— Tá entregue. — Pedro sorriu para Prímula quando estacionou o carro na porta da floricultura. Ela abriu a porta do veículo esbaforida, pronta para lançar-se sob o sol que já estava a meio caminho de seu galarim, mas então parou e olhou para o homem ao volante, tão parecido com ela. Os mesmos olhos castanhos escuros, a mesma pele marrom, o mesmo sorriso tranquilo, levemente tímido.

Mas aquele não era o momento para ter uma epifania — ela estava atrasada! —, então Prímula apenas balançou a cabeça e sorriu:

— Obrigada pela carona, pai.

— De nada, minha filha. Bom trabalho. E boa sorte.

Prímula riu.