Four and Four - Steps of Tomorrow

Capítulo 11 - Entre habilidades e afogamentos...


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Pov Jack

– LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!!!!! TEM AVISOS MUITO IMPORTANTES LÁ!!!!! TANTO QUE ESTÃO SEPARADOS!!!!!!! – gritou Bia nos deixando surdos.

Voltando à história...

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Pov Jack

Uma cachoeira!

Uma não! Três!

Uma grande no meio e duas pequenas. Ao longo delas tinham algumas pedras cheias de cristais azuis iguais aos que estavam no teto da caverna que atravessamos. A luz do sol quando atingia a pedra, refletia luzes azuis para todos os lados.

O sol começava nascer no horizonte refletindo seus traços laranjas no topo da água. Parecia que ela estava pegando fogo. A luz descia lentamente e atingiu as pedras com cristais. Flashes de luz azul começaram a piscar em todas as direções. Quando a luz do sol chegou no lago onde terminava a queda d’ água vários arco-íris começaram a surgir. Ao redor do lago existia a grama mais verde que já vi em toda a minha vida! As pedras espalhadas por lá tinham manchas brancas em toda a sua superfície dando a impressão de que estavam cobertas por uma fina camada de neve.

Para completar várias borboletas de várias cores começaram a voar completando o espetáculo.

– Uau! – dissemos em uníssono.

Na verdade não tinha nenhuma palavra que podia descrever como era aquela cena...

– Esse lugar é lindo! – exclamou Punzie indo até o lago.

– Será nosso lugar especial. – anunciou Manu.

– Por quê? – perguntei confuso.

– É aqui que a gente treina! – explicou Lili.

– Aqui?! – gritamos surpresos.

– Como vocês conseguem treinar aqui? – perguntou Mônica.

– Bom... – pensou Bia.

A essa altura todos já estavam na borda do lago, menos Cascão. Nossas assistentes estavam mais atrás e eu me arrependi no mesmo instante em que percebi isso, de estar tão perto da margem...

Elas empurraram a gente de dois em dois para dentro do lago!!!!

Sobraram apenas Cascão e Karine, mas isso não durou muito tempo por que duas foram atrás de Karine e três atrás do Cascão. Ele estava desesperado e deu mais trabalho para elas, mas no final ele também foi parar dentro d’ água. Nunca vi uma pessoa tão apavorada na minha vida.

Bia pegou uma caixinha em um dos bolsos do seu cinto e abriu revelando uma seringa. Ela pegou a mesma e enquanto Lili e Alice seguravam o Cascão, ela colocou a agulha no braço dele e injetou o líquido. Imediatamente ele amoleceu e ficou calmo.

– Beleza! – exclamou Anna já dentro d’ água. – Agora estamos mais a vontade...

– Não acho! – reclamou Merida.

– Quem são vocês? – perguntou Bryan.

– Suas assistentes! – respondeu Manu.

– Fora isso, só sabemos que são umas doidas varridas! – exclamou Willbur.

– Nem tanto... – discordou Anna o encarando.

– Querem saber o que? – perguntou Alice boiando.

– Bom... – pensou Violetta. – Vocês foram escolhidas pelas suas habilidades... Então porque não nos falam delas?

Elas se entreolharam e rolou alguma conversa muda por gestos com o rosto. No final quem tomou a voz foi Bia.

– Pelo visto eu vou ser a primeira... – ela suspirou. – Bom... Sou inteligente, sei usar armas com lâminas, tipo: espadas, facas, katanas...

– Espada e katana não é a mesma coisa? – interrompeu Magali.

– Na verdade não! – respondeu Alice. – Muitas pessoas pensam isso, mas existe diferença entre uma e outra.

– Continua Bia. – chamou Anna.

– Há sim! – ela exclamou. – Onde eu parei? – perguntou confusa.

– Katanas... – lembrei rolando os olhos.

– Há é! – falou sorrindo. – Bom... Eu também sei um pouco de combate corpo a corpo e tenho ótimos conhecimentos medicinais.

– Há! – exclamou Cebola. – Por isso a seringa no Cascão!

– É! – ela afirmou sorrindo. Então ela olhou ao redor e seu sorriso se desmanchou em preocupação. – Aliás... Cadê ele?

Olhamos ao nosso redor e ele não estava em lugar nenhum!

Nossos olhos se arregalaram com uma ideia mútua:

Ele estava se afogando!

