~ Lucy POV

Quando entrei em casa, subi correndo para meu quarto, deitei em minha cama e afundei minha cabeça no travesseiro , meu rosto estava todo vermelho.

Não sabia como iria encará-lo amanhã, então dispercei todos os meus pensamentos e fui tomar um banho.

Tomei um banho rápido, coloquei um pijama e deitei na minha cama. Fiquei assistindo TV por uns minutos e acabei pegando no sono.

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Acordei às 5:30 da manhã, tomei um banho e coloquei meu uniforme (era uma gracinha, ao estilo daqueles uniformes de colegiais do Japão).

Sentei perto do criado mudo e fiquei estudando e fiquei estudando Física até dar o horário.

Quando deu 7:00 minha mãe me chamou, dizendo que Logan estava me esperando.

Peguei meu material e desci. Hesitei antes de abrir a porta, mas eu não podia me atrasar por um motivo bobo. Abri a porta, Logan estava em pé, mexendo no celular.

- Oi – eu disse fechando a porta.

- Oi – ele disse indiferente.

Era como se tivéssemos acabado de nos conhecer.

Seguimos até a escola em silêncio, ele ouvindo música e eu lendo um livro de Hamlet.

- Aonde voe está indo? – ele disse segurando meu braço – a escola é aqui. – ele apontou pra um portão de grades douradas, com as inicias “GB” dentro de um círculo, no topo do portão.

Quando entramos na escola eu fiquei boquiaberta. Era enorme, tinha 4 prédios enormes, estava cheio de limosines e carro caros.

Logan me mostrou metade da escola, porque ainda faltavam 15 minutos para a aula começar.

Essa escola tinha quadra de tênis, futebol, vôlei e peteca. Tinha 2 ginásios, com 2 piscinas enormes cada, a sala de descanso tinha boliche, ping pong, TV, videogame, computador e muitas outras coisas.

Faltavam 5 minutos pra aula começar, então resolvemos voltar pra sala, nós resolvemos voltar para a sala. Tínhamos aula de informática primeiro. Sim, eu tinha ficado na mesma sala do Logan.

Logan foi para um grupo de meninos e meninas, enquanto eu sentei em uma das primeiras carteiras. Abri meu livro e voltei a ler.

- Tem alguém aqui do seu lado? – uma voz masculina quebrou minha concentração.

- Não – eu disse indiferente.

Ele se sentou do meu lado, as mesas eram para duas pessoas.

- Hamlet? – ele perguntou se curvando um pouco.

- Sim. – respondi sem tirar os olhos do livro.

- Tempest? – ele disse se curvando um pouco mais.

- Sim. – dei de ombros.

- Eu tenho 3, de Hamlet. – Ele disse se afastando.

Eu automaticamente me virei para ele. Ele era...uma gracinha. Tinha cabelos castanhos, olhos cor de mel e usava um brinco em uma das orelhas.

- Eeeh... – eu disse com meus olhos travados em seu rosto.

- Uh? – ele me olhou – que foi? Tem alguma mancha no meu rosto? – ele começou a passar a mão pela bochecha.

- Não, seu bobo. – comecei a rir baixinho.

- Certeza? – ele tentava olhar as próprias bochechas.

- Tenho – eu dei uma única risada e fechei meu livro.

- Então tá. – ele disse pegando um caderninho da mochila. – Ah é! – ele se virou pra mim. – Prazer, meu nome é Bernardo – estendeu a mão pra mim.

- Lucy – dei um sorriso e apertei sua mão. – então...

- Então? – ele me fitou.

- Tem 3 de Hamlet, né? – eu disse mexendo no meu cabelo.

- Quer emprestado? – ele disse sorrindo.

- Adoraria. – eu sorri de volta.

- Muito bem, alunos. – um cara meio calvo apareceu na sala – todos assentados.

Todos se sentaram e ficaram em silêncio, por alguns minutos.

- Meu nome é Vincent – ele disse se sentando em sua cadeira. – levantem as mãos, por favor, os alunos novatos.

Levantaram a mão, eu, um menino e mais duas garotas. Ele mandou a gente se apresentar, pra dizer seu nome, idade e essas bobagens.

Eram 50 minutos de aula, eu não me dava muito bem em coisas eletrônicas, então o Bernardo me ajudou.

Logo a aula acabou, e a próxima era matemática.

- E então, Lucy? – ele se virou pra mim com um sorriso. – gostando da escola?

- É bem grande, né? – eu disse olhando pra janela. – É capaz de eu me perder por aqui. – ele deu uma risada.

- Não vou deixar você se perder, serei seu guia. – ele disse com a mão no peito.

- Se for um guia ruim eu te demito. – disse sorrindo.

- Então serei o melhor guia – ele disse sorrindo e pegando um caderno.

- Bom mesmo. – Abri meu material de matemática.

Ouvi a porta abrir e uma pessoa gorda entrou na sala, começou a escrever no quadro. Era matéria. Percebi que o professor seria rigoroso, e agradeci por ter estudado antes.

Ficamos ali mais 50 minutos, já estávamos na 3ª aula, e era a que eu mais gostava, matemática.

Parece estranho alguém gostar de matemática, mas sim, existe.

Estavam todos muito concentrados e, pra mim pelo menos, os 50 minutos se passaram bem rápido.

O sinal do recreio bateu e o professor se despediu. Eu ia chamar Logan mas ele estava conversando com uma loira oxigenada, então decidi passar o recreio sozinha.

