Fúria dos Deuses

Várias aparições inesperadas (e apavorantes)


- Eu consegui fazer com que Atena repensasse um pouco. Ela os acompanhará até o Olimpo para que vocês não sejam exterminados antes de entrar no prédio. Ela esperará vocês em São Francisco. - Eu franzi o cenho.

- O que ela está fazendo em São Francisco e por que deveriamos confiar nela? - Quíron me olhou, com repreensão.

- Não se deve duvidar da palavra de um deus Blair. - Ele se aproximou um pouco de mim. - Principalmente quando ele jura pelo Estinge. - Ele sussurrou e eu ri. - Ela está lá para tentar encontrar alguma movimentação dos titãs. - Assenti com a cabeça baixa. Chuck estava um pouco longe de nós agora. Andava um pouco pensativo, distante. - E dê um jeito nesse garoto. Ele está me preocupando. - Olhei para Chuck.

- Não se preocupe, vou dar uma bolhinha de borracha e fazer uma tosa. Ele vai ficar ótimo! - Gargalhamos enquanto Quíron maneava a cabeça.

- Você não tem jeito. - Fomos andando até os limites da acampamento. - Boa sorte. - Ele falou, enquanto Chuck me seguia e nós desciamos a colina.

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- Argh, será que dá pra falar alguma coisa? Esse silêncio todo é completamente ridículo! - Eu falei, fazendo ele me olhar confuso, e sorrir logo depois.

- Só estava pensando... seu avô comprou uma guerra por você. - Ele suspirou. - É uma atitude bem legal. - Eu gargalhei.

- Legal... é você pode ter razão. Mas seu pai está apenas inconformado. Ele cairá na real logo. - Eu disse com calma.

- Nossa, geralmente quando as pessoas ficam inconformadas elas simplesmente me deserdão. Meu pai faz uma guerra? - Ele riu. - Parece o tipo de coisa que um narcisista faria. - Eu suspirei.

- Estou começando a considerar seriamente a bolhinha de borracha. - Ele me olhou de cenho franzido. - Esqueça. - Falei me ajeitando novamente no banco.

Estávamos na estrada há algumas horas. Olhei para fora. Um dia ensolarado, tranquilo. Era fim de tarde.

- Chuck, estou com fome. - Eu falei com a voz mais manhosa que pude.

- Nós não vamos encontrar nenhum restaurante por aqui, Blair... - Ele falou com calma. Eu suspirei e me escorei na porta, olhando pelo vidro. AH, TEM ALGO ALI!

- O que é aquilo então, Sr. Eletricidade. - Ele olhou. E freiou o carro.

- Merda! - Falou fazendo o retorno.

- O que está fazendo? Fugindo da lanchonete? - Ele olhava no retrovisor, exasperado, com o pé fundo no acelerador.

- É uma Donuts Monstro. - Ele falou, acelerando mais.

- E dai? Eu adoro donuts. - Disse com indiferença. - O MEUS DEUSES O QUE É AQUILO? - Eu falei olhando para o lado.

- É uma Hidra, ótimo! - ele falou desanimado, tentando fazer com que o carro voasse. Obviamente, não funcionou. Abri a porta, enquanto a coisa cuspia uma coisa verde. Era fogo. Verde. Não existe uma maneira das coisas ficarem mais estranhas. Rolamos para fora do carro, enquanto o "míssel" da Hidra atingia o carro, fazendo ele explodir. - MERDA, MEU CARRO! - Chuck gritou, me fazendo rir,as logo depois mais um jato de fogo verde veio, me fazendo voltar a postura séria (leia-se completamente apavorada) de antes.

- Como se mata essa coisa? - Eu gritei para Chuck.

- Temos que queimá-la. - Puxei Contracorrente. - NÃO! - Ele gritou, desesperado. - Se você cortar a cabeça dela, duas nascem no lugar! - Ele me alertou e eu bufei.

- Não basta ela cuspir fogo verde, não? - Ele sorriu. - Como vamos queimar isso? - A coisa se aproximou de mim e eu gritei. Chuck rolou para meu lado e me jogou um... isqueiro? - Pra que você tem um isqueiro no bolso? - Ele olhou para o nada.

- Para emergencias. - Pausa. - Como querer fumar alguma coisa. - Depoois, ele puxou um pequeno frasco para carregar... vodka?

- Você carrega vodka no bolso? - Ele bufou.

- Pare de me repreender, isso provavelmente vai salvar nossas vidas. - Chuck se levantou; Na mão dele, um escudo com a face da Medusa apareceu. Ele foi se defendendo com ele se aproximando dela, em um rastro de vodka, até se aproximar da criatura o suficiente para jogar o restante do álcool nela, e eu vi minha deixa. Acendi o isqueiro, colocando fogo no inicio da trilha de vodka. ela segui até a criatura e a queimou, fazendo com que apenas um monte de areia sobrasse. Ficamos ali, ofegantes, olhando para o nada.

