Querido diário, estou escrevendo aqui por recomendação do canguru. Ele me disse que iria me sentir melhor expressando meus sentimentos ja que eu não posso dizer a verdade para ninguém. Bem nesse exato momento eu estou indo para uma cidadezinha chamada: Paradise em Ohio. Nome engraçado não acha?

O motivo de estarmos indo para Paradise foi por causa de um pequeno acidente na Flórida. Eu estava em um luau com algumas pessoas da escola. Sabe? Eu estava começando a conseguir fazer amigos até que uma coisa aconteceu. Eu já havia sentido isso duas vezes. A primeira vez foi quando eu tinha nove anos perto da fronteira do México, a segunda cicatriz vei quando eu tinha doze anos e assim eu soube o número dois estava morto, a terceira cicatriz veio ontem a noite no meio do luau. Eu estava na água conversando com uma menina quando inesperadamente veio a dor que já era conhecida. Henri, que eu costumo chamar de canguru, me encontrou pela manhã jogado em um canto da praia. Nessa mesma manhã partimos da Flórida. Essa é a parte que eu mais odeio, a correria. Você nunca pode fazer amizades ou mesmo ter uma vida estabelecida.

***

Adormeci com o caderno em mãos. Não sei quanto tempo que eu dormir mas o dia já não era dia, era noite. Olhei para o Henri que estava com os olhos vermelhos de sono.

— Não quer parar para descansar? - pergunto. Ele balança a cabeça em sinal negativo. Volto a deitar no bando traseiro da caminhonete, e mais uma vez fecho os olhos.

— Daniel? Danieel, DANIEL! - Henri grita no meu ouvido e eu acordo dando um pulo com o susto, batendo minha testa co capo do carro fazendo imediatamente eu cair deitado no banco.

— Já chegamos vamos logo! - saio do carro e pego minhas coisas na mala que na verdade nem são tantas assim. São apenas roupas necessárias, higiene pessoal e a arca lórica. A arca lórica é nossa única coisa que não podemos esquecer. Se eu sei o que ela faz? Nem imagino mas ainda vou descobrir.

Tranquei a mala e olhei para a casa. Bem típico do Sr. Canguru: Muitas árvores, sem nenhuma vizinhança e principalmente bem escondida. A casa era grande mais parecia meio velha demais. Na varanda da casa uma mulher estava parada observando com um sorriso determinado em seu rosto. Ela tinha cabelos castanhos preso em um coque e olhos azuis. Henri se aproximou e a mulher se apresentou.

— Olá eu sou a Sr. Arendelle. Você deve ser Henri...? - Ele arregalou os olhos e eu também nós nos esquecemos de mudar nosso nome. O canguru sempre se chamava Henri só mudava o sobre nome para combinar com o meu. A mulher a sua frente gesticulava o incentivando a falar e eu tomei a frente da situação.

— Frost... Henri Frost e meu nome é Jack, Jack Frost.

— Muito prazer Jack você deve ter mais ou menos a idade de minha filha Elsa. Talvez você a conheça por ai.

— Ah sim! Bem eu vou entrar Hen... Pai para arrumar as coisas ok? - sempre cometo esse erro de chamar Henri pelo nome. Na verdade ele não é meu pai é meu protetor. Veio comigo para me proteger. Ele é um Cêpan. Entrei na casa que tinha cheiro de poeira e morfo, talvez fosse por estar muito tempo sem ser habitada. Subi as escadas e procurei um quarto para botar minhas coisas e achei um cômodo que era nem muito grande mas também não era pequeno. Era perfeito. Apesar da aparência de fora a casa era bem conservada por dentro. O quarto era em um azul forte mas não a ponto de e deixar tonto. Joguei minhas coisas em uma poltrona que ainda estava com plástico para proteger da poeira e tirei o plástico da cama e deitei nela.

— Amanhã o dia será longo...