Fastio
De volta ao lar
Estamos diante de uma casa pequenina e esmorecida. Parece uma região esquecida pelo tempo e pelos desastres naturais, completamente preservada.
Animais passeiam pelos arvoredos e pelos arcos feitos de alabastro, como se o local fosse uma espécie de templo abandonado.
O olhar de Hao é nostálgico e me lembro daquele local pelas lembranças de sua mãe: Asano Ha.
Antes que ele me diga qualquer coisa, eu vejo uma figura pequenina e mirrada como uma criança de costas para nós. Mas não é uma. Eu sinto a energia que emana de seu corpo e é estrondosa. Mas não por seu poder e sim pelo espírito que o possui.
Eu o vejo por alguns segundos, os olhos rubros se voltando em nossa direção ao mesmo tempo que o garoto usado de receptáculo. Como um vaso feito de alabastro.
Os animais fogem sentindo o perigo. Hao nem se abala.
— Achei que fosse vir sozinho. - A voz é grave.
— Ela tem muito mais personalidade do que vocês. E tenho certeza que poderia dar um jeito nisso sozinha. Diga onde está meu irmão.
Uma risada rouca ecoa pelo local.
— Por que eu daria a vocês a única informação que tenho a meu favor?
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