Fúria dos Deuses

Los Angeles é o Inferno.


Como se luta com uma coisa de mais de cinco metros, com uma traseira de leão, rado de serpente e asas de águia? Boa pergunta.

- Essa ai não fazia aquele enigma muito idiota que foi resolvido por Édipo? - Perguntei para Chuck que tentava abrir caminho entre os campistas.

- Ah, o Enigma da Esfinge. - Ele sorriu. - É claro. Ela passou muito tempo no labirinto. Infelizmente, é um criatura que se deixa influenciar fácil. - Ele empurrava alguns campistas que gritavam \"HEY\". Chuck mantinha um sorriso travesso.

- Você está dando choque neles? - Ele sorriu. Bem, a Fix já estava próximo a nós. Estávamos tentando afastar todos, por não queríamos mais ninguém pisoteado. Estava com Contracorrente na mão. Embora não tivesse idéia do que fazer. Chuck foi na minha frente, Ele investiu contra a coisa, que deu uma rasteira nele com seu rabo. Seria engraçado se não tivesse sobrado apenas eu, minha espada e nenhuma idéia do que fazer.

A Fix tentou me derrubar como fez com o Chuck. Bem, eu ainda tinha cerébro, e esse truque já era bem conhecido, então saltei do rabo escamoso.

- Carne de meio-sangue... hm... - A cabeça feminina murmurou. Tive vontade de dizer que eu não sabia se era uma meio-sangue. O que era verdade. Mas pensei em uma idéia melhor.

- Ah, você é aquele monstro fracassado que teve o enigma descoberto por Édipo. - A coisa rosnou para mim, investindo com seus dente afiados e um hálito insuportável. - Desculpe a demora para lhe reconhecer, mas é difícil se lembrar de mitos gregos, ainda mais quando eles tão, tão insignificantes. - Bem, aparentemente, meu plano estava funcionando. A Fix estava furiosa. Geralmente, eu não tentaria fazer uma coisa daquelas ficar furiosa. Quer dizer, uma coisa uns quase 3,5 metros maior do que eu, mas ela ficava muito distraída, tentando arrancar minha cabeça, o que era bom, assim ela não prestava atenção na minha mão.

- Últimas palavras... - Ela murmurou enquanto abaixava o tronco para ficar do meu tamanho.

- Comece a ficar de olho na sua retaguarda. - Silabei enquanto Chuck se recuperava e cortava toda a lateral do seu corpo, fazendo com que ela, assim como a maioria dos monstros, virassem um grande punhado de areia, enquanto todos olhavam para mim e Chuck com uma expressão confusa.

- Como aquilo entrou aqui? - Olhei para o lado e vi um rosto conhecido. Acho que era Dan, o garoto quieto.

- Boa pergunta. - Ouvi algo trotar atrás de mim, e olhei para trás. Era Quíron. Chuck guardou a espada no bolso e depois bateu as mãos, sujas de areia.

- Eu não sei. Mas queria ela. - Aquela voz eu também conhecia. Olhei para o lado e vi a garota que me atacou no primeiro dia de aula. Ela era... filha de Ares, se a memória não me falha. - Essa garota não deveria estar aqui, ela que trouxe a Fix para o acampamento. - Fui abrir a boca para me defender mas Quíron fez isso por mim.

- A culpa não é dela, agora fique calma Georgina. - Ele murmurou algo e creio que só eu entendi o que foi. - Embora ficar calma não seja do seu costume. - Gargalhei baixo e Quíron me olhou, como se verificasse se eu tinha escutado e lançou um olhar para baixo.

- Bem... pelo menos Chuck matou a coisa. - Uma garota loira aguada falou. Chuck? CHUCK? E eu? Eu que provoquei a coisa esperando que a Bela Adormecida acordasse!

- Todos para os chalés. Eu vou falar com Sr. D. ver o que ele acha disso tudo. - Todos foram para os chalés sem discussões. Na verdade, acho que todos estavam cansados demais para discutir.

Ao caminho para o meu chalé, eu resolvi passar pela casa grande. eu queria ter a oportunidade de descobrir quem chamou a coisa para dentro do acampamento. E por que? Me esgueirei pelo escuro até chegar a porta. Ouvi a voz de Quíron e Dionísio dentro da sala.

