A essa hora já tínhamos chegado em casa. Já tinha internet então decidi olhar as noticias para ver se alguma pista sobre os outros membros da garde. Havia um menino que caiu do quarto andar de m prédio mas não acho seja um de nós. Também tinha um que era localizado na índia e foi visto levantando objetos com a mente. Telecinesia. Henri me disse que apos um membro da garde desenvolver seu primeiro legado a telecinesia vem algumas semanas depois. Decidido levanto e vou a sala. Em cima da mesinha de centro a um bilhete dizendo que ele foi ao mercado e já volta.O cachorro, que agora tem o nome de Bernie Kosar, Balança o rabo freneticamente ao me ver, sento ao seu lado. Olho em volta e paro no vaso de flores que esta em cima da mesa de centro. Me concentro esvaziando a mente com a intenção de faze ele se mexer. Nada. Tento de novo e de novo nada acontece. Desisto.

***

Na manhã seguinte...

Henri me leva de novo a escola. As apresentações ainda não terminaram. Toda a aula eu recebo uma montanha de perguntas de boas – vindas. Hoje não me sinto muito bem. O sinal toca e eu vou em direção a sala. Minha perna direita treme descontroladamente, um nó se forma em meu estômago. Sinto vontade de vomitar.O que esta acontecendo comigo? Já fiz isso tantas vezes que nem devia ficar nervoso ou ansioso.Respiro fundo para tentar me acalmar.Sento na quarta fileira. A professora entra e escreve seu nome no quadro. Sr. Burton. Ela deve na faixa de uns sesseta anos. Cabelo grisalho, olhos verdes e pele enrrugada. Ela da um sorriso ao me ver e pede para que eu me levanto. Vai começar tudo de novo. Até que essa semana passe e todos os professores me conheçam eu sou o ‘’ aluno novo de cabelo branco’’ .

— Como se chama – ela pergunta. Engulo em seco. Minhas mãos estão suadas e minha pele esta mais gelada do que o normal. Nervoso quase que digo “ Daniel Jones” —meu antigo nome na Flórida—, respiro fundo e prossigo.

— Jack Frost

— Bom, e de onde voe é Jack?

— Canadá

— Turma, vamos dar boas – vindas. – Todos aplaudem, essa é a melhor recepção até agora. Volto para me sentar e vejo Hans na cadeira a frente. Ele sorri com desdém e eu me sento atrás dele. Eu poderia quebra - lo ao meio, literalmente mas as palavras de Henri ecoam em minha mente: Não se destaque nem chame muita atenção, seja invisível.

Sra. Burton começa a explicar por que há anéis em volta de saturno e que são feitos de partículas de gelo e de poeira.Depois de um tempo para de prestar atenção nela. Dor em meu estômago volta e minha visão começa a ficar embarcada, minha perna direita ainda treme mas em um ritmo mais lento. Sinto minhas mãos geladas. Olho para Hans que olha para mim e vira para Elsa que esta sentada do seu lado. Ele a cutuca mas ela o ignora. Ela parece ser uma menina legal mas o fato de sentar ao seu lado me faz duvidar disso. Tento escutar o que eles estão dizendo mas sinto uma pontada forte no estômago. Dez minutos se passam e a Sra. Burton ainda fala. Não consigo mas prestar atenção no que ele diz. As vozes soam longe como se fossem do além. Minhas mãos estão tão geladas que começam a queimar. Um brilho pálido e fraco surge no centro de minha mão direita. Olho como se aquilo não estivesse acontecendo. Depois de alguns segundo o brilho vai ganhando intensidade. Fecho as mãos. Será que aconteceu algo com os outros membros da garde? Não. Eu sentiria outra cicatriz em meu tornozelo e além do mais só podemos ser mortos em ordem. Mas é possível que a mão de um seja cortada? Balanço a cabeça tentando afastar esses pensamentos. Então é que eu entendo. Meu primeiro legado esta se formando.

Procuro o celular na mochila e mando uma mensagem para Henri. Estou tonto e com a visão turva. Abro as mãos e a palma direita ainda brilha e a esquerda esta com o mesmo brilho só que mais fraco. O sinal toca e eu vou correndo para meu armário. Hans me para no meio do caminho. Ele diz algumas coisas enquanto me empurra para trás. Não entendo o que ele fala. Empurro ele e corro em direção a sala de fotografia. Me tranco lá dentro e olho para minhas mãos. Elas brilham com intensidade e estão dormentes. Na sala a um balde com água. Enfio minhas mãos ali tentando aliviar a sensação. Em vez disso a água congela por completo. Afasta as mãos ao ouvir alguém tentando forçar a porta. Meus joelhas fraquejam por um minuto. Até ouvir a voz de Henri. Abro a porta e o abraço. Ele me entrega um par de luvas grossas e me deixa apoiar em seu ombro. No corredor vários alunos com câmeras na mão. Eles provavelmente estavam esperando para ter aula. Minha visão vai voltando ao normal a ponto de eu conseguir ouvir os sussurros de algumas pessoas que eu passo perto. São comentários tipo esse: Quem é ele? Ele estuda aqui? Espero que sim porque é gatinho ou O que ele estava fazendo naquela sala sozinho para estar tão vermelho?

Não sei qual desculpa deu Henri mas sei que eu fui para casa logo em seguida. A única coisa que me lembro antes de desmaiar foi de Bernie Kosar me lambendo.