Preocupações

–Kvetga Fricai. – Nasuada disse para o elfo. – Sou a Rainha Nasuada, é um grande prazer conhecê-lo.

–O prazer é meu Rainha. – o elfo se inclinou e beijou as costas da mãe dela, fazendo Murtagh ter uma pontada de ciúmes. – Este é meu dragão, Seraphine.

–O meu é Eally. Vejo que devem estar cansados. Mandarei preparar um quarto para os dois descansarei o resto da tarde, e mandarei preparar um banquete para o jantar.

–Obrigado. – o elfo agradeceu.

O elfo dormiu logo depois de deitar na cama. Murtagh teria feito o mesmo, se a Rainha não estivesse no quarto e o encarasse curiosa.

–Ele não é nosso inimigo, se é isso que quer saber. – ele falou tirando a espada da cintura e colocando em uma mesa.

–Seraphine é negra como Shruikan.

–Eu sei que é. Isso não quer dizer ela é má, só vai proteger o seu Cavaleiro de qualquer coisa. Ela tentou me atacar para protegê-lo.

–Você conseguiu convencê-lo de que ir para Eragon é o melhor?

–Não. Ele está confuso, ainda mais pelo que aconteceu lá na caverna... eu vou lhe contar tudo depois. – ele disse tirando a blusa e deitando na cama.

Ela se sentou ao lado dele e começou a mexer no cabelo dele.

–Preciso contatar Eragon e Arya. Eles querem saber se Galkün irá me atacar ou algo do tipo.

Ele pensou um pouco, mas seus olhos pesavam e não ajudava com os carinhos dela.

–Ele vai precisar de algum porto seguro. Mas não é inimigo.

–Vou falar que darei os detalhes de noite. – então ela lhe deu um beijo de leve. – Obrigada por voltar.

Antes que ele pudesse responder ela saiu. Ele caiu no sono logo depois disso.

[...]

Os três Cavaleiros estavam quietos. Galkün havia acabado de contar tudo o que acontecera com os dois – até sobre sua mãe tentar matá-lo – e agora estava um clima meio tenso ali.

–Sabe, como Rainha tenho que proteger meu povo de qualquer ameaça que possa surgir. – o elfo se encolheu minimamente. – Mas como Cavaleira devo ter respeito pelos meus iguais. Eu não irei me voltar contra ti, e vou proteger de quem tente fazer algo assim. Será sempre bem vindo em meu reino.

–Obrigado. – ele pareceu realmente agradecido.

–Murtagh me contou que é um grande espadachim. Gostaria de lutar contigo em alguma ocasião, não é sempre que Cavaleiros estão presentes, geralmente estão em Ellesméra com Arya.

–Eu adoraria. – ele sorriu minimamente.

–Tenho certeza que gostaria de conhecer a cidade. Infelizmente não poderei acompanhá-lo, mas trarei alguém que o levará.

Uma pessoa se aproximou da mesa. Aparentava ser adolescente, tinha cabelos negros e usava um vestido roxo. A única coisa diferente era a gedwëy ignasia em sua testa.

–Em que posso ser útil Majestade? – Elva perguntou.

–Leve Galkün para visitar a cidade. Cuide bem dele.

–Sim senhora. – a garota se curvou.

Os dois se foram.

–Como ela pode estar viva? – Murtagh perguntou confuso.

–Eu não faço ideia, ela apenas está. Assim como eu, sua aparência parou na adolescência. Ela vem sido de grande ajuda, devo dizer.

–Ela vai ser capaz de controlá-lo.

–Vai, agora temos outros assuntos á tratar. – Nasuada se levantou e Murtagh a seguiu.

Eles entraram em um quarto – era simples não poderia ser dela – onde eles contataram os dois Cavaleiros. Alternaram sobre contar tudo sobre o garoto. Murtagh pediu um tempo, em torno de um mês para conseguir levar o garoto até Eragon, e não houve nenhum problema contra isso.

–Talvez seja mais complicado do que pensemos. – Murtagh falou. – Talvez o garoto se apegue a mim e não consiga o mesmo com Eragon, afinal, ele sempre será o cara que matou a irmã.

–Não seja tão pessimista assim. Eragon vai saber lidar com ele. Eally me contou que Seraphine é um dragão bom, e alegre, o que não se esperava. Eally gosta bastante dela. E Saphira provavelmente será uma grande amiga.

–Muita coisa pode acontecer, incluindo problemas caso alguém descubra quem e Galkün é, acho que seu povo pode não aceitá-lo muito bem.

–Irá aceitá-lo sim.

–Só estou dizendo que talvez alguém com más intenções possa criar uma pequena revolta, e...

–Murtagh. – ela colocou as mãos no pescoço dele. – Resolveremos os problemas depois. Vamos pensar nisso amanhã.

Ele a segurou pela cintura e assentiu. Inclinou-se e a beijou. Deixaria os problemas para depois.