- Ela pode ter o convocado. - Ouvi a voz irritante do senhor D. falar aquilo com tranquilidade.

- Ela chamou algo que queria matá-la? - Quíron falou com um pouco de ironia.

- De qualquer jeito, eu tenho que proteger aqueles fedelhos idiotas. Nair deveria ir embora. - Bufei. Nem agora ele falava meu nome certo.

- A criatura veio do mundo inferior. - Quíron falou em tom mais baixo. - A última vez que uma criatira assim invadiu o acampamento Cronos estava... - Algo se colocou ao meu lado e eu me segurei para não gritar.

- Ouvir conversa dos outros não é educado. - Chuck falou. Parei para pensar como alguém conseguia ser tão irritante e cheguei a conclusão que ele não precisava se esforçar: era naturalmente idiota.

- Tentar matar os outros de AVC também não. - Ele abafou uma gargalhada com a mão. Sai sem dizer mais nada, correndo sobre a grama que afuncava a cada passo que eu dava. Eu podia jurar que via reflexo de pessoas correndo entre as árvores, mas as ignorei. estava tudo silencioso quando entrei no meu chalé. Mas malas que eu havia deixado no ônibus estavam colocadas no no chão. Pensei nas palavras do Quíron. Mundo Inferior. Ou seja: Inferno. Tinha alguma coisa lá querendo me matar. Então, vamos de encontro a morte eminente.

Joguei algumas coisas na mochila: duas mudas de roupa, o elmo, uns itens pessoais, tipo escova de dentes, etc, uma garrafa com água, um pouco de dinheiro que me pai havia me dado, assim como uns dracmas da minha mãe, que aparentemente são a moeda dos deuses. Me olhei no espelho. Eu estava indo em direção do desconhecido, sozinha, com cerca de 300 dólares e algumas coisas inúteis. E o desconhecido queria me matar. Sai do chalé sem fazer barulho. Havia um tipo de toque de recolher, mas era cedo ainda, mesmo assim, o lugar estava vazio.caminhei até onde eu imaginava ser a fronteira mágica do acampamento e sai.

- Onde você está indo? - Dei de cara com a Serena.

- Embora. esse lugar não é pra mim. - Arrumei a mochila nos ombros e continuei andando. Logo, ela estava do meu lado.

- Eu vou com você. - Parei e olhei para ela, sem acreditar no que estava ouvindo.

- Eu por acaso te convidei para ir junto? - Ela continuou andando.

- Sou sua sátira, tenho que te proteger e não preciso de convite para isso. - Revirei os olhos.

- Eu vou pro Mundo Inferior. - Os olhos dela se abriram com espanto. - Nem que eu tenha que morrer para isso. - Continuei andando, e ela, em choque, continuou calada enquanto descíamos a montanha.

Um carro preto reluzente parou e eu também. Acho que minhas pernas pararam de responder. O vidro se abriu lentamente e eu senti vontade de socar o capo quando vi quem dirigia.

- Querem carona? - A voz irritante soou ainda mais irritante naquele momento. Chuck estava com um sorriso zombeteiro, escorado na janela.

- Prefiro pegar uma carona com o Conde Drácula. - Falei enquanto andava, mas o carro me acompanhou.

- Qual é B. vamos até Los Angeles de a pé? - Olhei de cenho franzido.

- Vão para o Mundo inferior. - Ele afirmou.

- Los Angeles? - Chuck riu de mim e Serena também.

- A entrada para o Mundo Inferior fica lá. - Eu bem que desconfiei que aquele lugar era o inferno.

- Deixa de ser chata. Além do mais, você não sabe nem usar uma espada. Entre logo. - Exitei por um minuto.

- Você quer me matar. Então... por que eu deveria aceitar? - ele sorriu, como se esperasse que eu pedisse aquilo.

- Tenho coisas para resolver e a profecia... talvez... eu acho que você precisa de mim. - Aquilo soou mais como um eu preciso de você, então entrei no bando do carona e Serena na parte traseira, e seguimos na estrada. Embora aquilo fosse extremamente desconfortável.