Fascinação
Sorria
Embora fossem lugares majoritariamente heterossexuais, um pagode e uma roda de samba eram programas indispensáveis para Diogo.
Não ia para paquerar, mas questionava-se o porquê dos gays utilizarem tanto a expressão sambou mas, na prática, poucos sambarem de fato.
Quando avistou pela primeira vez um afeminado se esbaldando no samba, interessou-se por ele e tentou gravá-lo, porém esqueceu-se de desativar o flash do celular.
Recebeu um olhar de reprovação, mas pândego e astuto como era, Diogo logo cantarolou:
— Sorria que eu estou te filmando.
Roberto não gostava de fotos, tampouco de vídeos. Ainda assim, um sorriso involuntário escapou de seus lábios.
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