O nome dela era Prímula. O sobrenome era Flores.

Prímula Flores. Filha de Rosa Flores, neta de Violeta Flores e por aí vai. E o negócio da família, sem querer fugir do clichê, era a floricultura.

Prímula odiava floricultura, mas se orgulhava imensamente do que sua família conquistara cultivando e vendendo flores. Tendo começado com uma banca em um azemel no interior de Minas Gerais e alcançado uma loja na avenida mais importante de Belo Horizonte, os Flores deviam tudo a essa arte.

Por isso, ela nunca reclamava de ter que abrir a loja. Nunquinha. Mas gostar… era outra história.