Capítulo 12

Por João Lucas:
A alguns meses atrás tinha vivido o dia mais feliz da minha vida, tinha me casado com o amor da minha vida, era impossível de explicar o que senti naquele momento, a felicidade que senti no momento que selamos nossos lábios e confirmamos ali na frente de todos o nosso amor, a parti daquele dia ela se tornou eternamente minha e eu dela, éramos um só.
Infelizmente esse sentimento todo mudou, não que eu não a ame mais, ao contrário, cada dia meu amor aumenta por ela, não consigo imaginar minha vida sem ela, e esse é o problema. A gestação dela se complicou mais, sua vida e a do meus filhos estão cada vez mais em risco, são inúmeras as vezes que tenho que corre para o hospital com ela, toda aquela felicidade que eu estava sentido, se tornou angústia e medo. Nesses últimos meses não estou indo trabalhar direito, não quero deixá-la só, mesmo a Xana e a ajudante ficando ao lado dela toda hora, sei que ela está com medo assim como eu, por isso não quero sair do lado dela, quero que ela se sinta protegida.
Hoje infelizmente tive que ir na empresa participar de uma reunião, foi quando a Xana me ligou desesperada.
“Ela tinha acabado de desmaiar e antes disso estava vomitando.”
Xana não estava desesperada exatamente por aquilo, pois já estávamos acostumados com isso, ela estava desesperada pois também estava com o mesmo medo que eu e não estava aguentando mais ver Eduarda naquele estado.
Desliguei o celular e corri pra casa, para ficar com minha mulher, para cuidar dela.
Assim que cheguei ela já tinha acordado do desmaio e estava repousando, agora estou aqui a vendo dormi enquanto passo a mão em seus cabelos e a outra em sua barriga, lágrimas começaram a escorre pelo meu rosto, acho que nunca senti tanto medo na minha vida, igual estou sentindo nesse momento.
“Não quero ficar sem você, você é o meu tudo, minha vida.”
Estava chorando de soluçar, quando sinto ela se mexendo, quando olho para seus olhos eles estão me encarando, junto nossas testas e nós dois choramos.
_Não chora amor. - Eduarda falava enquanto passava suas mãos em meu rosto.
_Estou com tanto medo. - falei baixando minha cabeça e ela a levantou.
_Também estou amor, mas eu preciso de você, preciso ver seu sorriso pra saber que tudo vai ficar bem, que vai estar comigo... Amor me promete uma coisa?
_O que?
_Se acontecer alguma coisa comigo, promete que vai cuidar dos nossos filhos, que vai amar?
_Du...- não consegui falar nada, minhas lágrimas começaram a ficar mais intensa, aquilo realmente estava acontecendo, eu poderia ficar sem ela, a dor era imensa, isso não poderia está acontecendo. - eu não consigo...
_Eu não quero que você ache que eles são culpados, quero que você se lembre que ele são parte de nós dois e mesmo se eu não tiver aqui eles vão ter você, me promete, por favor.
_Eu prometo amor, prometo que vou cuidar deles, mas me promete que vai lutar pela sua vida também, que vai fazer de tudo para não nós deixar?
_Eu prometo amor, vou fazer de tudo para ficar bem, quero pega-los, dar de mama, vê-los aprender a andar, a falar, quero fazer parte disso tudo, ao seu lado, mas caso isso não aconteça quero que você faça parte.
_Nós dois vamos participar disso tudo, você vai ficar bem, tudo vai ficar bem.
_Eu te amo.
_Também te amo meu amor.
...
Passei o dia ao lado dela, a muito tempo não a via tão bem igual estava hoje, mesmo depois da nossa conversa que tivemos hoje de manhã, ela olhava pra mim sorrindo e eu guardava cada traço de seu rosto. Nossos filhos estavam calmos hoje, ela só passou mal de manhã, quando conversamos com eles, eles se mexiam, trazendo alegria a mim e a Eduarda.
“Como amava vê-la sorrir.”
Acabamos de tomar banho e Eduarda está dormindo encostada em meu ombro, enquanto passo a mão em seu cabelo. Penso na conversa que tivemos e fico pedindo a Deus que tudo fique bem e que não a tire de mim, nem ela e nem meus filhos, e assim acabo adormecendo.
...
Sinto Eduarda se mexendo em meu braço e acordo, antes de olhá-la, vejo no relógio que não passa das 4 da manhã.
_Lucas... Lucas me ajuda...- Eduarda fala desesperada. Quando olho para o local para onde ela olhava, vejo sangue na cama. - eu vou pede nossos filhos me ajuda, por favor. - não falo nada, apenas a pego a chave do carro e peguei no colo a levando o mais rápido que podia para o hospital.
No caminho liguei para seu médico e depois para o hospital avisando nossa chegada.
_Vai ficar tudo bem, eu te amo, tá? - falo enquanto vejo a levando em uma marca.
_Também te amo. - ela fala antes de levá-la. - não está na hora deles nascerem ela acabou de completar 8 meses. Depois de alguns minutos o médico aparece.
_Como ela está?
_Vamos fazer uma cesariana de urgência para salvar seus filhos, mas tenho que avisar que a vida dos três estão em perigo e sua esposa optou salvar seus filhos ao invés dela, se caso acontecer alguma coisa. - não falei nada, só assenti com a cabeça e comecei a chorar. Não liguei para minha família, não queira ninguém ao meu lado, só queira que Eduarda voltasse para mim, só quero ela ao meu lado.
Uma hora se passou e comecei a ver algumas movimentações, alguns minutos se passaram e vi passarem rápido com Eduarda, seguir todos aqueles médicos e vi eles a levando pra a UTI e colocar vários aparelhos nela.
_O que aconteceu?
_Sua mulher entrou em coma, mas seus filhos estão bem.
_Quanto tempo ela pode ficar assim?
_Desculpa, mas pode demorar meses... Ela lutou muito, ela só está descansando.
Ele sai dali e eu vou observá-la pelo vidro. Como assim meses? E se ela nunca acorda? Eu não vou conseguir, não vou conseguir sem ela