- Pela primeira vez devo dizer que estou feliz por você ser um viciado. - Ele gargalhou.

- Perdemos o carro, dinheiro, dracmas e roupas. Ótimo . - Ele falou, chutando o nada. Eu olhei para o mar, a poucos metros de nós.

- Eu tenho uma ideia. - Ele me olhou, duvidando da minha capacidade de pensar. Bufei. - É uma loucura, mas pode funcionar.

- Não imagino como isso possa piorar. - Ele falou em um tom sem nenhum entusiasmo.

- Nós vamos fazer uma visitinha ao meu avô. - Esperei que Chuck fosse dar um pití, por ter que ir no reino do inimigo de guerra do pai dele, ou algo do tipo. Mas ele apenas deu de ombros.

- Quais são nossas chances de encontrar o palácio? - Suspirei. Ele tinha razão nesse ponto.

- Vamos ter que contar com a sorte.

- Ela não parece estar muito a nosso favor nesses últimos dias. - Ele falou, debochado, com um sorriso torto no rosto e minhas pernas tremeram.

- Exatamente: é hora disso mudar. - Falei me dirigindo ao oceano.

Depois de nos submergir totalmente, lembrei que tínhamos um problema: Chuck não podia respirar debaixo d'água. Pensei em uma cápsula de ar. Do nada, havia uma enorme bolha envolvendo nós dois, e uma correnteza forte nos guiava para o sul. A bolha de ar era pequena, apertada. Chuck me olhou, com um sorriso malicioso, enquanto eu me espremia para o mais longe possível dele. Ele me olhou com uma pergunta clara: se estavamos sendo guiados para o castelo do meu avô ou para o inferno. Esperava que fosse a primeira opção.

Para meu grande alivio, eu vi um castelo de... marfim? Blocos de pérola? Eu não sabia descrever, mas aos meus olhos era mais bonito que o Olimpo. A bolha foi se aproximando. Eu pensei em como a pressão marítima já deveria ter nos esmagado. Poseidon estava na frende do palácio, sentado em uma fonte de água (sim, uma fonte de água no oceano). A bolha se dissipou. Eu fui abraçar meu avô, o que foi estranho. Enfim, quando voltei o olhar para Chuck, ele estava roxo, com uma face desesperada, não sei se pela pressão ou pelo ar.

- Ããã... acha que pode ajudar antes que ele morra? - Pedi a Poseidon. Ele me olhou, como se não quisesse fazer aquilo. - Matar ele é realmente tentador na maioria das vezes, mas... ele pode ser útil. - Meu avô suspirou e estalou o dedo. Do nada, Chuck puxou a água com força para dentro do corpo, como se fosse ar, e eu percebi que fazia o mesmo.

- Então... se querer ser rude, mas o que estão fazendo aqui? Estou no meio de uma guerra. - Ele falou, em um tom calmo.

- Fomos atacados por uma Hidra. - Chuck falou, com uma aparência bem melhor.

- Creio que aquilo fosse para mim... - Meu avô falou sorrindo como quem se desculpa. Chuck cerrou o punho.

- Meu pai mandou mais um monstro que quase me matou. - Ele rosnou. Poseidon me olhou, cuidadoso.

- Bem... nós precisamos de transporte... até o Olimpo. - Chuck sorriu ao ver a expressão de Poseidon. Ele parecia questionar a minha sanidade mental.

- Quer cometer o suicídio? - Suspirei, sem vontade de explicar.

- Precisamos ir a São Francisco antes. Atena vai... nos acompanhar para que Zeus não me frite. - Revirei os olhos. - Nunca pensei que ele fosse tão idiota. - Mesmo a vários metros abaixo do oceano, ouvi um trovão. Poseidon me olhou, cuidadoso e Chuck ainda cerrava os punhos.

- Vou cuidar para que tenha um carro na estrada quando sairem do oceano. - Eue estálou os dedos, e uma chave apareceu na palma da minha mão. Percebi que estava atrapalhando, então me despedi, e sai.

Quando chegamos a estrada novamente, percebi que meu avô cumpriu a promessa. Um lindo Volvo reluzente nos esperava na estrada. Mas não tivemos a oportunidade de entrar no carro. Há cerca de 100 metros de nós, Dan e um exército de aproximavam. Serena estava logo atrás de Dan, com uma face amuada. Na frente de todos, havia um homem de olhos negros e aparência forte. Tinha linhas de expressão dura e me amedrontava apenas o seu olhar. Seus cabelos negros não se mexiam, mesmo com o forte vento que nos açoitava. Ele irradiava poder, força. Tremi apenas em o encarar por muito tempo. Ao meu lado. Chuck apenas sacou sua espada e olhou para mim, com uma cara série.

- Cronos. - Ele murmurou, fazendo que eu sacasse minha espada e voltasse a encarar as centenas de criaturas que se aproximavam.