quanto idiota, babaca e estúpido eu era, e... –disse se virando para ela. –Me faz lembrar das tantas vezes que eu te magoei. –disse olhando nos olhos dela. Pepper se encaixou entre as pernas dele, passando a mão na nuca dele.

—Mas agora, você me faz a mulher mais feliz do mundo! Se você não explicar para sua filha isso, como ela vai te entender? Você sabe que quanto mais você berrar, esbravejar, mais ela vai fazer, ela é idêntica a um cara que eu conheci no passado. –deu seu sorriso arteiro para ele, que não aguentou e riu. Tony apoiou a cabeça entre os seios dela, suspirou, Pepper o abraçou.

—Vai falar com ela? –Tony levantou a cabeça olhando para Pepper, ela tinha um olhar calmo e esperançoso. Tony a puxou e a beijou apaixonadamente.

—Vou. –disse com a respiração alterada. –Fala pra ruiva descer. –Pepper sorriu e deu um beijo terno nele. –A sorte dela que toda vez que eu vou falar algo, eu vejo você, e isso me quebra. –Pepper piscou pra ele.

—Estarei lá em cima. Friday, se eles tentarem se matar você me avisa!

—Sim, Senhora Stark. –Pepper entrou no elevador, apertando o botão, indo em direção à sala.

Tony ficou olhando a porta fechar e Pepper sumir dos seus olhos. Levantou-se e foi até o armário que estavam suas primeiras armaduras e um pensamento veio em sua cabeça, sorriu ardilosamente.

(...)

—Não conte pra mamãe do Steve, por favor! –Selene pediu para sua irmã, que aquiesceu.

—Posso não falar hoje, mas eles saberão, por tanto, conte logo para o papai, por pior que seja. –ouviu-se a porta do elevador se abrir.

—Muito bem... Vá falar com ele. –Pepper disse autoritária que Selene nem pensou em não ir. Entrou no elevador e bateu continência para Pepper que riu.

—Ela nunca via mudar mamãe! –Scarlett disse rindo e olhando para Pepper.

—Eu não quero que ela mude, apenas que ela se ache. Ela está perdida em tentar ser o que não é. –Pepper sentou no sofá.

—Cadê o seu irmão?

—Onde a Senhora acha? Depois de ter atacado sua geladeira, está na TV, deve estar jogando vídeo game.

—Às vezes vocês não aparentam a idade que tem. Só cresceram no físico. –Scarlett riu de sua mãe.

—Friday, ela já chegou lá? –Pepper perguntou apreensiva.

—Sim Senhora Stark, acaba de sair do elevador. —Pepper suspirou e sua filha a abraçou.

—A Senhora sabe que por mais que eles briguem, eles sempre se entendem... Do jeito deles.

Quando a porta se abriu, Selene deu um profundo suspiro e entrou na oficina. Olhou e avistou Tony mexendo em duas armaduras. Caminhou até ele e disse:

—Pai... –Tony não a deixou falar.

—Você sabia que esta armadura eu salvei sua mãe de morrer torrada? –Selene fez não com a cabeça. –E essa... –ele apontou com o dedo. –Sua mãe me salvou de ser esmagado.

—Mamãe entrou em uma armadura? Sério? –Tony sorriu para ela e fez sim com a cabeça.

—Vem! –ele disse entrando no traje.

—Sério isso?! –ela apontou o dedo para Tony, que aquiesceu. Selene sorriu para ele. Entrando na armadura que sua mãe havia usado.

—Vamos conversar, mas não aqui.

Pepper que aguardava ansiosa pela conversa dos dois escutou o barulho do traje passando pelas vidraças, automaticamente se levantou.

—Sra. Stark, o Senhor Stark disse para não se preocupar, ele e sua filha foram dar uma volta.

—Era só o que me faltava... –Pepper disse nervosa indo pra cozinha. Scarlett riu e falou para si.

—Gênios idênticos...

(...)

Tony não imaginava que sua filha tinha tanta habilidade em voar e claro seu ego foi às alturas. Ela havia usado a armadura uma vez, bom, pelo menos que ele sabia, pois ela adorava invadir o sistema de segurança dele e ele gostava de saber que ela era tão inteligente quanto ele. Era um fator positivo para cada vez mais ele aprimorar a segurança das armaduras e da STARK.

Tony mostrou para ela um lugar e pousaram. Ele foi saindo da armadura e Selene fez o mesmo.

—Senhor Stark!! –o Senhor grisalho disse de dentro do trailer. –Faz tempo que não aparece por aqui. E acompanhado... –o homem olhou estranhando e falou. –Se ela for a Pepper me fala o que ela tá tomando porque eu também quero, ela não envelheceu nada. –Tony riu se aproximando e cumprimentando o homem.

