Lucas já estava apavorado com a demora do médico, ele queria saber logo notícias de seus filhos e a futura mulher, a agonia crescia cada vez mais dentro dele.
_Como eles estão? Fala logo doutor.
_A senhorita Eduarda quase teve um aborto, mas felizmente conseguimos reverte a situação e agora ela está bem, mas devo lhe alerta que agora sua gravidez é de total risco, qualquer estresse ou esforço, pode prejudicar ela e os bebês.
_Como pode prejudicar ela?
_Devo ser sincero com o senhor, sua mulher corre um grande risco de morrer no parto do seus filhos.
_O que? Isso não pode ser verdade.
_Infelizmente é, e aconselho o senhor conversa com ela, para ela ficar mais calma, ela já sabe da notícia.
_Posso ir vê-la?
_Claro, me acompanhe.
_Obrigado. - Lucas agradece assim que chega na porta do quarto.
_De nada, meu nome é Carlos, e o que precisarem podem me chamar.
_Muito obrigado mesmo. - o médico dá um sorriso pra ele e sai. Antes de abrir a porta, Lucas respira fundo, pois tem medo do que possa acontecer quando passar por aquela porta.
Assim que seus olhares se encontram, lágrimas percorrem o rosto dos dois e no impulso Lucas a abraça. Toda aquela raiva que ele sentia dela horas atrás foi se embora naquele abraço, e foi tomada pele a preocupação, amor e carinho que ele sentia por ela e por seus filhos.
_Como você está?
_Nossos filhos...- ela falava enquanto lágrimas caiam pelo seu rosto e Lucas fazia questão de enxugar com delicadeza. - eu quase os perdi Lucas.
_Mas não perdeu, e graças a Deus você e eles estão bem. - ela o olhou dentro dos olhos e ele pode percebe que havia medo neles. - o que foi?
_Promete pra mim que nunca vai tirar eles de mim, que nunca vai afasta eles de mim, por favor Lucas, não tira meus filhos de mim. - ela falava em desespero.
_Ei, calma, você não pode ficar assim, vai fazer mal para você e para nossos filhos e outra...- ele passou as mãos eu seu rosto. - eu nunca tiraria nossos filhos de você, só falei aquilo pois estava com raiva, magoado, doeu muito te ver com ele.
_Eu nunca te trairia....
_Eu sei disso, mas você sabe o que ele realmente senti por você e mesmo assim insistiu nisso, sabia que iria me magoar e mesmo assim continuou.
_Me perdoa, eu devia ter tem contado, mas pensei que seria melhor se você não soubesse, não queria que você se chateasse com esse assunto. Eu juro que ele não tentou nada, que estava sendo apenas um bom amigo. Me perdoa? - Lucas ainda sentia um pouco de raiva e sua mente gritava para ele deixar ela, porém seu coração gritava mais alto e implorava para ficar ao lado dela.
_Vamos esquecer esse assunto, nós dois já magoamos muito um ao outro, não quero te perde e reconheço que também errei com você. Agora o que importa é cuidar de você e dos nossos filhos.
_Eu te amo tanto. - ela passou as mãos no rosto dele e ele depositou um beijo ali.
_Eu também te amo muito amor, vai ficar tudo bem, você vai ver eles crescerem, vai ensinar eles a jogarem videogame, vai ouvir eles te chamarem de mamãe, tudo isso vai acontecer, não se preocupe, pois tudo vai dar certo. Eu te prometo.
_Obrigada amor, por estar comigo, por cuidar de nós, eu estou com tanto medo.
_Não precisa, vai ficar tudo bem. - ele falava isso na tentativa de se convencer, pois por dentro estava morrendo de medo de perdê-la, mas ele teria quer ser forte, por ela e seus filhos, eles precisavam dele agora e ele faria de tudo para protegê-los.
Eduarda teria que passar o restante do dia e a noite em observação e Lucas aproveitou para preparar uma surpresa para ela e pediu para que sua irmã ficasse com ela, até ele resolver tudo.
Infelizmente Eduarda achava que ele ainda estava magoado com ela, e se sentia muito mal por isso, várias vezes virava o rosto e deixava algumas lágrimas caírem, para ela tudo que ele tinha falado naquela tarde era da boca pra fora e temia que ele nunca a perdoasse de verdade.
Amanhece e Eduarda recebe alta, e Lucas não aparece para buscá-la. Quando vai se vestir, percebe que aquele vestido não era dela, mas preferi nem comentar com Clara, o que ela mais queria era chegar em casa e ter uma conversa com Lucas, se fosse para ele ficar a ignorando, preferia deixá-lo e se cuidar sozinha, mesmo isso acabando com ela por dentro.
No caminho pra “casa” ela pensava na vida e em cada momento que tinha passado com o seu Lek e como iria doer o deixa-lo, sua distração era tanta que não percebeu quando Clara estacionou o carro na beira de uma praia.
_O que estamos fazendo aqui?
_Vem, que você vai ver.
_Ah Clara, não estou muito no clima, só quero ir para casa.
_E você vai, mas primeiro quero te mostrar uma coisa. - mesmo contrariada ela foi, quando chegou na beirada da areia, avistou um altar e algumas pessoas que ela conhecia, juntamente com os familiares do Lucas. Estavam todos ali, menos ele. Ela olhou para Clara que sorria e olhava para trás, quando ela se virou, seus olhos avistam ele, e ela não consegue segurar as lágrimas de emoção. Ele se aproximou dela e lhe entregou um buquê.
_Bom, a alguns dias atrás tinha te pedido em casamento e você tinha aceitado, e espero de coração que não tenha desistido depois que fiz aquela cena horrível com você, espero ainda que o amor que você falou que sentia por mim aquela noite, ainda exista, que ainda queira ser minha mulher e forma uma família com esse idiota que te ama muito e daria a vida por você. Você ainda quer se casar comigo meu amor? Ainda quer se minha? -Lágrimas corriam pelo seu rosto, como ela podia ter pensando em deixá-lo, de viver sem ele, sem aquele sorriso, sem o seu olhar. Ele fazia parte dela, como ela fazia parte dele, eles não conseguiam mais viver sem o outro, eram apenas um. - Du? Amor?
_Eu sempre fui sua.