Automaticamente mergulhamos e começamos a procura-lo.

Enquanto estava submerso ouvi uma voz abafada pela água ecoar.

– Jack!

Alguém estava me chamando. Uma voz doce e infantil...

Senti meu corpo amolecer e a escuridão começar a me tomar.

Senti que estava em uma espécie de flashback. Porém ele era real!

– Jack!

Então senti alguém segurar meu pulso e me puxar para a superfície. Arfei várias vezes em busca de ar enquanto ainda ouvia uma voz preocupada me chamar...

– Jack!

Quando minha visão começou a desembaçar pela água, vi a ruiva e a loira na minha frente e logo atrás a outra loira e a outra ruiva. Resumindo: na frente estava Alice e Bia e atrás Rapunzel e Merida.

– Você tá bem? – perguntou Rapunzel.

– Tô. – respondi tossindo, logo em seguida, um pouco de água.

– Por via das dúvidas é melhor sairmos da água. – afirmou Bia me sentando na grama.

Todos estavam sentados na grama ou nas pedras. Cascão ainda estava todo mole e lerdo como se fosse um doido que tinha tomado calmante.

Mas o que foi aquela coisa que a Bia injetou nele????????

Ele estava deitado no colo da Magali brincando com as mechas de cabelo dela.

Se eu não tivesse acabado de sair de um quase afogamento, e se ele não estivesse tão grogue, eu faria piada desse momento. Mas meio que nenhum de nós está em condições, então eu implico com eles depois!

– Agora que dois de nós já quase morreram eu tenho certeza absoluta que vocês são doidas! – exclamou Willbur.

– Não fala assim! – repreendeu Violetta dando uma cotovelada nele.

– Desculpa por isso! – pediu Bia. – Não era nossa intenção...

Ela fez uma pausa e baixou a cabeça, triste. Tenho que confessar que bateu uma dó dela...

– Mas alguém, por favor, pode me explicar porque ele fez tanto escândalo quando tentamos levar ele até a água? – ela perguntou, gritou, confusa.

E ela tinha razão!

Ele se apavorou demais! Ninguém tem essa reação!

– Ele tem medo de água. – explicou Mônica.

– Ele o que? – perguntou Karine arqueando uma sobrancelha.

– É confuso! – exclamou Magali. – Nem nós entendemos isso.

– Sabe... – chamou Anna. – A gente está saindo do nosso foco!

– Há é! – concordou Bia. – Quem vai ser a próxima?

– A Alice! – respondem Anna, Lili e Manu apontando para a mesma.

– O que?! – ela gritou surpresa.

– Anda logo pequena! – chamou Bia.

– Então é a vez da Manu! – ela respondeu ironicamente, apontando para a morena.

E ela é mesmo baixinha! Eu implico com ela depois também!

– Ela pode matar alguém por isso, e você sabe! – avisou Bia.

Impressão, ou ela é boazinha demais?

– Não sou atiradora de facas... – Manu começou. – Mas se eu pegar uma vai ser pra matar!

É sério! Essas meninas me dão medo!!!!!!

– Calma! – chamou Anna.

– Povo! Vamos nos acalmar! – falou Lili. – Estamos parecendo pessoas violentas.

– E vocês não são? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

– Não! – respondeu Anna indignada. – Somos super leais a quem somos próximos e todas já tivemos problemas que nos marcaram e traumatizaram! Sofremos muito e recomeçamos!

– Tem coisas que nada pode apagar! – completou Alice.

– Nem mesmo o tempo... – sussurrou Bia cabisbaixa.

– Acreditem! – continuou Manu. – Somos legais!

– Então nos deem uma chance! – pediu Lili.

Silêncio.

Foi a única coisa que se seguiu.

Acho que elas sofreram mesmo... Assim com eu e todos nós...

– Mas voltando! – chamou Alice, balançado a cabeça e com um sorriso forçado. – Eu sou meio que uma ninja que some ao vento...

– Quanta modéstia... – ironizou Soluço.

– Galera... – chamou Bia.

– Oi? – respondemos a encarando.

– Cadê a Lili? – ela perguntou preocupada.

– Outra sumida? – gritou Willbur. – Qual é! Hoje tá difícil, viu!

– Lizandra! – gritou Anna.

– Já disse que é Lili! – ela disse aparecendo no topo de uma árvore arrancando gritos da gente.

– Você é louca? – gritou Merida.

– Depende do seu ponto de vista. – ela respondeu se sentando no galho.

