Fic Interativa – Death Is Coming

O sorriso resplandecente de Bravos


Leon adormecera outra vez sentado á mesa da taverna. Malditos criados que não sabem fazer nada. Não o poderiam ter acordado? Não, tinha de o stressar logo de manhã. Bem, já passavam duas horas do meio-dia, mas mesmo assim. Só tinha acordado agora e já estava uma pilha de nervos.

Pareceu acordar para o mundo quando um grupo de homens entrou no estabelecimento e toda a gente se calou. Eram eles. Eram os homens que a dornesa lhe pedira. Mas como é que era suposto levá-los até á Casa do Preto e do Branco? Fazer a taverna arder de cima a abaixo? Não, isso definitivamente não era uma solução. Não se lembrava perfeitamente o que ocorrera naquele dia, mas tinha a certeza que era o culpado pelas chamas tão azuis como os seus olhos. Nero encostou o focinho á sua perna como se já soubesse o que ele estava a pensar. Leon olhou os profundos olhos azuis-claros do lobo e acariciou-lhe o pelo.

- Bem amigo, precisamos de levar aqueles idiotas até à dornesa. – Comentou em voz baixa com o lobo.

Ele não sabia o nome dela, mas presumia que fosse de Dorne, pelo seu sotaque Westerosi, a pele morena e os cabelos castanhos, tudo indícios de Dorne, bem, tirando os olhos verde-esmeralda.

- Tu trazes-me os crimionosos para a justiça ser feita e eu faço-te outro favor qualquer. – Dissera-lhe ela com os olhos esmeralda a brilharem de determinação.

E ele assim iria fazer, custasse o que custasse. Então teve uma ideia. Leon levantou-se da sua mesa e sentou-se perto dos homens.

- São novos aqui? – Perguntou no idioma comum de Westeros.

- Somos, mas o que é que tu queres rapaz? – Perguntou um deles.

Tinha cabelos negros como penas de corvo, olhos cor-de-mel com um brilho malicioso e dentes podres.

- Bem, uma cortesã pediu-me que fizesse publicidade ao bordel dela e achei que pudessem estar interessados. – Explicou Leon.

Os homens trocaram olhares rápidos e o maior dos homens respondeu:

- Tudo bem, leva-nos até ao tal bordel.

Leon anuiu e saiu com os homens no seu encalce, certificou-se de não passar por um bordel de verdade e chegou finalmente até á Casa do Preto e do Branco.

- É aqui? – Perguntou um deles.

- Aqui mesmo. – Respondeu-lhe o jovem. – Só precisam de entrar para encontrar as vossas mulheres, mas certifiquem-se de fecharem as portas assim que entrarem. Elas não gostam de bisbilhoteiros.

Os pobres homens assim fizeram. Mal as portas se fecharam foi possível ouvir o som de gritos.

- Agora a dornesa deve-me mais uma. – Murmurou para si mesmo.

- A trabalhar uma última vez para ela? – Perguntou o vesgo.

- Que queres dizer com última vez?

- Não sabes? Ela vai para Dorne, disseram-lhe que o pai foi assassinado. – Explicou-lhe o homem. – Se correres até às docas ainda a consegues apanhar.

Leon desatou a correr como se fosse perseguido por um bando de cães raivosos, com Nero ao seu lado. O silencioso lobo branco acompanhava-o onde quer que fosse, era assim desde que Leon perdera os pais. Quando chegou às docas, a dornesa estava a embarcar numa galé chamada Asa de Prata.

- Dornesa! – Gritou-lhe ele sentindo-se um idiota, mas felizmente ela olhou.

Leon correu até a ela e perguntou:

- Vais abandonar-me? Ainda não cumpriste a tua parte.

- Ainda não fizestes o suficiente para a cumprir. – Retaliou ela. – Sabes que o que pedes é algo trabalhoso.

- Vocês vão embarcar ou não? – Gritou um homem que Leon julgou ser o capitão.

Ele empurrou a jovem para dentro da galé entrando ele também.

- Que estás a fazer? Não podes vir! – Exclamou ela.

- Não podes cumprir a tua promessa do outro lado do mar estreito.