Guardioes de Deus: a Batalha nos Ceus

Capítulo 1 - O Primeiro Sinal


O Primeiro sinal

O ar estava estagnado, nem uma única brisa soprava.O correr das águas dos rios era taciturno. Os animais emudeceram, como nunca acontecerá antes.As ruas estavam desertas, ninguém em sã consciência se atrevia a sair de suas moradas. O silêncio dominava o reino...

Na câmara principal duas poltronas ao centro sobressaiam-se majestosamente as demais, não eram ocupadas à tempos, em épocas remotos qualquer um gostaria de poder sentar-se sobre seus assentos, eles designavam poder , autoridade e respeito a quem os ocupasse. Hoje porém, todos queriam distância desses lugares amaldiçoados, sentar-se naquele momento sobre qualquer um deles, significava tomar decisões que afetariam todo o reino e as conseqüências destas seriam catastróficas.

Um pouco mais à frente, outros quatro lugares mereciam destaque, um dos assentos se encontrava vago, nos outros três, expressões assustadas observavam aquele que acabara de se levantar. Com sua posição grandiosa, invocava para si a atenção de todo aglomerado de olhares,sabia o caos que suas palavras causariam, isto já era visto perante a grande agitação dos presentes, antes mesmo de seus lábios pronunciarem qualquer som.

Muitos outros lugares comuns formando uma oval finalizam a câmara, desse modo todos os membros podiam se ver. O conselho se encontrava todo reunido.O local estava à mercê das sombras e apenas o branco dos olhos dos participantes se distinguiam.

Esperavam que aquela convocaçãofosse um equívoco, um presságio mal interpretado, porémem seus íntimos conheciam a realidade e ela se manifestava contrária as suas expectativas. As assembléias do conselho eram sempre para tratar de assuntos de máxima urgência, edessa vez todos conselheiros e sábios estavam presente,isso já dava um significado todo especial àquela convocaçãode última hora.

A quietude continuava a causar calafrios àquelas faces amedrontadas. Atentos, continuavama estudar o rosto soberano sempre imponente,ao centro prestes a falar, iluminado timidamente apenas pela chamado castiçal central, muitostraços de sua fisionomia eram engolidos pela escuridão conforme se movimentava.

O silêncio continuava mortal. O tempo custava a passar. Os únicos sons pronunciados naquela noite, e que parecem ecoar no reino todo, finalmente saíram da figura central do círculo.

-O profeta esta entre nós! - Sua respiração saiu com dificuldade, antes de prosseguir. - Começou!