O braço esquerdo quebrado de Prímula seria uma sorte, caso não fosse canhota. Mas como ela era, abrir a porta do Chalé das Flores demorava horrores.

Depois, ela entrava, encostava a porta e jogava-se com tibieza em alguma cadeira.

O frio de junho soprava lá fora, mas ali dentro o clima era fresco, quase morno, e não lhe incutia vontade alguma de trabalhar. Mas ela tinha que ir, então levantava-se e varria o chão, apoiando a vassoura com os dedos que escapavam da tipoia.

E quando definitivamente abria a loja, o sol já começava a despontar, anunciando o novo dia.