Final Fantasy XV - Another Tale

Ano 756 da Era Moderna, 12 de Outubro - Parte 1


Assim que amanheceu, acordamos e comemos as sobras da janta, descemos dos rochedos com uma certa cautela, alguns lugares deslizavam e poderiam nos levar para uma bela queda nas lavas vulcânicas ou num ninho de Wyverns.

Quando chegamos na base de Ravatogh, vimos mais uma caminhonete perto da nossa, falei para os meus pais ficarem escondidos atrás de um dos pedregulhos próximos enquanto eu ia investigar. Passou-se várias hipóteses em minha cabeça, de bandidos a pessoas que tiveram a mesma ideia que a nossa. Me aproximando mais vi algumas pessoas andando, ou melhor, procurando algo, e outras fuçando nossa caminhonete.

Supondo que eram bandidos, dei meia volta em direção aos rochedos na forma mais discreta o possível, olhando em intervalos rápidos para trás com o intuito verificar se tinha alguém em meu encalço. Em uma das viradas acabei trombado com algo pior do que os bandidos. Lá estava ele me olhando com aqueles olhos reptilianos, preparando para avançar e começar o seu banquete matutino. Quando o Wyvern avançou com sua mandíbula, eu cruzei meus punhos e os levantei para me proteger. Eu não tinha pensado muito bem na hora, talvez tenha sido mais um instinto de sobrevivência dizendo para eu agir. Apenas fechei meus olhos e torci para o melhor. Ao fazer aquilo, eu escutei uma batida, e para minha surpresa, não tinha sentido nenhuma dor. Divaguei se tive a sorte de ter uma morte rápida, mas quando abri meus olhos, eu não tinha acreditado no que tinha acontecido. Uma barreira tinha sida erguida entorno de mim.

— “Há, chupa essa!” – Disse em êxtase.

O monstro grunhiu e avançou com uma cabeçada, sua força foi tão forte que quebrou o escudo, me jogando no chão e nos deixando ambos atordoados pelo impacto. Ao me recompor, entrei em pânico ao ver o bicho se levantando. Então, com o resto de minha dignidade optei em fazer uma retirada bastante considerada como estratégica.

Claro que era tudo uma estratégia, indo em direção as caminhonetes com o Wyvern em meu encalço, os bandidos ficariam distraídos com o monstro, e dando a brecha para uma fuga com um dos automóveis, depois de, é claro pegar minha família.

Ao correr em direção a eles, eu vi caras de surpresa que logo viraram caras fechadas, eles começaram a materializar espadas e adagas de suas mãos. “Guerreiros de Lucis!”, pensei aliviado. Então escutei:

— “Abaixe-se” – e o fiz.

Senti um vento por cima da minha cabeça, depois uma sombra adiante e por fim o Wyvern, ele tinha dado um rasante para me abater. Contabilizando o total de três vezes que quase fui morto pela mesma criatura.

Vi os guerreiros jogando bolas de fogo, enquanto outros avançam contra a fera, eles lutavam com uma técnica e sincronia que eu nunca tinha visto antes, parecendo cenas de filmes de ação. Um deles pegou minha mão e me deu uma adaga

— “Não fiquei aí parado. Lute!” – disse ela.

Acompanhei ela, com a arma levantada e preparado para o que vier, dei alguns cortes no Wyvern, e desviei de um ou outro ataque, estava tudo indo bem até ele levantar voo e ir em direção a dois soldados, antes que ele pudesse chegar eu joguei minha adaga em direção a ele. Em um instante eu me via em cima do monstro segurando uma faca presa em suas costas, minha vitória sobre ele foi tão rápida quanto a nossa aterrisagem repentina. A queda não foi tão elegante quanto minha apunhalada final, rolei no chão algumas vezes até parar com a cara no chão e todo dolorido.

Uma mão se estendeu e eu peguei, me ajudando a levantar. – Você se teleportou?! Libertus, temos mais um! – Falou um dos guerreiros.