Final Fantasy XV - Another Tale

Ano 756 da Era Moderna, 12 de Outubro - Parte 2


— “Mais outro, é? Perfeito!” – Falou um homem corpulento com rabo de cavalo. – Sou Libertus, e esse é meu esquadrão. Estávamos procurando por sobreviventes por toda Cleigne. – “Ele olhou para a caminhonete com a porta arrombada e fez uma cara de constrangimento” – “Tentamos procurar por sobreviventes pela região quando vimos a caminhonete... Procuramos por pistas dentro dela. Me desculpe.”

Eu expliquei sobre minha situação a Libertus e sobre nossa jornada até os Rochedos e como eu consegui o poder da magia, mostrando a marca do Feroz para provar minha jornada.

— “Impressionante. Mais impressionante ainda é ter ido aos rochedos tão... despreparado. Não é um lugar para novatos. Sem ofensas é claro.”

Nem tinha como levar como ofensa, minha insensatez por si só me envergonhava, desde que conversei com aquele homem no posto até agora com o Wyrven.

Ele tinha perguntado da minha família, então gritei dizendo que estávamos a salvos.

—“Vocês têm mesmo coragem sabia?” – Disse ele com mãos na cintura olhando cada de nós. – “E por isso o Feroz decidiu que você...” – Apontou-o a mim – “É digno de usar os seus poderes.”

Ele me perguntou sobre o que rei me disse, mais em específico sobre a missão que me foi dada. Falei que me foi pedido para ir à cidade de Lestallum.

— “Assim como todos os outros... Interessante.” – Disse ele com uma mão massageando sua barba, pensativo.

O sol já estava na metade de seu percurso, o que seria meio-dia se o mundo não estivesse bagunçado, mas parecia que nem tinha passado uma hora entre agora e o momento que recolhemos o acampamento.

— “Bom é melhor irmos, antes que seja tarde demais”. – Concluiu Libertus. – Quanto seus pais, no entanto, vão ter que ir com outro comboio. Seguiremos nossa missão de procurar mais sobreviventes, não posso expor seus pais a possíveis perigos.”

Estava meio incerto sobre isso, por mais que ele seja um Lâmina do Rei, não podia abandonar minha família em Ravatogh, com uma caminhonete com porta arrombada e sem combustível.

Ele olhou para mim e colocou suas mãos em meus ombros.

— “Eu sei que é difícil... Olha, vou deixar dois dos meus aqui eles os protegerão até os outros chegarem, pode ser?”

Eu concordei com certa relutância, fui conversar com os meus pais, sobre o que eu deveria fazer. Meus pais concordaram em me deixar ir, minha vó principalmente.

— “Um rei te deu a missão de proteger Lucis, e nós precisamos disso mais do que nunca. Pode ir... meu orgulho” – Disse minha vó.

Abracei os três e prometi que nos encontraríamos de novo em Lestallum. Acariciei Spot dando um adeus, ele por sua vez estava bastante choroso, sabia o que estava acontecendo. Um cachorro tão esperto e leal.

—Relaxa, amigão. Nos encontraremos de novo logo!

Subi na caminhonete dos Lâminas e fui me distanciando de meus familiares, conforme ela andava. Spot tentou alcançá-la, mas com a distância cada vez maior, ele teve que parar, latindo para mim, provavelmente dizendo para eu voltar. Tentei ao máximo segurar minhas lágrimas daquela hora, só fui capaz de olhar e acenar para minha família. Não sei o que tinha me dado naquela hora, parecia que seria a última vez que veria eles. Mal sabia eu...