—Fury! –Apertou a mão dele. Selene se aproximou e escutou o nome arregalando os olhos.

—Nossa...ele é Nick Fury? –Tony aquiesceu. –Nossa!! Muito prazer Senhor Fury. –ela estendeu a mão para o homem.

—Hum...você deve ser a pequena Selene, que não é mais tão pequena assim, não Tony? –Tony fez cara de “pois é”.

—O que vão querer? Pela sua cara, a conversa será longa. –Tony olhou para sua filha.

—Duas cervejas e faz aquele negócio lá que você faz bem! –Fury riu.

—A gente pode beber e voar nisso? –Tony riu dela.

—Pode, tem um sistema que Friday nos leva pra casa. Eu fiz isso por que... –Tony pensou, abaixou a cabeça e falou. –Porque havia um tempo em que eu bebia demais. Fury, vou estar no mesmo lugar, ok?

—Sim Senhor! –disse depositando as cervejas no balcão. –Daqui a pouco levo a comida pra vocês.

Tony foi em direção a uma mesa que ficava debaixo de uma grande árvore, praticamente perto de um precipício, mas a vista, era maravilhosa. Quando Selene viu a vista ela ficou parada.

—Uau! Que vista.

—É, eu sei, gosto de vir aqui, não que a de casa não seja boa, mas aqui, parece que ela fica... –Selene terminou a frase.

—Mais visível. Mais clara. –Tony sorriu e aquiesceu para ela.

Ambos sentaram e olhavam para a paisagem, Selene tomou um gole de cerveja, Tony a observava de relance. Os dois esperavam quem ia dar o primeiro passo. Até os seus olhares se encontrarem e os dois rirem.

—Tá, não adianta um ficar esperando o outro né?! –Tony disse virando para ela. –Então eu vou começar. Vou fazer o que sua mãe disse para eu fazer, tentar explicar o que eu sinto quando você faz tais coisas. –Selene o olhava séria. Tony se virou para a paisagem de novo e continuou. –Quando eu tinha a sua idade, fazia essas coisas primeiro para chamar a atenção dos meus pais, que nunca estavam comigo, mas minha maior alegria era tirar meu pai do sério. –Selene abriu um sorriso sarcástico fazendo Tony rir. –Eu fazia isso porque meu pai nunca demonstrou o quanto ele gostava de mim, nós nos desentendíamos demais, até... –ele engoliu seco. –Até eu perder os dois, com a sua idade. –Selene abaixou a cabeça. –Aí a coisa piorou. Já não tinha ninguém pra me colocar rédeas, depois que virei o único herdeiro de bilhões, a única coisa que eu fazia era farra, bebida e mulheres.

—Mamãe devia te odiar nessa época.

—Eu ainda não a conhecia tão bem, não éramos amigos, embora ela trabalhasse na STARK. Quando sua mãe apareceu na minha vida, ela veio na hora certa. Lembro como se fosse hoje. –Tony riu. –A única mulher numa sala com uns trinta caras, todos carrancudos e ela lá, com seu ar angelical e sério. –Selene riu. –Eu me apaixonei por ela no momento em que um dos acionistas estava me criticando e ela me defendeu com unhas e dentes, do jeito que nós dois sabemos que ela consegue, sem sair do salto. Eu estava atrasado para a reunião, como sempre, pois a bebida começava a ser um grande problema pra mim, e Pepper sabia que eu queria largar, mas eu ainda vivia na culpa pela morte dos meus pais, por não ter falado tudo que podia e devia. –Tony bebeu um gole de cerveja. –Então, quando eu cheguei à sala, entrei sorrateiramente para que ninguém percebesse e a ouvi, nunca ninguém tinha me defendido daquele jeito. Estava acostumando a todos me criticarem. Ela me desmontou. Daquele dia em diante, eu fiz dela minha assessora particular e dei a ela total poder sobre a empresa.

Fury chegou com a comida, depositando na mesa.

—A cara está ótima! –ela disse pra ele.

—Seu pai adora isso... –Tony riu.

—É carne! E Batata-frita! Como não gostar? –Fury riu.

—Bom apetite.

Começaram a comer, Tony devorava.

—É bom não é?! –Selene fez sim com a cabeça. Enquanto comiam ele continuou.

—Quando eu fui sequestrado por terroristas, eu realmente achei que não iria voltar. Que nunca mais viria a Pepper e eu nunca havia dito pra ela o quanto eu gostava dela. A única coisa boa de ter ficado naquela caverna, bom, as duas coisas boas, foi eu ter colocado os pensamentos no lugar e feito minha armadura. Mas onde eu quero chegar é, toda vez que você faz essas coisas, me remete a um passado que eu quero esquecer. Um passado onde eu era um cara vazio, onde eu tinha tudo e não tinha nada.

