Cinco anos depois...

Pov's Seeylfe

—Aqui-disse Soluço botando minha mala no chão e eu puxei a rédea do objeto.

Haviam se passado cinco anos desde que fui pra faculdade e agora,eu havia me formado em Direito.Astrid fez o mesmo curso que eu - em Darthmouth - e Soluço fez Engenharia mecânica.

Quando as férias chegavam,meu irmão voltava para Berk pra se encontrar com Astrid e matar as saudades.Eu não voltei mais para cá desde que fui pra faculdade.Sempre achei que estava pronta pra voltar,mas em cima da hora,eu acabava desistindo e ficava em Harvard mesmo.Meus pais e Liv iam me visitar no campus.Eu estava com 23 anos de idade.

Eu e Soluço chegamos no saguão principal do aeroporto,começando a olhar ao redor.

—Seeylfe,Soluço!Aqui!

Virei minha cabeça na direção da voz e sorri ao avistar meus pais e Astrid.

Eu e Soluço aceleramos o passo.

Quando chegamos perto,soltei minha mala e abracei Astrid primeiro.

—Como você tá gata!-comentei me afastando-Meu irmão é um sortudo!

—Você também está gata-riu.

Fui abraçar meus pais.

—Bem-vinda ao lar querida-anunciou papai sorridente.

—Obrigada pai-sorri e olhei ao redor-Cadê a Liv?

—Ela está na escola,não pôde vir,mas ela vai conosco à noite,comemorar a volta de vocês-afirmou mamãe empolgada-Comida chinesa!

—Oba!-comemorei.

Pov's Astrid

Agarrei a mão de Soluço e o puxei para um canto.

—Eu não vou poder ir-lamentei.

—Ah,mas porque?-reclamou me puxando para si.

—Não quero deixar Dag sozinho em casa-expliquei-Ele não está bem desde...

—Eu entendo-respondeu-Eu explico para meus pais que você não poderá ir,mas não vou dizer o motivo,tudo bem?

Sorri,lhe dando um selinho.

—Você é incrível-afirmei.

(...)

Na escola...

Pov's Dag

A campanhia tocou e os alunos começaram a sair.

—Lembrem-se de ler as páginas 30 à 35!-pedi.

Caminhei até minha mesa,começando a guardar minhas coisas.

Uma semana depois que Seeylfe partiu,eu fui chamado para trabalhar na escola novamente.Não namorei mais ninguém e apesar de Renata ainda estar morando em Berk,ela me deixou em paz - graças a Odin.Nenhuma mulher deu em cima de mim durante todos esses anos e acredito que seja por causa da acusação que sofri há cinco anos.

Ouvi passos e ergui meu olhar,vendo Liv,me encarando receosa.

Franzi a testa.

Ela deu um sorriso mínimo.

—Ela voltou hoje-avisou antes de se virar e se afastar.

Fiquei confuso por uns instantes e foi então que arregalei os olhos ao perceber de quem ela falava.

Seeylfe!

(...)

De noite...

Desci as escadas e avistei Astrid sentada no sofá,assistindo TV.

—Vou pedir comida chinesa pra gente.Tudo bem?-indaguei.

—Tá-ela deu de ombros e eu caminhei até a cozinha.

Comecei a procurar o número do restaurante na porta da geladeira,mas não o encontrei.Vasculhei por todo o cômodo,mas não o encontrei.

—Astrid!-chamei em voz alta.

—Oi?

—Você viu o número do restaurante chinês?-questionei.

—Tava aí!

—Não está-alertei-Quer saber?O restaurante é aqui perto.Eu vou lá.

(...)

No restaurante...

Pov's Seeylfe

—O que vamos pedir?-perguntou mamãe quando sentamos.

—Vamos competir quem come mais sushi?-sugeriu Liv marota.

—SIM!-berramos eu e papai.Soluço apenas fez uma careta.

—Vamos pedir sushi,mas sem gulodisse!-repreendeu mamãe.

Pov's Dag

Adentrei o restaurante e caminhei até o balcão de atendimento,fazendo o pedido.

Meti as mãos nos bolsos e analisei as pessoas sentadas às mesas,me chocando ao avistar Seeylfe,junto com sua família.

Pov's Seeylfe

Soltei uma risada e virei minha cabeça,parando na hora,ao avistar Dag,parado na recepção.

Pov's Dag

Ela parecia mais madura desde da última vez que a vi e com certeza,muito mais bonita.

Pov's Seeylfe

Ele estava com a barba rala mal feita e aparentava estar bem desgastado,mas continuava lindo como sempre.

Pov's Dag

Engoli o seco,me virando e passando pela porta,saindo do restaurante.

Pov's Seeylfe

Meus olhos se encheram de lágrimas.

—Eu vou no banheiro-avisei me levantando e me afastando.

Pov's Dag

Entrei no carro e fechei a porta com força,respirando ofegante.

Comecei a chorar e apoiei a cabeça no volante.

Pov's Seeylfe

Entrei no cubículo rapidamente e fechei a porta,respirando ofegante.

Me sentei na tampa do vaso sanitário e comecei a chorar.