Final Fantasy XV - Another Tale

Ano 756 da Era Moderna, 19 de Outubro - Parte 1


Uma semana se concluía desde que entrei ao Lâminas e quando tive a minha primeira missão. Nesse pouco tempo conheci um novo mundo, pessoas de todos os cantos queriam fazer a diferença, lugares que jamais tinha a ideia de como eram e o mais importante, poderes mágicos que parecia apenas fantasias de uma criança de mente fértil. E as vezes parecia de fato um mundo de demônios e magia ser um sonho maluco. Mas era tudo real, ainda é real, e não sei até quando isso será a realidade. De acordo com Monica eu ainda era muito “novo” nos Lâminas para ter missões contra demônios. Muito perigoso, além do risco de me contaminação com o plasmódio dessas bestas, de acordo com ela.

Tobul e os outros iriam realizar uma missão para recuperar a carga de uma das aeronaves de Niflheim, que havia caído durante o início das hordas de demônios. Supostamente o lugar estaria cheio deles, o que acabou me tirando de meu grupo convencional. Me deixava triste perder o bom humor de Tobul, a sinceridade de Delilah, e os comentários inesperados de Mat, principalmente depois daquela noite no bar, que por sinal devemos uma mesa nova ao dono.

— “A missões de vocês será encontrar a civil no ponto marcado, e escoltá-la, para os portões de nordeste de Cleigne” – Dizia Monika, apontando em alguns pontos do mapa. – “O indivíduo em questão é Cindy Aurum, a mecânica-chefe de Hammerhead. E como vocês sabem, os mecânicos de Hammerhead são essenciais para a manutenção de nossos veículos e equipamentos industriais. Essa missão então, deve no mínimo ser executada com maestria. Dispensados!”

O meu novo grupo era formado por um homem meio ranzinza chamado Yura, por uma mulher que é o contraste total dele, Luca, e a nossa líder, que me era uma pessoa familiar, Jenica.

— “Muito bem, como sabem será uma missão de escolta, no entanto a relatos de avistamentos de Coeurls, então tenham o máximo de cuidado com essas criaturas.” – Alertou Jenica enquanto saiamos do estabelecimento em direção ao estacionamento.

Sabia que os Coeurls eram felinos enormes, com bigodes tão compridos quanto. Mas nunca tinha visto um pessoalmente, muito menos o que eles seriam capazes de fazer. No entanto, minha timidez me impedia de fazer uma pergunta que poderia ser tão óbvia a Lâminas treinados e provavelmente experientes.

— “E por que devemos ter cuidados?” – Disse Luca ao levantar a mão. Internamente eu a agradecia com berros. Yura grunhiu de escarnio e Jenica até chegou a dar uma olhada julgando-o, mas voltou a sua atenção a Luca respondendo-a.

— “Suponho que vocês sabem que Couerls tem aqueles bigodes compridos?” – Todos acenamos com a cabeça, fazendo com que ela continuasse. – “Os bigodes não estão apenas para a mostra. Os Couerls conseguem reter atrito neles e soltar cargas elétricas que podem matar um humano adulto. E o pior o organismo deles pode usar o atrito retido para se regenerarem. O único combate viável é atacar a distância e evitar usar magias ou objetos elétricos. Se não houver alternativas. com exceção do combate de curto alcance, focem em cortar os bigodes deles, assim eles não conseguirão reter o atrito.”

— “Entendido.” – Dissemos eu e Luca ao mesmo tempo. Jenica respondeu com um ótimo e seguimos para o nosso transporte.

Antes de chegarmos ao veículo, perguntei a Jenica se ela tinha um minuto, ela assentiu.

— “Talvez você não se lembre de mim, mas Libertus tinha colocado você para proteger meus país lá em Ravatogh até que os reforço lhes ajudassem.” – Tentava juntar minhas palavras para formar uma frase que desse valor apropriado a minha heroína, sem que eu soasse como um amador para a também minha superiora. – “Eu só... queria dizer obrigado... Por ter ajudado minha família... E...”

Ela apenas levantou a mão para que eu parasse. Desconforto e aliviou me batiam na mesma intensidade. Maldita seja a ansiedade.

— “Eu sei quem você é, o jeito que você matou aquele Wyvern foi impressionante, apesar de meio desengonçado. Mas foi bonito de ver.” – Ela soltou um sorriso e bateu amigavelmente em meu braço. – “E quanto há quem você deve agradecer não sou eu, que levou eles em segurança foram Elea e Miles, então agradeça a eles quando estiver em Velha Lestallum. “

— “Certo, mas ainda acho certo de agradecer você também.”

Ela deu uma risadinha e virou-se em direção ao veículo.

— “Pois bem! De nada. Agora vamos começar a nossa missão. Depois do que Tobul falou de você, quero ver se você é tudo isso que ele diz de verdade.”