Enfim, Selene o olhou nos olhos e sorriu. Em poucas palavras ela entendeu o que seu pai sentia.

—Não adianta eu dizer para você não fazer o que faz. Eu não sei o porquê você faz, só espero que eu não seja o culpado, pois isso também lembra uma parte do meu passado, onde meu pai não se importava comigo, pelo menos era isso que ele demonstrava. E você sabe o quanto eu te amo! Nada nesse mundo é mais importante pra mim do que sua mãe e vocês. Eu...eu não saberia mais viver sem vocês ao meu lado. –os olhos de Tony se encheram de lágrimas.

Selene nunca imaginaria que Tony Stark, tivesse tais sentimentos. Ela pegou a mão dele e sorriu.

—Eu...não vou prometer que não farei loucuras. –Tony riu. –Mas eu vou tentar melhorar, tá bem?! Afinal de contas, como todos dizem eu sou uma Stark, e alguém tinha que ser a ovelha negra da família né?!

—Você não é a ovelha negra...só...não achou alguém ou algo para te aprumar. –Selene riu. –E eu não quero que você precise do choque de realidade que eu tive, para ver o lado bom de tudo. Eu quero que a Senhora se abra comigo, sempre que precisar. Você é inteligente demais, aproveite isso para fazer coisas boas e que você não se arrependerá depois.

Selene suspirou, abriu a boca para falar algo, mas a fechou. Ambos ficaram quietos, apenas comendo.

—Então...se acertaram? –Fury disse se sentando numa cadeira.

—Acho que sim... –Tony disse com a boca cheia.

—Seu pai me disse que você é uma expert em computadores? –ela aquiesceu. –Há uma vaga na SHIELD, se você interessar. –Ela arregalou os olhos para o homem.

—Eu achei que isso não existia mais. –Tony nada disse.

—Existe sim, mas só algumas pessoas sabem. Se lhe interessar, diga ao seu pai, ele saberá o que fazer. Ele já te contou o que fez depois que os Vingadores derrotaram os alienígenas? –Tony parou de mastigar e riu para Fury. Selene fez não com a cabeça. –Não? Ahhh, então deixe-me te contar.

Em meio as história de Fury, Selene ria. Tony tentava sempre arrumar uma desculpa para os seus atos na época, o que fazia sua filha rir mais.

—Quanto lhe devo? –Tony perguntou para Nick.

—Pra você? É de graça. –Fury apertou a mão de Tony. –Quando quiser, apareça Stark. Mas toma cuidado ao voar nisso aí, você pode enfartar, não sei, está velho. –Nick disse firmando seu olho bom nele, fazendo Tony rir.

Caminhavam em direção as armaduras quando Tony virou e falou:

—Não diga um “A” sobre isso da SHIELD para sua mãe, pois ela vai me matar. –Selene riu. –Vai ser nosso segredo, ok?

—Tá bem. –entraram na armadura e foram em direção a mansão.

(...)

Quando eles voltaram para a mansão, já era praticamente noite. Pepper ainda estava ansiosa aguardando a volta dos dois. Toda hora perguntava para a AI onde eles estavam, ficou mais aliviada sabendo que Tony estava com Fury. Os dois chegaram à oficina já saindo das armaduras.

—Então, gostou do passeio?

—Adorei, devíamos fazer mais vezes. –Tony sorriu.

—Quando quiser! Apenas duas pessoas tem o acesso a essas armaduras. –Selene o olhou desconfiada. –Sua mãe e você.

—Por que eu? –ela perguntou assustada.

—Por que se fosse pra eu deixar isso na mão de qualquer filho meu, seria na sua. Você foi a única a se interessar por elas. E a única que conseguiu invadir o sistema delas. –Selene riu sarcasticamente.

—O Senhor vai subir?

—Já vou, vou guardar as armaduras. –ela aquiesceu e antes de entrar no elevador lembrou-se do vídeo que seu irmão tinha mostrado a ela.

—Pai? –Tony se virou e a olhou. –Eu não sabia que era ele, ok? Não... Não vai surtar por favor! –disse e entrou correndo no elevador apertando o botão.

—Selene? Ele quem? Que droga. Friday, vídeos sobre Selene Stark, agora.

A porta do elevador abriu e ela saiu praticamente correndo. Pepper a olhou assustada.

—O que foi?

—Mãe, deu tudo certo, mais ou menos. –pegou a chave do carro, deu um beijo em sua mãe. –Eu amo vocês tá, mas agora, eu tenho que sumir daqui por alguns dias. Estarei no Theo.

—Mas por quê? O que aconteceu? –Selene nada disse foi abrindo a porta quando escutaram o grito que vinha da oficina.

—SELENE SOPHIA POTTS STARK! EU VOU TE MATAR!