Fastio
Você sabe quem eu sou
O espírito que manipula Hao parece arrefecido quando vê Oh-Oni diante de mim.
— Q-quem é você?! – brada em alta voz.
O Oh-Oni avança contra ele, imprensando-o no chão com tanta força que lanço a ele um olhar severo.
“Desculpe, mamãe.”
Torno a olhar para o espírito e com um movimento do meu rosário, expulso-o do corpo de Hao. Ele desmaia.
— Sou seu pior pesadelo.
Não existe uma batalha justa entre um espírito e uma itako, sobretudo se a itako em questão sou eu. Vovó Kino me ensinou muito bem.
Oh-Oni encara o espírito aprisionado.
“Posso brincar com ele, mamãe?”— questiona, o olhar infantil e homicida ao mesmo tempo. Eu apenas sorrio para ele.
— Quando se cansar, devore-o. – Abro a passagem para o inferno – a mesma pela qual trouxe Oh-Oni – e ele agarra o espírito com uma das mãos. Ele ainda está gritando quando a fenda se fecha.
— Você sabe mesmo ser cruel.
Atrás de mim, Ren é uma aparição séria.
— Yoh?
— Bem. Na minha casa. Vamos, um jatinho nos aguarda.
Aceno com a cabeça e olho para Hao.
— Traga ele.
Ren não me questiona, apenas obedece. Ele prefere a morte a fazer isso. Ele sabe quem eu sou.
Fale com o autor