– Obrigada por me atrapalhar Sombrinha! – reclamou Alice.

– De nada pequeno pupilo! – ela respondeu escorregando e se segurando com as mãos no galho enquanto seu corpo ficava solto, sem apoio.

– Tô mais pra Mestra do que Pupilo.

– Elas são sempre assim? – perguntei para Bia.

– Somos todas assim! – ela respondeu as encarando. – Mas nós três que mechemos com lâminas nos identificamos primeiro. Não estou dizendo que não somos chegadas das outras. Não. Longe disso! Somos todas amigas, porém essas duas se identificaram mais.

– Todas são amigas? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

– Por que não seriamos? – ela respondeu com outra pergunta. – Provavelmente vivermos a vida toda juntas agora...

– Como assim? – perguntei franzindo o cenho.

– Tem muita coisa que ainda não podemos falar... – ela falou abaixando a cabeça e deixando o vento jogar seu cabelo em cima do rosto. – Mas quem sabe depois?

Então ela levantou a cabeça, sorriu e se virou para as duas que discutiam no chão. Lili já havia descido da árvore.

– Ok. – ela chamou as interrompendo. – Vamos começar tudo de novo, por que agora é que o Cascão vai voltar ao normal!

– Como vocês sabem nossos nomes? – perguntou Rapunzel.

– Recebemos fichas de todos vocês... – explicou Anna.

– De onde vieram essas fi...

Fui interrompido por uma buzina!

Uma Buzina!!!!!!!!!!!

– Fooooooooooooooooooooooooooooon!!!!!

– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!! – gritou Cascão levantando do colo de Magali.

Ele bateu a palma da mão nos ouvidos e depois começou a gritar:

– Qual é! Acordar com buzina duas vezes no mesmo dia já é sacanagem!

– Se gritar mais uma vez coloco a seringa em você de novo e vai ser três vezes! – ameaçou Bia mostrando a buzina.

– Onde você guarda isso? – perguntou Soluço pegando a buzina da mão dela.

– Complicado... – respondeu se sentando numa pedra ao seu lado. – Agora... Senta aí! – ela falou pegando nos ombros dele e o empurrando para baixo o forçando a sentar. – Todo mundo pode se sentar!

Nos sentamos novamente e ela voltou a falar.

– Beleza! Agora é sério! Vamos nos apresentar de verdade! – ela ficou séria, depois com um sorriso e voltou a falar. – Bom... Primeiro eu! Meu nome é Beatriz Cestilly, mas prefiro que me chamem apenas por Bia. Fui escolhida pelas minhas habilidades. Em geral sou inteligente, sei usar armas com lâminas, como espadas, facas, entre outros, sei um pouco de combate corpo a corpo e tenho ótimos conhecimentos medicinais.

– Ainda não acredito que saiba lutar... – falei.

– Eu disse um pouco de combate corpo a corpo. Mas com espadas... – um sorriso se formou nos seus lábios. – Mas por que acha isso?

– Estou te achando boazinha demais para isso!

Seu sorriso se desfez.

– Pior que você tem razão...

Ela se encolheu um pouco mais, parecendo desconfortável. Olhei para as outras meninas e elas também tinham um olhar de preocupação e pena. Então Alice tomou a voz.

– Meu nome é Alice Liddel. Sou meio que uma ninja, eu sumo com o vento, sei escalar, sei esgrima, sei Kung Fu e sei lutar...

Ela foi interrompida por uns risinhos vindos de Cebola.

– Que foi? – ela perguntou com tédio na voz.

– Nada não...

Ela o fuzilou com olhar e ele riu mais um pouco antes de responder.

– Você sabe lutar? – perguntou como se ela tivesse contado uma piada. – Parece tão fraca e indefesa!

– Só parece, né? – ouvi Manu sussurrar para as outras que estavam apreensivas, menos Bia, que estava com cara de preocupada.

– Está me desafiando? – perguntou Alice incrédula.

– O que você acha? – perguntou se levantando.

– Que está cometendo um grande erro! – respondeu também se levantando.

– Aí! Se meteu com quem não devia! – murmurou Bia virando o rosto para não ver a cena, diferente das outras que maninham um sorriso nos lábios. Só Anna que parecia se decidir se tinha dó dele ou se queria ver a cena.

– Eu estou te desafiando... – Cebola respondeu. – Mas não quero te machucar!

