No capitulo anterior:

- Brian o que você fez com meu filho? – Melissa.

[...]

- Brian? – Ela murmurou baixo, Droga ela tinha ouvido de mais, isso vai acabar mal, ah é claro que vai.

[...]

- A mãe dele esta o procurando, acho melhor vocês andarem rápido. – Falou a garota loira, enquanto se levantava e caminhava para uma arvore caída, onde se sentou.

[...]

- O que esta fazendo aqui ainda, não mandei ir buscar a garota? – Gritou Jennifer, fazendo com que o homem saísse correndo, enquanto se ouvia uma risada alta, e suave de Caroline.

[...]

- Senti sua falta, mãe. – Sussurrou Caroline enquanto a abraçava.

-Também senti sua falta querida. – Falou Jennifer enquanto retribuía o abraço. – Senti falta da minha filha predileta.

Agora:

Pov. Lola

- Quem é Brian? – perguntei a Sra. Johnson que estava pálida como papel.

- Um... Um... Um amigo. – Gaguejava Melissa, dava para ver em seu rosto que ela estava mentindo.

- Brian, o mesmo Brian que esta tentando me matar? – Eu tentava compreender o que estava acontecendo, mas não chegava a nenhuma solução lógica.

- Não, claro que não. – Respondeu Melissa, mas a mentira estava estampada em seu rosto.

Um carro parou em frente à casa, trazendo a iluminação para sala, era Brian, era o carro de Brian. Eu sabia aqueles estúpidos fizeram alguma coisa com Andrew. Eu não poderia deixar isso passar.

A companhia tocou e tocou insistentemente, mas eu não me movi, e nem Melissa fez alguma menção em atender a porta. Nós duas ficamos nos encarando, o silencio era perturbador, e a tensão era quase palpável, o som da chave abrindo a porta, me despertou então a porta se abriu, e passos altos e rápidos faziam barulho nas tabuas do chão, e cada vez mais próximo da sala a pessoa desconhecida ficava. Não poderia ser um ladrão, um ladrão não abre a porta da frente com a chave. Os passos pararam, mas não quis virar para ver quem estava atrás de mim, eu estava com medo, minha respiração estava pesada e minhas mãos tremiam e eu suava frio, eu sabia quem estava perto de mim, mesmo não olhando em seu rosto.

- Olá de novo! – A voz alta e rouca em meu ouvido se pronunciou na maior calma.

Fechei meus olhos com força, não querendo vê-lo, ou apenas imaginar que era um sonho e logo acordaria.

- O que faz aqui? – Perguntei com minha voz tremula, mas por dentro eu me achava confiante, eu já tinha feito isso, já havia conversado com ele, mas dessa vez era diferente.

- Não esta feliz em me ver? – Perguntou Brian, me fazendo virar para poder encarar os seus olhos. Eu não respondi, mas o silencio não durou muito tempo.

- Leva ela logo, e traz o Andrew de volta. – Falou Melissa fazendo um movimento com a mão em direção a porta.

- Como assim? – Perguntei, mas em vão porque ninguém respondeu. - Eu não vou a lugar nenhum!

- Quer ver seu amigo Andrew de novo? Então venha comigo. – Falou Brian tentando parecer malvado, mas não impressionou ninguém, muito menos a mim.

- Tenha dó Brian, leve a garota logo, não espere que ela vá de bom grado, né? – Resmungou Melissa para Brian, mas eu não entendia nada, então logo um pano veio ao encontro do meu rosto, o cheiro forte fazia com que eu não conseguisse respirar, então tudo se apagou.

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Tudo estava escuro, meus olhos tentavam se acostumar com a escuridão, mas logo a luz veio e queimou meus olhos, tentava desviar a luz com as mãos, mas não adiantava.

- Oi maninha, tudo bem? – perguntou uma loira não identificada pela NASA.

- Hã? – Perguntei à loira e ela riu, olhou para os dois lados e correu para fechar a porta, suas mãos foram para o cabelo e ela puxou a peruca loira, mostrando seu logos cabelos pretos da mesma cor que os meus.

- Caroline? – Perguntei e ela sorriu acenando com a cabeça em sinal de concordância, então seu dedo indicador foi para seus lábios em um sinal para ficar quieta e apenas obedeci.

- O que fez com a garota, Jennifer? – Perguntou Brian, mas sua voz estava abafada. Minha mãe riu.

- O que você não teve coragem de fazer, matei a Lola! – Respondeu minha mãe, mas bom, eu estava viva.

- Mas... – Começou Brian que foi cortado asperamente por Jennifer.

- Mas nada, quieto, agora vá buscar a filha da tal amiga sua, Caroline, quero ter certeza que ela não vai falar nada para ninguém! – Gritou minha mãe com Brian, e Caroline deu uma risada de divertimento.

- Vai matá-la? – Perguntou Brian.

- Apenas vá! – Gritou minha mãe com todas as forças e dessa vez Caroline estava chorando baldes de risos.

O som da porta se fechando foi o som que indicou que a conversa estava acabada, a porta do porão e que me encontrava se abriu e uma mulher de longos cabelos pretos entrou, um sorriso em seu rosto era animador, mas talvez não seja animador para mim.

- Finalmente, estamos sozinhas! – falou minha mãe caminhando ao meu encontro, enquanto Caroline saia do caminho.

- Por quê? – Perguntei tentando saber o porquê ela queria que eu morresse.

- Porque você vale muito, querida. – Então eu lembrei, meu pai dizia isso para mim, que eu valia muito, que eu era o seu maior tesouro, por isso sempre deixou meu seguro de vida muito alto. – Quatro milhões de dólares é o seu seguro de vida, eu preciso do dinheiro.

Caroline se aproximou de mim sentando ao meu lado passando a mão em meus cabelos, enquanto Jennifer saia do porão.

- Não se preocupa. – Sussurrou Caroline em meu ouvido. – Não vou deixar que ela machuque você, eu tenho um plano.