— Não fale assim dele. – Hao me olhou, sisudo, e fez biquinho. Não achei que viveria o suficiente para ver essa cena que me fez rir.

Há quanto tempo eu não dava uma gargalhada? Talvez a vida inteira.

— Gosto do som da sua risada. Leve, sonora, extravasada. – o sorriso de Hao sob a luz do sol era arte viva. Ele era lindo, embora eu jamais fosse admitir isso em voz alta.

Ele me fazia sentir leve, sem o peso da obrigação fatigante que sempre me cercara.

— Você também é um idiota.

Ele ainda sorria quando eu disse isso. E eu também.