Os dois se encararam mais um pouco e eu tenho certeza que vi faíscas saindo dali.

De repente, do nada, Alice deu uma rasteira nele o fazendo cair, logo em seguida ela se pôs em cima dele e armou um soco parando o mesmo no ar.

– Eu também não quero te machucar... – ela falou séria, então abriu um sorriso irônico. – Menininha!

– Você é louca? – ele gritou assustado.

– Já virou o bordão de vocês fazerem essa pergunta pra gente, né? – perguntou Bia rolando os olhos.

– Como você sabe lutar? – Cebola gritou se levantando.

– É meio complicado... – ela respondeu desconfortável.

– Todas vocês vão reagir assim com as nossas perguntas? – perguntou Bryan.

– Depende da pergunta. – respondeu Anna. – Mas enfim! Meu nome é Anna Júlia. Sou uma ótima ginasta, inteligente e muito observadora... Às vezes detalhista e às vezes desconfiada... Mas percebo coisas que os outros nem pensariam em enxergar! Também sumo e apareço do nada! E digamos que as sombras são amigas minhas...

– Assim como da gente! – falaram Alice e Lili em uníssono.

– Sabe lutar? – perguntou Willbur para Anna.

– Eu sei me virar... – respondeu dando de ombros.

– Já teve que fazer isso? – perguntou Karine.

Seu sorriso sempre presente se apagou e ela meio triste respondeu:

– Quem nunca teve, não é mesmo?

Mais silêncio...

Na tentativa de ajudar a morena quem tomou a voz foi Manu.

– Minha vez... Meu nome é Manuella Di Angelo, mas prefiro Manu. Eu sei harckear qualquer computador...

– É clone do Soluço! – brinquei.

– Engraçadinho! – exclamou Soluço jogando terra na minha cara.

– Você também hackeia qualquer computador? – perguntou Manu curiosa.

– Qualquer não! – respondeu tímido. – Mas boa parte...

Ela sorriu e continuou.

– Também sou muito flexível, sei falar italiano e francês... E de quebra toco violino!

– Pelo menos você não vai matar a gente! – exclamou Cebola encarando Alice.

– Mas por que italiano e francês? – perguntou Karine. – Não podia ser inglês, não?

– Certas coisas é a vida que ensina... E não podemos ter o luxo de escolher... – ela respondeu distante.

Mais silêncio!

Ok! Hoje é oficialmente o dia do silêncio!!!!!!!!!

– Ok. – chamou Bia. – Agora é a vez da Lili.

Silêncio...

– Ok. – falou Anna, relaxando os músculos como se estivesse cansada. – Cadê ela agora?

– Lizandra! – chamou Manu.

– Quantas vezes vou ter que dizer que é Lili?! – ela gritou aparecendo atrás da Merida assustando todo mundo de novo.

Depois de todo mundo se recuperar do susto lá vem a Bia...

– Beleza, Lizandra, Lili, Filha da Sombra, ou seja lá o que for! – gritou Bia puxando a mesma para uma pedra ao lado da Anna. – Sua vez de falar.

– Ok. – falou balançando a cabeça para ajeitar a franja que ficou no mesmo lugar. – Meu nome todo é Lizandra Blackson Rot, mas só Lili é mais do que suficiente! Sei usar lâminas e minha querida faca. – disse pegando a mesma. – Sou boa em lutas, em enganar as pessoas... Mas não sou mentirosa! – gritou nervosa. – Só faço isso em último caso... – fez uma pausa fitando o chão e continuou. – Por último, mas não menos importante. Como já sabem sou boa em sumir nas sombras!

– E como sabemos... – acrescentou Rapunzel.

– Alguma coisa a acrescentar? – perguntou Violetta.

Ela abriu a boca, tensa. Mas mesmo assim ia responder... Ia né!!!!

– Ora, ora você conseguiram! – exclamou alguém aparecendo ao lado do lago nos assustando e arrancando gritos da gente.

– Hoje nossos instrutores tiraram o dia para arrancar gritos da gente, né? – ironizou Soluço.

– Espero que não sejam tão fáceis assim de assustar... – avisou Vanessa.

– E claro que conseguimos! – falou Anna. – Não prometemos que íamos trazê-los aqui?

– Estão entregues! – concluiu Lili.

– Obrigada! – falou Vanessa. – E então galera! Vamos começar?

– Começar o que? – perguntei receoso.

Ela riu alto. E com um sorriso travesso concluiu:

– O treinamento!