Eventos Inesperados

1-7 – Dewford e seus lugares inesperados!


Dezenove de novembro, sudoeste de Hoenn. Após uma viagem muito agitada pelo mar, Duncan Wilbur, treinador que descobriu da pior forma possível que não aguenta andar de barco em ondas muito fortes, acordava no Centro Pokemon da pequena cidade de Dewford. Após balançar muito e devolver para fora tudo o que ainda tinha em seu estomago na viagem, o mesmo não aguentou muito tempo sem passar mal e logo foi hospitalizado quando finalmente chegaram na pequena ilha.

Acordando melhor, após algumas horas foi liberado pelos médicos do lugar e decidiu conhecer um pouco do lugar enquanto estava no lugar. Ainda era um mês de inverno, e os vários pokemons que antes se divertiam pela ilha estavam de volta em suas tocas e afins. Alguns Wingulls voavam pelo céu enquanto raramente podia se ver grupos de Wailmers nadando para o norte.

Sem muito para encontrar, Duncan teve a sua visão atraída por uma placa grande ao lado de uma das simples –mas ainda uma das maiores- casas do lugar.

–Hall de Dewford... Onde todos trocam informação? –Disse ele, em voz baixa, enquanto parava pra pensar em que tipo de informação o lugar teria.

–Isso mesmo, fofo! Onde todos trocam informação! –Falou uma voz feminina, surpreendendo Duncan, que ficou um pouco avermelhado ao ser chamado de "fofo".

Se virando para ver quem havia dito tal coisa, encontrou uma garota de cabelos ruivos, presos em um rabo de cavalo e olhos verdes, meio escondidos atrás de um par de óculos incrivelmente grandes. Aparentava ter quatorze anos e estava com uma blusa laranja com flores estampadas e uma saia azul na altura de seus joelhos, que faria qualquer um olhar torto, se perguntando como alguém aguenta usar tal coisa em um mês tão frio. Com meias xadrez e um sapato preto, a garota sorria em direção de Duncan.

–Erm... Desculpe-me, mas está falando comigo?

–Está vendo mais algum fofo por aqui? –Falou ela, fazendo ele apenas corar mais. –Tudo que se fala no Hall de Dewford se espalha por Hoenn, e tudo que está espalhado por Hoenn pode ser encontrado no Hall de Dewford!

–Bom... Obrigado...

–E que tipo de informação alguém tão fofo quanto você estaria procurando? –Falou ela, chegando um pouco mais perto de Duncan, que começou a se sentir um pouco desconfortável com a proximidade.

–Erm... É que eu estou querendo saber uma coisa sobre um navio que está vindo para Slateport...

–Um navio para Slateport? Se você quiser eu posso conseguir essa informação para você, fofinho.

–Pode... Pode deixar que eu mesmo tento conseguir ela... –Falou ele, enquanto tentava dar alguns passos para trás, mas logo percebendo que a placa não o deixaria se mover mais.

–Eu não faria isso se fosse você... Se você deixar algo escapar, isso pode ir parar por toda a Hoenn. –Falou ela, enquanto se aproximava mais de Duncan. –Sem contar que eu apenas vou querer algumas informações em troca.

–Bom... Eu acho que é melhor eu ir indo... –Falou ele, olhando para os seus lados, procurando uma maneira de escapar. –Eu acho que eu esqueci alguma coisa naquela praia pro norte...

–Está bem, fofinho! –Falou ela, saindo um pouco de perto dele, mas ainda com um estranho sorriso no rosto. –Mas eu sei que você vai mudar de opinião. A cidade não é muito grande, e se você não me achar, eu te acho!

E assim que a garota terminou, Duncan seguiu em direção ao norte em sua tentativa de fugir dela, com um passo acelerado.Sem perceber, alguns minutos depois ele já tinha chegado ao norte da cidade, e as únicas coisas que ele conseguia ver eram areia, o mar, um pescador que parecia estar dormindo e uma caverna. Olhando para trás, procurando algum sinal da ruiva, quando viu que não tinha ninguém atrás dele, se sentou, respirou fundo e percebeu que estava suando.

–Ótimo... Não posso voltar agora para a cidade por causa daquela louca... Acho que o jeito agora é aproveitar a falta do que fazer e treinar um pouco... Damon! –Gritou ele, enquanto jogava a sua pokebola para o alto. –O que você acha de treinar um pouco os seus golpes?

–Dile. –Respondeu ele, parecendo levemente interessado.

–Ótimo... Então que tal tentar usar de novo aquele Terremoto que você usou contra o Norman, só para mim dar uma olhada?

–Sandile! –Gritou, enquanto dava um pulo para o alto, estranhamente cooperando com seu treinador. Quando se chocou com o chão, uma pequena onda de energia abalou o chão, fazendo Duncan quase perder o equilíbrio.

–Um golpe que você parece não conseguir exibir a sua força? Acho que pode ser uma boa ideia nós começarmos treinando ele...

–Dile? –Falou em um tom de duvida, como se não tivesse entendido o que Duncan falou.

–Isso mesmo, Damon... Parece que esse seu golpe não é dos mais fortes e... –Praticamente cortando Duncan, Damon parecia estar ficando avermelhado como sempre fazia quando estava com raiva e, com outro pulo, ele usou novamente o golpe. Com muito mais força do que da ultima vez, areia voou para todos os lados enquanto a onda de choque passava.

–EI! GAROTO! SERÁ QUE VOCÊ E O SEU MONSTRINHO NÃO PODIAM TREINAR EM OUTRO LUGAR? VOCÊS ESTÃO AFASTANDO OS PEIXES! –Gritou o pescador, que parecia ter acordado com a força do golpe de Damon, que havia o derrubado de onde estava sentado.

–Me desculpe, senhor! –Gritou Duncan, tentando fazer que o pescador o ouvisse, graças à distância. –É que eu estou fugindo de uma garota na cidade!

–Fugindo de uma garota? Pietra de novo? Porque você não vai ai para essa caverna? Lá tem alguns pokemons para lutar, e eu duvido que ela vá atrás de você ai, garoto!

–Obrigado! –Gritou Duncan, enquanto jogou Damon para a sua pokebola de novo antes que espantasse mais peixes ou que causasse um desmoronamento na caverna, e decidiu entrar nela, com esperanças de fugir da garota –que parecia se chamar Pietra- e acalmar Damon, mas, que tipo de coisas poderia existir naquela caverna? E que tipo de informação Pietra queria saber? E mais importante, será que o Hall de Dewford sabia algo do navio onde Lily supostamente estava?