O meu bebê

Observar o sangue escorrendo é torturante como passar por uma trepanação sem anestesia. Qualquer outra pessoa morreria.

Quero destruir esse espírito até que não sobre nada. Mas Hao confiou em mim. Confiou em mim para salvar Yoh.

Hao olha para mim, ensandecido. O espírito que se apossou dele é tão manchado de ódio que sua aura se torna negra.

Onde está Yoh?

A ajuda que pedi aos espíritos enquanto Hao o distraía já está a caminho. Já estava.

Eu abro um sorriso de canto.

— Qual é a graça, mulher? Está querendo morrer?

— Você não conseguiria encostar um dedo em mim.

Uma veia pulsante fica visível em seu pescoço. Cerrando os dentes de ódio, o espírito faz com que chamas explodam ao meu redor.

— Devo me sentir ameaçada?

— ORDINÁRIA!

Uma torrente de chamas é lançada em minha direção. É nesse momento que Bason se materializa ao meu lado.

“Yoh está seguro, srta. Anna.”

O espírito gargalha, seguro de sua vitória, quando tiro o 1080 do pescoço e bato no chão.

— Cansei de brincar com você.

Uma fenda se abre, e as chamas são engolidas pela palma da mão da minha primeira criação.

“Olá, mamãe.”

O Oh-oni. O guardião do inferno.