- Olha, olha, que surpresa. – uma voz familiar ecoou nos meus ouvidos.

- Josh? – eu disse virando meu olhar pra ele.

- Que surpresa, não acha? – ele ficou de frente pra mim. – estamos na mesma classe. – ele sorriu.

- Surpresa desagradável, você quis dizer, não é? – eu respondi me levantando.

- Ah, larga de bobeira. – ele pegou na minha mão – Eu sei que teve a pior das primeiras impressões, mas poxa, me conheça melhor.

- Outro dia, quem sabe. – eu soltei a mão dele da minha e me dirigi à porta.

Abri a porta e trombei com Bernardo.

- Bernardo? – eu disse o fitando.

- Oi, er.... – ele passou a mão na cabeça e suas bochechas começaram a ficar vermelhas. – Você quer, er... você sabe, comer algo comigo?

Eu dei uma risada baixinha e apenas concordei com a cabeça. Ele sorriu e me levou até a lanchonete. Ficamos conversando aleatoriamente.

Estávamos sentados em um banquinho no jardim, do lado de fora da escola. Logan e seu grupinho estavam lá também. Ele estava nos olhando desde que chegamos, eu estava um pouquinho incomodada, e o Bernardo percebeu.

- Amigo seu? – ele disse olhando Logan.

- Sim, pelo menos até ontem. – eu disse pegando meu celular.

- Até ontem? Por quê? – ele ficou olhando o que eu estava fazendo no celular.

- Sei lá, ele não falou comigo hoje nem nada, só me trouxe pra escola. – eu dei de ombro.

- Entendi... – o sinal tocou e nós voltamos para sala de aula.

Agora era aula de música, a sala de música era enorme, tinha muitos instrumentos.

O professor era jovem, devia ter 19 anos, por ai, esbelto, com cabelos ruivos e os olhos esverdeados.

- E ai, galera. Sou seu professor de música – ele se sentou na mesa. – meu nome é Dylan McCall.

Todas as meninas estavam comentando sobre como ele era bonito e outras coisas desse tipo.

- Muito bem – ele veio em nossa direção – quem sabe tocar algum instrumento ou cantar? Até pandeiro serve. – ele disse sorrindo pra gente.

6 pessoas, contando comigo, levantaram as mãos.

- Muito bem, é mais do que a outra turma. – ele voltou a se sentar na mesa. – quem sabe por favor, fiquem aqui na frente.

Nós 6 fomos lá na frente, e ficamos um do lado do outro.

- Quero que falem seus nomes e o que tocam. Pode começar por você, o loirinho.

- Meu nome é Logan, eu toco violão e guitarra. – ele deu de ombros.

- Meu nome é Tiffany – a garota loira oxigenada que estava com Logan antes. – eu canto.

- Meu nome é Brandon – disse um garoto alto de cabelos castanhos escuros. – eu toco bateria.

- Sou Josh, toco violino. – ele deu um sorriso e me olhou de canto. Revirei os olhos.

- Sou Lucy e toco piano, violão e violino. – falei indiferente.

Ele deu um sorriso e me fitou por uns minutos. Meu pai me disse que eu tenho muita facilidade pra aprender certas coisas, e essa é uma delas.

- Bom, nosso último aluno, você é? – ele disse, sorrindo pra Bernardo.

- Meu nome é Bernardo – as bochechas dele começaram a ficar vermelhas – toco violão e canto um pouco. – eu dei um curto sorriso e o olhei de canto.

- Muito bem, já que hoje é o primeiro dia de aula, vamos fazer o seguinte – ele se levantou, ficando de pé – essa aula é uma aula livre, podem brincar com os instrumentos ou só ficar conversando. O professor do próximo horário faltou, vocês vão ter dois horários comigo, então fiquem à vontade.

Olhei de canto e Logan estava me observando. A tal de Tiffany ficava olhando, alternadamente, para mim e Logan.

- Ele disse ficar à vontade, não é? – ela disse alto o suficiente para que eu ouvisse e se virou para Logan. – Então, vamos ficar à vontade.

Logan levantou uma sobrancelha e ficou fitando-a. Ela voou no seu pescoço e deu um beijo na boca dele. Eu fiquei observando aquilo, até ser interrompida por Bernardo, que me abraçou por trás com um de seus braços e tampou meus olhos com a mão.

- Tem coisas que é melhor não ver – ele sussurrou no meu ouvido – tipo o professor de matemática só de cueca.

Eu não aguentei e comecei a rir baixo, me virando pra ele, sorrindo.

O resto da aula foi até legal, tirando a pegação da loira oxigenada e Logan. A aula foi perfeita. Bernardo e eu ficamos tocando violão e cantando qualquer coisa, junto com o professor.

- Muito bem, pessoal, estão liberados. – Dylan disse pegando seu material e saindo da sala.

- Vou te levar pra casa – Bernardo disse, correndo até mim – não acho que eles vão acabar tão cedo. – Dyan apontou para os dois amantes.

- Tudo bem – respondi sorrindo.

Ele sorriu e nós seguimos pra fora da escola, conversando o caminho inteiro, até chegarmos na minha casa.

- Uau – ele ficou admirando a casa. – que casa!

- Para, né? – eu dei um leve sorriso e dei um beijo em sua bochecha. – Obrigada e até amanhã, vermelhinho.

- Vermelho nada. – ele sorriu – até mais.

Eu entrei em casa e fui pro meu quarto. Acabei adormecendo na mesa, enquanto estudava.