Filho Da Guerra: Um caso De Andrey Z.

Capítulo 10 : Um crime sem fronteiras.


-- Gostou da viagem Doutor? – Perguntou Andrey.

-- Já foi melhor, odeio viajar de trem, me sinto um animal sendo transportado em uma carroça, além de a comida ser horrível.

-- Tudo bem, agora me esclareça uma dúvida, onde encontramos informações de registros de pessoas nessas pequenas cidades inglesas?

-- Provavelmente na prefeitura meu jovem.

-- A claro, é um bom lugar. Agora o que acha de tomarmos um belo café reforçado e depois sairmos pra trabalhar?

-- Comer de novo? Será que é só isso que você sabe fazer?Mas então vamos né, só se mata a fome comendo.

-- Ali do outro lado da praça tem um restaurante, gosto de comida do interior – Disse Andrey.

-- Você gosta de qualquer comida. Só não podemos demorar.

Após uns 45 minutos se encaminharam para a prefeitura.

-- Bom dia senhorita, sou Andrey Zyrmytrov e esse é Rey Donaldson, ele é médico da Scotland Yard e eu sou Detetive aprendiz. Estamos investigando um caso de assassinato em Londres e precisamos de uma informação.

-- É claro, eu ouvi falar de um caso muito importante em Londres e também ouvi muito de você jovem, vi uma foto de vocês no jornal da cidade, está no caso também um soldado que viveu muito tempo aqui, era meu amigo de infância, Soldado Parker – Disse a também jovem atendente.

-- De mim? Que bom, estou fazendo sucesso, mas não vem ao caso agora, bem que Dona Helena citou que o soldado era de uma cidade perto de Liverpool, mas quero dados sobre Alex Annemberg, se puder acha-los ficarei grato.

-- Só um momento que eu já retorno – Disse a atendente.

-- Por favor, não demore. Você viu Donaldson, já estou ficando famoso, quem diria.

-- Não fique convencido não garoto, um dia por cima e outro lá em baixo.

-- Ah Doutor está com ciúmes é?São só 15 minutos de fama.

-- Com licença, eu achei. Alex Annemberg é sueco, veio com a mãe e ficou num orfanato até os 12 anos, porque foi adotado por uma senhora agora já falecida – Disse a atendente interrompendo os cavalheiros.

-- Comecei a entender – Disse Andrey.

-- E eu entendo cada vez menos – Retrucou Donaldson.

-- Obrigada senhorita, e Donaldson agora vamos de volta a Liverpool e ir direto para Estocolmo, uma longa viagem.

10 de Julho de 1940, Estocolmo (Suécia).

-- Enfim chegamos Doutor – Disse Andrey pegando suas malas.

-- Preferia não ter chego se soubesse desse frio, você poderia ter me dito – Disse Donaldson tremendo de frio.

-- Por Deus Doutor, se fosse a Rússia ficaria perturbado com o frio que faz por lá, chega a ser prazeroso.

-- Espero nunca pisar os pés no seu país, desculpe, mas que beleza tem por lá?

-- O senhor só vai saber quando for pra lá, agora vamos para o hotel.

Andrey e Donaldson pegaram um táxi e foram até o Swedem Hotel, onde passaram a noite, pela manhã tomaram café e passaram a tarde inteira em busca de informações e dados; passaram dois dias entre passeios e buscando esclarecer alguns fatos que preocupavam Andrey, após isso retornaram a Londres.

12 de Julho de 1940, Londres (Inglaterra).

-- Quanta saudade Andrey, achei que não voltaria mais – Disse Helena abraçando Andrey no hall da mansão Petrovisk.

-- O que é isso, e perder todo esse agito? Jamais!A propósito onde está Alice?

-- Está no jardim, vá até lá.

-- Alice, Alice, cadê você – Gritava Andrey.

-- Andrey é você? Estou aqui no jardim.

-- Ah Alice, não sabe quanto me alegra te ver, passar uma semana ao lado do Dr. Donaldson quase me deixou louco, ele é boa gente, mas é ranzinza e não tem a sua beleza e simpatia.

-- Você nunca perde o bom humor, por isso gosto de você.

-- Se sua mãe e o Doutor não estivessem nos olhando te beijaria agora, mas vai ficar para a próxima, agora vamos voltar para sala.

-- Olhe Andrey, até parece que você não se alimentou direito, está mais magro.

-- Que isso Dona Helena, é só impressão sua, esse garoto é quase um animal faminto – Disse Donaldson.

-- Deixe disso Doutor. A propósito o Capitão Petrovisk mandou notícias? – Perguntou Andrey.

-- Ainda não, estou um pouco preocupada, mas creio que dentro de poucos dias ele dará algum sinal – Respondeu Helena.

-- Espero que sim Dona Helena, agora poderíamos conversar por um minuto no escritório Doutor?

-- É claro Andrey, vamos – Respondeu o médico caminhando com o jovem para o escritório.

-- Doutor acho que enfim chegou o momento de revelar quem é o assassino, só tenho que coletar os últimos detalhes aqui mesmo em Londres e poderei terminar esse caso, pelo que investigamos considero o suficiente para encerrar o caso com êxito.

-- Olhe Andrey para lhe falar a verdade eu pouco entendi de tudo que nós investigamos, muitas informações que para mim não fizeram nenhum sentido, tudo sem nexo e sem encaixe, mas até aqui você tem feito um trabalho impecável, merece meu voto de confiança, sei que estará certo em qualquer decisão que tomar.

-- Obrigado pela confiança Doutor, não vou decepcionar ninguém, acredite. Então dentro de três dias eu poderei anunciar o assassino.

-- Estamos combinados então jovem, agora irei para minha casa dormir um pouco, se precisar de mim é só chamar.

-- Obrigado Doutor – Despediu-se Andrey vendo Donaldson sair pela porta.