Pov. Bella.

O tempo foi passando, e eu ainda sentia saudade de Damon, ainda mais forte, mas um pouco mais satisfeita por vê-lo e por perceber que ele gostava de mim – mas algo não me deixava ligar para ele, ou ir até ele.

Até que, três meses e meio depois de sua despedida, surgiu uma oportunidade de ir fazer uma reportagem em São Paulo. Seria sobre o Parque do Carmo. O seu verde lindo, seus pássaros e os animais que viviam ali – esquilos, porquinhos da índia, patos, cisne, macaquinhos e varias espécies de pássaros.

Eu peguei uma semana para fazer a reportagem e dois dias para curtir São Paulo. Eu voltaria numa segunda á tarde.

Não avisei a Damon, Rosálie sabia que eu havia escolhido São Paulo por causa dele – o que é verdade.



–-Bom, se divirta. – Rose me abraçou apertado, com uma leve barriga entre nós – e juízo.

–-Pode deixar.

Eu parti com meus colegas de trabalho – apenas dois, sendo um deles que queria me pegar.

A reportagem foi boa. Eu me diverti indo atrás de esquilo e macaquinhos no ombro, a filmagem foi legal, até divertida. Eles gravaram tudo porque pretendiam mostrar ao diretor para colocar na Televisão, além do Jornal.

Os seis dias de trabalho foram pesados, mas terminamos com um dia de antecedência. Deixei as malas no motel mesmo e fui até o prédio de Damon.

Era tarde, 21h30 porque eu jantei com os meninos. Eu tremia porque estava indo ver Damon, e uma voz irritante do meu Orgulho gritava “vai se foder, sua trouxa, você vai mesmo atrás dele? Ele nem se preocupa!” mas eu iria.

Toquei a campainha do apartamento tremendo e me escondi do Olho-Mágico (como se o idiota olhasse por ali) e dois minutos depois ele abriu a porta.

Ele estava de regata, short e de chinelo, com os cabelos molhados e bagunçados.

–-Pois... Bella. – ele disse, sorrindo. Eu sorri animada.

Ele me puxou para dentro do apartamento e sem que eu conseguisse dizer algo, me beijou, enquanto fechava a porta, me encostando na mesma.

– Oi.. – eu disse sem ar. Depois ri. – nem me esperou dizer oi.

– Eu sei. Não deu pra resistir.

–-É, eu prefiro que não resista mesmo. – Enrosquei meus dedos em seus fios molhados e o beijei novamente. Várias vezes até perder o ar.

Ele foi nos levando até o sofá, onde caimos com ele deitado em cima de mim – mas estávamos escorregando para o chão.

–-O que faz aqui? – acariciou meu rosto, colocando o cabelo para trás.

– Vim fazer uma reportagem no parque do carmo e pedi uns dias extras para matar a saudade daqui.

– Da cidade ou de mim? – me olhou, seus olhos brilhavam de esperança.

– Dois dois. – o beijei de novo, enroscando as pernas em sua cintura para que ele não saísse dali.

– Veio sozinha?

– Vim com uns caras da reportagem.

– Caras?

– Sim. – dei de ombros. – eles são divertido e os que filmam. Então... Eles estão livres, embora me queiram para apresentar a cidade.

– Não, você vai ficar aqui comigo. - Beijou minha bochecha, foi fazendo uma trilha até o pescoço (onde o desgraçado me mordeu) e depois até o meio do meu decote. Eu o puxei para cima.

– Porque eu deveria ficar? – diz algo romântico, filho da puta.

– Pagar prostituta é caro. E elas são feias. – ele fez careta. Me senti ofendida.

– EU vou embora. – o empurrei e me levantei. Ele gargalhou e me pegou pela cintura, eu fiquei de costa para ele. Emburrada.

– Eu estou brincando princesa. – Ele beijou meu ombro. Tentei me afastar. Sua mão segurava meus braços. – eu quero você.

EU estremeci, ele subiu a boca para meu ouvido

– E só você. – beijou meu rosto, me virei para ele e o beijei, deixando-o sentado no sofá e ficando em cima dele.

(…)

– Vai embora quando? – Damon perguntou enquanto eu mexia em seus cabelos e em sua barba por fazer.

– Você fica mais profissional de barba. Mais sério.

– Não gosto.

– Ela incomoda. – fez careta. Eu ri.

– Vou embora daqui... dois dias. – disse ao ver que já eram três da manhã.

Ainda continuávamos sentados no sofá, mas agora eu estava com a camiseta dele. E ele só de cueca.

–-Hum... que triste. – ele fez bico. Eu ri.

– Quando vai me visitar em Nova Iorque?

– Não sei... A proposta de Emmett é tentadora, mas não vou morar com meus pais.

– Que triste. Mora debaixo da ponte.

– EU vou pra sua casa

– Desde que cozinhe... Porque não ? – rimos.

– Olha que eu vou.

– Hum... vai ser bom não ter que pagar prostituto. Lá não tem muitos bonitos.

Ele fez uma careta e me beijou. Me afastei dele.

– Estou com sono. – declarei. Ele bifou, ficou de pé comigo no colo e nos levou para seu quarto.

Ficamos um bom tempo “namorando” até que pegamos no sono. Fomos acordar bem tarde, eu pensava em sair para algum lugar, mas quem disse que Damon me deixou sair? Eu mal sai da cama dele!

(…)

– Eu tenho que ir.

– Não.. tem não. – Damon resmungou em meu ouvido.

– Os meninos me esperam e eu só tenho a roupa que vim.

– Deixe tudo pra lá, vem ficar comigo.

– Teremos mais benefícios se você for para Nova Iorque.

– Hum... não.

– Eu já te visitei. Sua vez agora.

Ele resmungou de novo e me abraçou apertado. Estávamos no estacionamento e o sol era forte, domingo delicioso. Eu tinha que voltar pro Hotel com os meninos.

Damon me seguiu até o Hotel e ficou comigo até bem tarde da noite – Não gostou nada do Erick e se assustou com a animação do Mike. Ele preferiu ficar trancado no quarto comigo lá dentro, é claro.

Era quase meia noite quando Damon foi pegar um táxi para ir embora. E novamente, não nos despedimos. Apenas um longo beijo e ele entrou no carro branco e se foi, olhando para trás.

Eu movi os lábios, mesmo com medo, não achava que ele fosse entender.

– Eu amo você. – disse baixinho. Ele sorriu, enquanto o carro ia devagar por causa do trânsito. E fez um gesto.

–-Eu. – apontou para si movendo os labios. – Amo. – fez um coração com a mão. – você. – apontou para mim, e o maldito carro virou a esquina.

Eu sorri. Queria correr até o carro, mas me controlei e entrei no hotel.

Fui dormir perto de Mike, chorando. Mas dessa vez foi de alegria.